17° capítulo

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- Sarah, o que você está escrevendo ai? - tento olhar para vê o que era.

- Nada de tão inportante. - ela fecha o caderno.

Será que devo pergunta pra ela o que está acontecendo que fez ela ficar tão pra baixo assim? Mais e se ela me ignorar, e me deixar falando sozinha? Bom, pelo menos eu vou tentar.

Dou um leve suspiro.

- Sarah? - chamo-a

- Fala, Annie. - ela me olha.

- O que tá acontecendo? - pergunto.

Ela abaixa a cabeça e fica pensativa.

- Não está acontecendo nada. - ela faz uma pausa. - O que te levou a achar que estaria acontecendo algo?

Olha para minhas mãos.

- Bem, desde que passamos a andarmos juntas, eu venho percebendo que você na maioria das vezes está triste. - olho para ela. - Você até tenta disfarçar, mas eu vejo na sua expressão que tem algo que te incômoda. E isso faz de você as vezes uma garota mau humorada. - tento forçar um sorriso. - Seja lá o que for que vem te aflingindo, saiba que eu vou sempre está aqui. - seguro em suas mãos.

Ela observa as nossas mãos entrelaçadas, e depois volta seu olhar para mim.

- Como você é observadora. - ela brinca.

- Bom, então eu vou indo. Já que eu não conseguir tirar nada de você. - dou um sorriso.

Me levanto para ir embora, mais ela me segura pelos braços.

- É que eu tenho um certo receio de contar isso pra qualquer pessoa. Eu não sei qual pode ser a reação, então, eu prefiro ficar só comigo.

- Mais eu não sou qualquer pessoa. - faço uma pausa. - Eu sou sua amiga. E pode ter certeza, que não importa o que seja, eu sempre vou está ao seu lado pra te apoiar.

Ela sorrir e me olhar com um olhar de "tá legal, você venceu."

- Annie, eu sou lésbica, esse é o problema. - ela força um sorriso.

Arregalo os olhos, retiro a minha mão da dela, e a ponho na boca, com sinal de surpresa.

Ela me olha indiferente, depois do jesto que fiz.

- Tá vendo só, por isso não queria te contar, sabia que vc reagiria dessa forma. - ela olha para o nada.

- Não. - grito. - Não é isso, é que eu fiquei surpresa. - digo. - Porque só agora eu vim entender o seu olhar para a professora Regiane. Você gosta dela não é?!

Ela me olha surpresa e arregala os olhos.

- Está tão na cara assim? - pergunta.

- Não muito. - afirmo. - Mais como você mesma disse, eu sou muito observadora. - dou uma gargalhada. - Mais Sarah, isso não é motivo para te deixar triste.

- Como não? Eu sou apaixonada por uma mulher, que nem sabe que eu existo. Uma mulher que é casada, que tem sua família, e você acha que só porque eu tenho um amor platônico, isso é o suficiente para me tornar uma pessoa feliz? - sua voz era melancólica.

- Eu só.. - ela não deixa eu terminar.

- E ainda tem meus pais, ele nem imaginam que eu sou lésbica, eles são homofobicos, e se um dia eles descobrirem, é capaz de me deserdarem, me expulsar de casa, e eu não tenho nenhum parente por aqui para que eu possa recorrer.

Meu Deus, que barra a Sarah passa. Eu não sei o quanto é difícil, até porque nunca passei por isso. Mas, eu posso imaginar. Agora o que eu posso fazer, é apoia-lá e dar força pra que ela nunca desista desse amor que ela sente pela professora, afinal a esperança é a última que morre.

- Sarah, eu posso imaginar o quanto é difícil tudo isso que vc está passando, mais amiga, saiba que eu estou aqui, do seu lado, e vou te apoiar sempre. Mas, não desista desse amor que você sente pela professora, e principalmente não desista de você. - a toco com meu dedo indicador. - A esperança é a última que morre. E qualquer coisa que venha acontecer, você tem a minha casa, ela sempre estará de portas abertas pra você. - eu a abraço.

- Obrigada, obrigada por tudo.

Depois da longa conversa que tivemos, ela me leva até em casa no seu carro, e depois vai embora.

A Reencarnação. "um amor proibido"Onde histórias criam vida. Descubra agora