As chaves secretas da vida

A viagem

Depois de muitas horas, finalmente cheguei no Brasil, mas eu tinha que pegar um ônibus para ir até Pernambuco. Liguei para minha amiga Avery para avisá-la.

- Avery cheguei no Brasil, daqui 4 horas estarei ai na rodoviária, você vai poder ir me buscar? Como você está? E os demais ai?

- Calma Sophia, eu e todos estamos bem sim e você? Eu, Heitor, Raul e Rany vamos ir ai te buscar sim, não se preocupe, quando chegarmos na rodoviária vamos com cartazes para você nos reconhecer! E seus avós como estão? Você conseguiu ligar para eles avisando que chegou aqui no Brasil?

- Estou bem sim, e já avisei eles sim. Quando der irei entrar no Skype e fazer uma vídeo conferência para eles ver eu e a galera aí. Tenho altas novidades para te contar, estou cansadona e não vejo a hora de chegar logo!

- Ok, quando você chegar conversamos mais e vá descansar um pouco. Ainda dá tempo de dormir um pouco antes de pegar o ônibus pra vim aqui. Estamos todos esperando você, fique com Deus amiga e se cuide, beijos.

Tu-tu-tu... (desligou o telefone).

Depois disso, fui me hospedar em um hotel lá perto mesmo antes de pegar o ônibus e partir. Estava morta de cansada,precisava dormir.

Depois de umas 5 horas de sono, o celular toca

- Meu Deus! Quem será essas horas? Alô? Quem é?

Eu tão cansada e sonolenta que nem vi quem estava me ligando. Mas depois vim perceber que era aquele número que me ligou em Paris. Só pode ser alguém que gosta de mim e está fazendo isso porque deve ter sabido que eu vim embora. Peguei desliguei novamente. Estava afim da próxima vez que me ligasse, eu não iria atender e pronto.

Voltei a dormir, desliguei o celular, não queria nenhum incomodo.

Depois de algumas horas, lá estava eu novamente na rodoviária para pegar o ônibus e chegar de vez no meu destino. Mas não me saia da cabeça quem poderia estar me ligando. Então resolvi ligar para Avery, ela sempre foi minha melhor amiga, mas infelizmente ela resolveu vim para o Brasil antes de mim. Família dela são gente fina, me conhecem desde pequena.

- Avery minha amiga, estou saindo daqui da rodoviária, estarei ai depois de umas horas, beijos.

- Venha logo Sophia, estamos todos felizes por você já está vindo. Iremos te esperar na rodoviária como o combinado, beijos flor.

Tu-tu-tu...

Entrei no ônibus, peguei a câmera e resolvi começar a registar algumas fotos por ali no caminho que o ônibus percorria. Linda paisagem, aproveitei também e comecei a escrever meu livro, queria registrar e contar sobre muitas coisas da minha vida nesse livro. Eu tinha a certeza de que se alguma editora resolvesse publicar meu livro, não iriam se arrepender.

Escrevo porque me inspiro em situações e fatos que acontecem. Escrever é arte, assim posso me expressar e colocar tudo pra fora em torno de versos, poesias e história.

Enquanto estava no ônibus viajando, conheci uma senhora chamada Lana. Ela me contou que estava viajando para ver seus 2 filhos que ela não a via quase 20 anos,poia tinha ido para outra cidade tentar uma vida melhor para poder sustentar seus filhos. Ela tem uma vida muito sofrida mas que graças a Deus e seu esforço, ela conseguiu melhorar de vida.

Me emocionei quando ela contou que passou fome lá em São Paulo (onde ela foi morar). Uma senhora tão doce e amável e passou por tantas dificuldades mas mesmo assim não desistiu de seus sonhos.

Falei pra ela que eu era fotógrafa e estava escrevendo um livro. Pedi pra ela se eu poderia contar a história dela em meu livro, ela concordou, pediu meu telefone é meu e-mail para entrar em contato. Resolvi dar e pedir o dela também.

Nisso o ônibus já estava próximo da rodoviária em Pernambuco.

- Nossa que rápido, fiquei tão entretida falando com a senhora que nem percebi as horas passarem.

- Há minha filha, foi bom porque num instante se passou as horas e não esqueça de ligar para mim. Qualquer dia vá lá em casa pra tomarmos um chá ou café, quero conhecê-la mais ainda.

- Muito obrigado dona Lana, irei sim, adorei conhecê-la também. Ainda entrarei em contato com a senhora essa semana. Se cuide e boa sorte!

Dei um abraço bem apertado nela, lembrei de minha avó, doce e sincera. Um abraço acolhedor!

Finalmente cheguei, quando entrei lá dentro da rodoviária, vi meus amigos com cartazes e fazendo festa, corri para abraçá-los. Pense num povo doido, mas que tinham um coração enorme cada um. Seria impossível eu não amar cada um deles.

Heitor era o nerd da nossa turma turma, entendia de muita coisa sobre games e informática, era fera, já tinha ganhado vários prêmios e era estudante de Ciências da Computação. Era um Steven Jobs brasileiro.

Raul era o palhaço da turma, fazia graça com tudo e não tinha quem não risse com ele. Meu Deus, aquele rapaz deveria trabalhar em circo (risos). Ele era estudante de Produção Musical, adorava tocar e cantar.

Vivi era a namorada de Raul, os dois faziam um casal perfeito. Sabe aqueles casais de novela? Pronto! Era os dois, feitos um pro outro. Ela era super divertida, mas seria quando precisava, aliás, ela estudava Direito e seria uma ótima advogada.

E a Avery ela é uma doida, estudante de Psicologia (está cursando o último período) . Dizem que todo psicólogo é doido, mas ela sabia ouvir e dar conselhos como ninguém, estava na profissão certa. Tanto que é minha melhor amiga.