Primos?

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Abro meus olhos lentamente, e a única coisa que consigo enxergar é a claridade do local.

Tudo era branco e eu estava em uma maça, que maravilha, odeio do fundo do meu coração hospital.

Deve ser aquele mesmo que quase sempre eu ia, para tomar algumas injeções desnecessárias, tinha mais algumas maças naquele quarto, que por acaso é enorme.

-Filha! -Minha mãe diz entrando ao quarto, dou um sorriso amarelo e ela me abraça.

-Por que estou em um hospital? Odeio esse lugar!-Digo respirando fundo, na mesma hora começo a tossir.

O ar daquela sala era diferente, e meu nariz não se agradava nem um pouco, do que inala-vá.

-Quando cheguei do serviço, na hora do almoço e fui te chamar pra almoçar, encontrei você caída no quarto!

-Isso ainda não é motivo, pra me trazer pro hospital mas tudo bem!

-Vou chamar o médico! -Diz ela saindo e me deixando sozinha, uns minutos depois os dois voltam.

-Como se chama?-O médico pergunta.

-Helena Vitória! -Falo rápido.

-Ok Helena, tem quantos anos?-Sério que precisa de tudo isso, só podia ser um hospital público mesmo.

-Tenho 13 anos! -Tentei fala tudo bem rápido, pra não correr o risco de ficar muito tempo aqui.

-Então ela desmaiou hoje de manhã? -Ele fica olhando para aquela prancheta.

-Se eu não tivesse desmaiado não estaria nesse moquivo! -Falo com raiva.

-Calma Lena, me desculpe ela está nervosa!-Minha mãe tenta esclarecer as coisas.

-Tudo bem, comeu alguma coisa hoje? -Continua o interrogatório senhor.

-Sim comi um sanduíche, e antes que pergunte só comi isso por que estava de manhã, e eu desmaiei as 10:50 mas o menos da manhã!

-O sanduíche deixaria a senhorita abastecida por algumas horas, você está grávida? -Ele pergunta.

Minha mãe quase tem um problema cardíaco, e começa a ficar grosseira.

-Claro que não, minha filha tem apenas 13 anos!-Ela quase bate nele.

-Senhora acalme-se, eu apenas tenho que fazer as perguntas! -Ele fala e se retira.

-Ele só pode ser louco, minha filhinha grávida! -Ela ri de nervoso, e eu acalmo ela.

...

Uma enfermeira qualquer, veio botar soro pra logo eu a pessoa mais gentil do mundo, acabei passando a tarde toda naquele lugar.

Quando ja era o começo da noite, finalmente eu pude ir embora daquele lugar.

Fui andando calmamente pelas ruas da cidade com a minha mãe, mas não mexi o braço direito por medo, odeio injeção e digamos que fiquei com o braço duro, agora quando eu mexo nele dói.

-Pare com essas graças Lena, mexa esse braço e pronto! -Diz minha mãe se divertindo com a situação.

-Ta doendo! -Choramingo.

-Lena, é só mexer pronto, te falei pra não ficar com ele duro! -Ela resmunga.

-Ta mãe, eu to bem desse jeito! -Falo prendendo o braço em mim, só pra não deixa-lo reto pois doía.

...

O exame que vai dizer o que eu tenho, vai sair na quarta-feira não estou nem tão interessada, só quero descansar.

Sento-me no sofá de minha casa, e sinto um pequeno arrependimento, pois minha irmã estava com o namorado, e a filha perturbando.

-Finalmente te conheci Helena!-Diz ele.

-Já tínhamos nos visto!-Falo revirando os olhos, ele era aquele tipo de gente que só faz piada.

-Que humor!-Minha irmã ri, mas ele continua sério que bom viu.

-Seu aniversário está chegando né baranga?-Ele pergunta pra minha irmã, eu começo a gargalha que nem uma louca.

-Ta sim abestado!-Ela responde.

Eles eram um casal muito engraçado, mesmo minha irmã tendo um ciumes obsessivo, ele aguentava ela e eram um casal de loucos.

-Vocês são loucos! -Falo saindo da sala e indo pra cozinha, pego um prato e boto uma comida qualquer, depois pego um suco.

-Meu primo Arthur, vai vim pra festa também!

Na hora eu voltei pra trás e guardei a comida e o suco, Arthur era seu primo?

Por que ele tem que vim, deve ser um primo bem distante.

-A festa vai ser aqui no quintal de casa, acho que vai ser melhor! -Diz minha irmã.

-Tudo bem, vou avisar o dia e a hora pra ele!-Meu cunhado fala.

Passo pela sala e nem olho pra eles, acho que vou ficar no quarto no aniversário dela, não quero ter que vejo.

Depois de tudo que falei hoje, acho que ele nunca mas vai querer olhar na minha cara, assim vai ser muito melhor.

Não quero me aproximar dele conheço sua fama, sei muito bem que ele seria um erro.

Consequências de um suicídioOnde histórias criam vida. Descubra agora