Septuagésimo Quarto Capítulo- Alvos

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POV's Mónica 

        Axl conduziu-me até à varanda das traseiras do bar, onde não estava mais ninguém. Encurralou-me, entre os seus braços, contra a parede.

        -Eu sei-disse-Que tu e Slash andam a esconder qualquer coisa. O que é?

         Senti o suor a escorrer-me pela cara. Não tinha outra opção. Ia ter de contar a verdade. 

         Mas antes sequer de eu responder, um barulho ensurdecedor espalhou-se por entre a suave brisa da noite. 

          Um tiro fora disparado. E acertara a menos de um metro de distância das nossas cabeças.

          Fugimos por umas escadas de apoio ao lado da varanda, e continuámos a correr, incessantemente, até nos sentirmos em segurança.

          Parámos e entrámos num beco escuro e abandonado, onde provavelmente ninguém nos iria encontrar.

          Axl agarrou no telemóvel.

           -O que estás a fazer??-perguntei, em surdina.-Assim, vão descobrir onde nós estamos!

             Atirei o telemóvel, contra a parede, partindo-o. Axl encolheu os ombros, decepcionado.

             Com a respiração ofegante, deixei-me cair no chão.

      POV's Slash

          Assim que ouvimos o tiro, saiu toda a gente a correr para fora do bar. Não havia sinal nem de Axl, nem de Mónica. 

          Então, recebi uma mensagem, incompleta, de Axl:«Saíam daí! AGO...»

             -Duff!-preguei-lhe uma cotovelada, pelo meio da multidão, a tremer de pânico-Temos de sair daqui!

           Avisámos discretamente o resto do pessoal, e corremos até ao autocarro da banda.

              -Eu não sei conduzir um autocarro!-gritei, desesperadamente.

              -Nem eu!-disse Steven.

              -Alguém vai ter de tentar-disse Duff.

            Olhei à volta, aborrecido.

              -Portanto-disse, revirando os olhos-Vou ter de ser eu, não é?

             Sentei-me no banco do condutor, e suspirei, enquanto ligava o motor e tentava sair dali o mais depressa possível.

    POV's Izzy

              -Onde estamos?-perguntei, assim que parámos.

              -Num sítio seguro-respondeu Eva, vagamente.

              Entrámos numa casa pequena e de madeira, modesta, no entanto, confortável, limpa e bem cuidada.

              -Nós não podemos ficar aqui para sempre!-retorqui-Além disso, vamos ter de partir daqui a três dias, para continuar a turnê!

              -Então ficam aqui até lá.-disse-É importante.

                Eva dirigiu-se até à porta, enquanto punha o capacete na cabeça.

              -Onde vais?

              -Mais tarde vais perceber-disse, fechando a porta.

POV's Axl

            -Para onde vamos?-perguntei

            -Não sei-respondeu Mónica-Para casa talvez?
            

            -Estamos muito longe-respondi-Além disso, é raro ver táxis nesta parte da cidade, e ainda por cima a estas horas.

             -Podemos sempre pedir boleia...

             -É arriscado, dada a situação em que nos encontramos. No entanto, não estou a ver nada melhor.

POV's Duff

      Corri até às traseiras do autocarro.

        -Slash-disse, em surdina-Anda mais depressa. Estamos a ser seguidos.

        -Como sabes?

       Apontei para o espelho retrovisor. Uma mota, com um vulto, vestido de preto, avançava cada vez mais na nossa direção. Apesar de estar a tremer, Slash pôs o pé no acelerador, fazendo com que os ponteiros do velocímetro atingissem os 150 km/hora.

       Mas a mota continuava a avançar, a uma velocidade maior  do que a nossa.

       Então, para a tentar despistar, entrámos num caminho de terra batida, sem qualquer tipo luz a não ser a dos faróis do autocarro. 

        E já não se via mais ninguém. 

        Suspirámos de alívio, mas não por muito tempo. 

        A mota voltou a aparecer, ultrapassando-nos e parando mesmo à nossa frente, obrigando Slash a fazer uma travagem a fundo. Uma nuvem de pó levantou-se do chão.

       E, do nada, um vulto apareceu à janela.

        -O QUE FAZEMOS!!??-gritou Slash, em pânico.

          Steven levantou-se e abriu uma caixa, que se encontrava por cima dos bancos do autocarro. Tinha uma arma lá dentro. Empunhou-a, agilmente, contra a janela.

           No entanto, surgira alguém à porta. Num abrir e fechar de olhos, era o misterioso vulto que empenhava a arma. Steven estava estendido no chão, petrificado.

            


        

        


        

















You're Crazy (Fanfic de Guns N' Roses)Where stories live. Discover now