21° capítulo

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Nos quatro primeiros horários, o Ricky não havia aparecido, estava achando estranho, ele não costuma faltar aula, por conta do pai dele, que fazia pressão. Mais com certeza algo de muito sério havia acontecido.
Depois do intervalo, Wellington, Sarah e eu fomos para o pátio esperar pelo último horário.

- Sabe porque o Ricky não veio hoje, Annie? - Wellington me pergunta.

- Também quero saber. - respondo.

Sarah interrompe a nossa conversa, e me dá um papel com uma caneta.

- Com licença Wellington, vou roubar a Annie uns minutinhos, ela precisa fazer um favor pra mim.

- Tudo bem. - ele sorrir. - Eu vou indo, preciso resolver um problema na direção.

Ele levanta do banco, e sai.

Não sei porque, mais eu tenho a impressão que Sarah não vai com a cara do Wellington, acho que ela só atura ele porque ela sabe que eu gosto muito dele.

- Me dê esse papel aqui. - tomo o papel da mão dela.

Ela sorrir discretamente.

Ela dita palavra por palavra do que era pra escrever, e depois de incontáveis minutos escrevendo aquele livro, que a Sarah chamava de carta, dou a ela.

- Aqui está a sua "carta". - faço aspas com os dedos.

- Obrigada. - ela puxa da minha mão. - Agora vamos comigo até o estacionamento, depositar a carta no carro dela, antes que ela resolva ir embora.

Ela me arrasta pelo braço, e nós praticamente voamos até o estacionamento.
Assim que avistamo o carro dela, enquanto eu fico na entrada do estacionamento dando cobertura, ela vai até o carro e joga a carta pela janela, que por incrível que pareça estava meia aberta.

**

- Vai querer uma carona até sua casa?

- Não Sarah, eu não vou pra casa, tenho uma entrevista agora. Mas obrigada. - digo.

- Então tá, até amanhã. - ela acena antes de entrar no carro.

Vejo o ônibus chegando no ponto, e alongo os passos para alcança-lo.
Assim que encontro o endereço, percebo que estava na frente de um conceituado escritório de advogacia.
Adentro, e reparo para cada detalhe, era muito lindo e muito grande.
Vejo uma bela mulher ruiva, atrás de uma mesa, e me aproximo dela.

- Boa tarde, eu gostaria de falar com o Sr. Gilberto Braga. - murmuro.

- Você é a moça da entrevista? Annie Kavanagh?. - pergunta.

- Sim, eu mesma. - afirmo.

- Ele está a sua espera. - ela levanta da cadeira. - Queira me acompanhar, por favor.

Obedeço-a, e lhe sigo.
Depois de subir no elevador até o 4° andar, percebo que aquele escritório era mais grande do que eu imaginava.
A bela moça, abre uma porta para eu passar, mas antes, ela me anuncia.

- A Senhorita Kavanagh chegou, senhor.

Ouço uma voz rouca, mas meio embaçada, ordenando a minha entrada.

- Mande-a entrar.

A moça faz um sinal com o braço para que eu adentrasse a porta.
Sigo até lá, e quando coloco meus pés na sala, sinto um calafrio percorrer por todo meu corpo.
Respiro fundo, e caminho até sua mesa
Encaro aquele homem que aparentava ter mais ou menos uns 45 anos de idade, ele era branco, dos cabelos grisalhos, e ao se levantar para me comprimentar, vejo que ele era alto e forte.
Ele acena para que eu sentasse na cadeira em frente a sua mesa.
E assim que sento, ele senta também.

- Então senhorita Kavanagh, me fale um pouco sobre você. - a voz rouca formava um eco na sala.

- Bem, eu tenho 18 anos, sou Universitária, faço faculdade de direito e estudo pela parte da manhã. - minha voz quase não saia.

- Direito. - ele faz uma breve pausa. - Huum, não poderia fazer outra escolha, esse ramo é excelente. - ele se levanta.

Ele coloca as mãos no bolso da sua calça, traje fino, e fica caminhando pela sala.
A cada passo, acompanho com o meu olhar.

- Bem, só pelo fato de você estudar direito, isso já me agrada, porque além de você me ajudar, eu poderei te ajudar também, afinal sou um conceituado advogado. - ele para e me olha. - Mais tem um porém. Você estuda pela parte da manhã.

- Mais eu posso vim a tarde, sem problema algum. - afirmo.

- Mais você acha que tem competência para exercer esse cargo? - ele se aproxima de mim.

- Mais é claro, eu me acho competente o suficiente para exercer essa profissão, caso contrário, eu nem estaria aqui. - ergo minha cabeça para encara-lo

Ele chega mais perto de mim, ainda com as mãos no bolso, seu olhar era sério e me fuzilava a cada momento.
Eu me ponho de pé, para ficar frente a frente com ele.

- Vejo que você é uma mulher de atitude.

Ele me encara, mas me da as costas e vai em direção a porta.

- Então tudo certo, eu gostei de você, confio na sua capacidade. Você está contratada! Pode começa na segunda-feira.

- Obrigada senhor. - caminho até a porta.

- Tenha um excelente dia. - ele sorrir.

Antes de sair, me viro para olha-lo e retribuo o seu sorriso.

A Reencarnação. "um amor proibido"Onde histórias criam vida. Descubra agora