Capítulo 1

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    Pov – Lizzie

O dia está ensolarado e limpo. Quando não está assim aqui em Kirus? Olho pela vidraça a arrumação no jardim, minha família toda empenhada em arrumar a mansão para meu aniversário de quinze anos.

As crianças brincam correndo de um lado para outro, tio Nick como sempre atento e preocupado, pelos gestos mandou pararem de correr, é completamente ignorado, procuro por Annie, ela surge segurando a mão de Ryan, meu priminho ficou a cara do pai.

Minha mãe forra as mesas com toalhas brancas, queria muito apenas descer e ajudar, quando me movo o pé dói me lembrando do por que estou no quarto e não no meio da bagunça com o restante da família.

Evitando forçar o pé volto para cama. Uma leve batida na porta me desperta, armo um falso sorriso no rosto, não quero ninguém preocupado comigo hoje.

─Entra. – A porta se abre e meu pai surge sorrindo. O segundo irmão dos quatro irmãos Stefanos, o mundo dos negócios reverencia os quatro irmãos e a fortuna que juntaram ao longo dos anos.

─Vim saber se está pronta para descer. Precisa de ajuda princesa?

─Estou pronta. – Desvio meus olhos.

─Ei Lizzie, vai ficar tudo bem. – Ele se senta ao meu lado, me deito com a cabeça em seu colo, não queria começar o dia chorando. Já recebi os parabéns dele e da minha mãe logo cedo, assoprei velinhas na cama com meus três irmãos a minha volta. Depois fiquei deitada mais um pouco enquanto eles foram começar a arrumação.

─Eu sei papai. Nem dói mais. É só que fico pensando se não vou mais poder dançar.

─Claro que vai. O médico disse que são uns meses de fisioterapia e logo estará de volta a vida normal.

─Não quero parecer ingrata, tenho tanto, mas dançar é o que mais amo fazer e mesmo que queira não serei mais uma bailarina profissional.

─Pensei que tinha decidido pelo direito.

─É que me sinto um pouco culpada, eu não me aqueci direito, estava atrasada, com pressa e terminei rompendo o ligamento. Deixei todo mundo preocupado. Meu tio Nick teve que correr para Londres com todo mundo.

─Ele não teve que correr, ele correu por que te ama e queria te ver, todos queriam, mas a cirurgia foi um sucesso, vai se recuperar e voltar a dançar.

Meu pai alisa meus cabelos. Ele tem razão, seco as lagrimas. Ficar chorando no dia do meu aniversário de quinze anos só deixa todo mundo triste, me sento olhando para ele.

─Tem razão papai, isso foi há oito semanas, eu estou ótima, só dói um pouco quando me esqueço e forço o pé, não tenho nada que ficar choramingando.

─Lizzie, não é errado ficar triste, não tem que ficar com vergonha como se o fato de ter tantas coisas boas não permitisse que sentisse coisas ruins, só precisa superar. Quando era pequena caiu de cabeça do escorregador, ficou em coma, quase me matou de medo e então aí está, linda e forte, isso é completamente superável.

─É mesmo. Eu me lembro direitinho daqueles dias, de estar no hospital. Minha mãe chorando. – Olho para cama e o meu velho companheiro agora esfolado e rasgado me encara do travesseiro. – Agarrada com Aquiles.

─Um dia esse seu bichinho de pelúcia vai se desfazer e quero só ver como será isso.

─Nem quero pensar. Ainda não consigo dormir sem ele. Emma vai ficar igual com aquele ursinho dela.

Paixões Gregas - Descobrindo o Amor (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora