Continuação da parte 2

374 17 6
                                    

Quando chegaram em casa, Lanay foi para o Living. Na penumbra, tudo ali parecia muito acolhedor. A sra Latimer havia deixado na mesinha do lado do sofá alguns sanduiches e uma salada de frango, no caso de estarem com fome ao voltar. Lanay deixou cair a estola e inclinou-se para ligar a cafeteira. Essas tarefas triviais tinham o poder de acalma - lá. Mas por que estava se sentindo tão culpada? Afinal de contas, não tinha feito nada de errado, nada que pudesse se envergonhar. Louis entrou passando a mão nos cabelos grossos e lisos. Tinha desabotoado o casaco de Smoking e estava perturbadoramente atraente. Lanay se sentou num sofá, aparentando frieza.

-- Quer um pouco de café? perguntou, erguendo os olhos.

Louis acenou negativamente com a cabeça, atravessou a sala até o bar e serviu-se de uma dose de uísque. Lanay olhou cuidadosamente para ele, mas Louis estava de costas. Resignadamente, despejou o café em sua xicara. Louis, afastando-se do bar, parou diante da lareira. Lanay evitava olhar para ele. Tinha receio daqueles olhos penetrantes e não queria que Louis percebesse quanto a perturbava naquele momento.  Até então Lanay tinha enfrentado muito satisfatoriamente toda a situação. Mas também, reconheceu desalentada, até agora tinha concordado com tudo que ele dissera ou pedira, e nunca havia dado nenhum motivo para que o marido a considerasse mais do que aquilo: a mulher que ele mantinha em sua casa de Londres e que recebia seus convidados. O fato de usar sua aliança não era nada mais do que uma conveniência, em respeito ás leis sócias do país. Lanay segurou a frágil xicara de porcelana nas mãos, sentindo o forte aroma do café moído recentemente. Ao cobrar seu direito de fazer amizade com um homem, havia, inadvertidamente, rompido as barreiras que ela mesma erguera como parte da estrutura de seu casamento. Louis terminou seu uísque e Lanay podia sentir o olhar acusador dele sobre ela. Com calma admirável, pousou a xicara na mesa e levantou-se, esperando que o silencio fosse único sinal externo de sua ira. Mas, quando virou-se, Louis falou com voz áspera :

-- Aonde pensa que está indo?

-- Estou cansada, Louis -- respondeu, passando a mão na testa. -- Vou dormir.

-- Você está sempre cansada -- reclamou, sombrio -- Principalmente quando tem de enfrentar algo desagradável.

Lanay tomou folego.

-- Não vejo por que seja necessario dizer algo desagradavel aqui -- ela retrucou cuidadosamente. -- Não fiz nada de que pudesse me envergonhar. Não sou criança, Louis, para ser repeendida pelos meus maus modos quando chego em casa. E se está aborrecido com a historia de Zayn, devia ficar zangado com você mesmo, que foi o único culpado.

-- Eu, o culpado? Meu Deus, Lanay, você é uma pedra de gelo! por que pensa que eu vou aturar isso?

Lanay suspirou.

-- Louis,, não acha que já me humilhou bastante por hoje? Nem sei o que Harry e Alice devem estar pensando.

-- Não sabe? -- Louis olhou para ela muito serio.

-- Mas então não conhece seus amigos muito bem, não é? Bastaria eu estalar os dedos para ter Alice em meus braços!

-- Você é... é você é desprezível! -- Lanay falou com ódio. -- E não acredito no que diz Alice não é assim.

-- Quer que eu prove? -- perguntou com frieza.

Lanay levantou os olhos para ele, encarando-o por um longo minuto. Depois abaixou o olhar diante da raiva que viu nos olhos de Louis.

-- Oh, não! É logico que não!

-- Por quê? tem medo de que eu prove que tinha razão?

Lanay se virou, pegando a bolsinha que estava no sofá.

-- Vou para a cama! Não quero mais falar sobre isso.

-- E, naturalmente, isso encerra a discussão -- observou, zombeteiro.

Lanay caminhou-se ara a porta.

-- E o que temos mais a dizer? Eu simplesmente não consigo entender vo^Ce. Queixou-se quando sai uma noite com Mannering, e agora praticamente me força a ir a esse concerto com ele...

-- Enquanto eu estava nos Estados Unidos você costumava sair com Mannering, não é? -- Louis indagou, com a voz mansa. -- Não se importou nem um pouco com o que os outros poderiam pensar, não é mesmo? Bem, quando ficarem sabendo que eu mesmo arrumei este encontro com Mannering, a especulação sobre seu relacionamento com ele vai acabar. Ninguém faz Louis Howard de bobo, não se esqueça!

-- O que está dizendo agora? -- perguntou Lanay, parando de repente.

-- Você está cansada. Não vou perturbá-la com detalhes.

-- Oh, Louis! -- Lanay olhou para ele trêmula, odiando seu ar de superioridade e de zombaria.

-- Vá para a cama, Lanay. Como disse, você não me entende. Mas entenderá, acredite em mim, entenderá!

Lanay deu-lhe as costas abruptamente e saiu. Teve vontade de a Louis do que ouvira sobre o comportamento dele com as outras mulheres mas não teve coragem. Parecia ciúme e, até então, esse tipo de emoção não a tinha perturbado. Quer dizer... até aquele noite!

HEEY, VOCÊ ESTÃO GOSTANDO DA FIC? BOM, TEM MUITA COISA AINDA PELA FRENTE ENTRE LOUIS E LANAY, BOM, NÃO SEI QUE DIA VOU POSTAR O 3 CAPITULO MAS ESPEREM!

BEIJOOOOS DA PANDA S2

O CasamentoOnde histórias criam vida. Descubra agora