XXI

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  - O plano é o seguinte - Disse Victor olhando para Ellena e desviando o olhar para Mikael - Ellena transporta as pessoas para Ákyla enquanto eu e Mikael invadimos o castelo.

  - Legal, vou me divertir muito batendo naqueles soldadinhos.

  - Nada disso, entraremos mas sem chamar a atenção, assim que Ellena tiver transportado os aldeões em segurança voltará para nós buscar.

  - E onde exatamente nos encontraremos?

Ellena perguntou se ajeitando ao lado de Victor que desenhava a planta do castelo no chão.

  - Nos encontraremos bem aqui.

  - Certo. - Disse Ellena se levantando e indo em direção ao povo que já estava reunidos - Victor! - Chamou - Por favor, tenha cuidado.

- Terei.

. . .

  - Tudo está calmo demais.

Disse Jarel sentado no trono, estava impaciente com tudo e queria acelerar as coisas para iniciar com seu ataque a Ákyla, estralando os dedos poucas faíscas se acendia e via que ainda precisava de mais tempo para reunir energia o suficiente para poder controlar seus ataques.

  - Senhor, - Disse um dos soldados se ajoelhando perante Jarel - Encontramos a localização.

  - Perfeito, reúna meu exército e os prepare para a batalha.

  - Lamento informar mas... estamos em menor número, um ataque mau planejado resultaria na derrota.

  - O que aconteceu com meus guerreiros?

  - Após Victor nos trair mas dá metade de nossos guerreiros morreram na tentativa de encontrar Ákyla, restaram poucos.

  - Então espalhe por aí que estarei oferecendo recompensa aos mercenário que nos ajudarem na batalha.

  - Como o senhor desejar.

O soldado se levantou e saiu dali deixando Jarel em seu trono, o vento soprava de forma silenciosa pelo castelo, Jarel se lembrava de quando brincava com seus filhos naquele lugar e das aventuras que seu filho Lucius imaginava, um pequeno riso se fez em seu rosto ao se recordar daquele tempo antes de Thedas entrar em confronto com os Celestianos.

Foram tempos de sofrimento quando sua querida Felicia faleceu por um ataque organizado. Para Jarel era como se estivesse acontecido ontem, sangue cobria partes do corpo de Felicia enquanto ela ainda respirava pesadamente.

  - Você vai ficar bem...

Disse Jarel desesperado e já com os olhos inchados de lágrimas, ao lado deles Jared já estava chorando, Felicia olhou para o filho com um sorriso torto.

  - Não chorem meus amores, protejam nosso povo e traga a paz...

Disse Felicia com dificuldade, mas fora a única força que restara para dizer o que queria, para dizer que seu maior desejo era que a paz podesse reinar sem medo.

   - Senhor!

Um grito tirou Jarel de seus devaneios o fazendo olhar para o dono da voz e vendo um dos soldados a sua frente respirando fundo o fuzila com um olhar mortal.

  - O que quer?

  - Victor tentou invadir o lugar acompanhado de um mercenário.

  - Traga-me eles até aqui.

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