6 • Gotham City

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Já tinha se passado alguns dias, dias terríveis em Gotham City, destruições, violência, morte, onde tudo era resumido em Harley Quinn e Coringa. Eles festejavam sem motivos por onde passavam, deixando rastros de sangues e suas risadas maléficas, sem limite.

Já era temível ter Coringa à solto, entre as ruas escuras e vazias, deixando a população amedrontada e isso estava piorando cada vez mais, depois da sua nova parceira, cujo, mais louca que o próprio.

No momento, Harley e Coringa, estavam na boate mais movimentada onde surgia o pior, que ninguém se atrevia à saber o que acontecia lá. Harley dançava na pista, comemorando o assalto que acabará de fazer com o seu anjinho. Seus quadris em movimentos lentos, suas mãos para o alto, bagunçado o seu cabelo e a outra passeando pelo seu corpo deixando todos a desejarem. Definitivamente, Harleen nunca faria isso.

Coringa estava no andar de cima, numa mesa reservada com a vista perfeita do piso inferior. Sentado no sofá, com os braços apoiados no mesmo, olhava para a multidão enquanto a música estourava os seus ouvidos. Um homem alto e com tatuagens em todo o corpo se aproximou junto com um dos capangas do palhaço.

"Coringa?! É um prazer tê-lo na minha boate", o homem se pronunciou sem ter a atenção dele, sendo ignorado por completo.

"Nao fale com ele. Ele fala com você", o capanga informa deixando-o constrangido, e os deixa à sós. O homem se senta do outro lado da mesa, com as pernas bambas, ele tremia de medo. Com apenas um suspiro, podia morrer. O silêncio surgiu entre os dois, enquanto os olhos verdes e profundos passeavam no corpo de Harley, dançando e rindo sem parar. Como se fosse possível ouvir sua risada atrapalhada mais alta que a música.

"Se é um prazer em me ter na sua boate porque está com medo, Sr...?", Coringa se pronunciou virando o seu rosto lentamente até ele. "Ah, não importa. Seremos bons amigos!", abriu os seus lábios.

"Seremos?"

"Claro, quer dizer, depende, você gosta de brinquedos?", curvou seu corpo sobre a mesa observando o homem. "Eu adoraria mostrar os meus brinquedos à meu novo amigo", começou a rir com a mão sobre a boca, revelando sua tatuagem. Como se fosse uma piada. O homem arregala os olhos amedrontado segurando a respiração. "Estou brincando! É uma piada!", gargalhou vendo o homem voltar a respirar aliviado. É óbvio que não é uma piada.

Coringa volta a olhar a pista de dança procurando por Harley, tendo a certeza que ainda estava viva, não por preocupação, apenas se certificando. O homem segue o mesmo olhar até chegar na loira, extravagante e colorida, seu cabelo dividido em duas cores e o vestido dourado. Literalmente, ela roubava a cena só para sí mesma.

"Ela é sua?", o homem perguntou fazendo um sorriso satisfatório brotar no palhaço. Fazendo seu corpo se levantar com os braços abertos.

"Sim, ela é. Minha propriedade. Harley Quinn", gritou jogando a cabeça para trás, fazendo a única luz amarelada rebater em seu rosto, ilumindando seu sorriso metálico. Voltou à olhar o homem que observava Harley, sequer piscava, a comia com os olhos. "Quer conhecê-la?", perguntou sem deixá-lo responder. "Arlequina!", gritou apoiado na barra de ferro. Sua voz se misturava entre risos.

Harley conseguiu ouvir seu nome sendo chamado entre ecos e olhou para cima, abrindo um sorriso junto com o palhaço. Desceu do palanque se direcionando até a escada empurrando todos que que estavam no seu caminho, indo até eles. Seu corpo teve a visão completa quando chegou ao topo, parou fazendo uma pose intimidadora, suas tatuagens sem nexos nas coxas despidas. Seu vestido curto e deslumbrante marcando suas curvas.

"Vem pro papai, monstrinho", Coringa se aproximou dela a fazendo rir, era nítido a sua euforia. Ele sorria como nunca, o seu maior sorriso diabólico.

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