As chaves secretas da vida

Como tudo começou

Me chamo Sophia, tenho 20 anos e sou brasileira mas moro em Paris. Sou filha única e meus pais são Amy e Ryan. Eles viajam muito a negócios, então eu fico com meus avós que se chamam Rita e Bryan (pais de meu pai). Gosto muito de meus avós, são muitos compreensivos e sempre que eu preciso de algo eles me ajudam, não tenho nada que reclamar deles.

Sou fotógrafa, retrato sempre a realidade e as paisagens dos países e cidades que eu visito. Gosto muito de música e escrever, estou pensando em escrever um livro retratando todas as viagens e aventuras que eu já passei. Espero que dê certo e com o tempo eu posso focar somente em livros.

Próxima semana irei mudar para o Brasil, liguei para meus amigos e eles me ajudaram a comprar as passagens. Meus avós vão fica ainda em Paris, se der certo, eles compraram uma casa no Brasil e se mudaram, mas por em quanto eu me mudarei e ficarei com meus amigos.

Meus pais não gostaram muito da ideia, por eles eu continuava em Paris, mas resolveram me entender e deixar eu ir. Só pediram pra eu tomar muito cuidado e qualquer coisa ligar para eles.

Na manhã seguinte fui tomar café com meus avós, uma manhã ensolarada e um belo dia para eu dar umas voltas e tirar umas fotos por ai,eu tinha que aproveitar meus últimos dias pois logo logo irei me mudar daqui. E foi isso que eu fiz, peguei minha bolsa e minha câmera e saí por ai andando e tirando várias fotos de lugares bonitos e inusitados. Não pretendia voltar cedo,queria aproveitar cada detalhe daquela cidade linda.

Passei praticamente o dia todo andando pela cidade. Quando de repente meu celular toca, era minha avó me ligando. Resolvi atender, era ela pedindo para eu voltar para casa, pois já estava ficando tarde e eu precisava arruma minhas coisas, eu iria viajar na manhã seguinte.

- Meu Deus! Como as horas se passaram vó! Ainda bem que a senhora me ligou. Preciso urgentemente ir embora para casa e descansar também. Daqui 1 hora estarei em casa, beijos.

Desliguei o telefone. E fui correndo pegar um táxi quando de repente esbarrei em um rapaz. Quase caio, mas pelo menos valeu a pena, era um gato, alto, branquinho, cabelos castanhos e olhos azuis ( que homem, pensei kkkkk) mas logo pousei na terra e pedi desculpas. Ele me segurou e ficou com os olhos fixos em mim, fiquei até sem graça mas eu precisava ir embora.

Ele queria continua conversando comigo mas eu disse a ele que precisava urgentemente ir embora, sai correndo e pedindo desculpas me retirei. Mas sei lá, sabe quando você olha fixamente para uma pessoa e não sabe o porque? Isso deve ser paranóia da minha cabeça, sei que nunca mais verei ele, mas fiquei com aquilo na cabeça.

Chegando em casa minha avó preparou meus pratos predileto. Uma macarronada e uma lasanha que só ela sabia fazer. Hmmm que delícia,  me lambuzei de tanto que eu comi, seria minha última refeição antes de ir viajar.

Subi para meu quarto e fui tomar banho e arruma minhas malas, quando meu celular tocou, era um número desconhecido,  não sabia quem estaria me ligando,  obviamente deveria ser algum dos meus amigos ou parentes. Resolvi atender:

- Alô?!  Quem fala?

Ninguém respondeu,  apenas eu conseguia ouvir a respiração,  mas ninguém falava nada,  apenas ficava ouvindo minha voz. Resolvi desligar. Achei estranho! Quem poderia me ligar aquelas horas da noite e não falou nada poxa.

Fui fala com minha avó e perguntei se ela conhecia aquele número. Ela disse que não,  e que deveria ser problema da operadora por isso não falaram nada.

- Vó,  a pessoa me conhece,  mas não quis fala nada. Apenas ficou ouvindo minha voz e eu resolvi desligar. Muito estranho isso!

- Minha flor,  não se preocupe com isso. Volte arruma suas malas que daqui a pouco eu subo para lhe ajudar. Seu avô hoje chegará mais tarde,  pois foi na casa de seus tios resolver umas coisas.

- Tá bem vó,  a senhora tem razão. Quando vovó chegar me avise,  quero fica com vocês até os últimos minutos aqui.

E resolvi subir, mas fiquei encucada na cabeça,  pensando em quem poderia me ligar.

Depois de algumas horas, a campainha toca. Fui atender, era meu avô com meus familiares e amigos.  Vinheram fazer uma festinha de despedida surpresa.

- Surpresa!!!

- Não precisava gente.  Nossa, estou muito feliz por vocês estarem aqui! 

Foi uma simples festinha, mas tinha todos os amigos que eu fiz em Paris e familiares.  Amei a festa de despedida.  Não poderia ser melhor, aliás,quem não gosta de uma festinha assim em?!

Mas confesso que vou sentir muitas saudades. Gosto muito do pessoal aqui, mas não custa nada eu tentar ir para o Brasil.

Na manhã seguinte, tomei café e me arrumei,  estava ansiosa e nervosa ao mesmo tempo.  Meus avós me ajudaram e me levaram até o aeroporto.  Nossa,  ai que meu coração apertou mesmo, quando chamaram a última chamada para o voo do Brasil. Na verdade eu iria pra Pernambuco, cidade linda e com muitas culturas e paisagens naturais. 

- Pernambuco ai vou eu!  Vó e vô,  sentirei muitas saudades, quando chegar lá eu ligo e sempre irei entrar em contato com vocês aqui.  Se cuidem!

- Minha flor (disse minha avó com lágrimas nos olhos)  seja feliz! Logo logo se der certo iremos nos encontrar lá. 

- Minha neta,  vá com Deus! Iremos te visitar antes de se mudar para lá.  Te amamos ( disse meu avô chorando já).

Fiquei muito emocionada, abracei os dois forte e fui embarca. Estava com o coração apertado, no fundo eu ficaria, mas tinha que ir.