Capítulo 7

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Pov – Ulisses

Quando abro a porta sinto o perfume vindo da cozinha, pelo visto minha mulher está inspirada. Sobre a mesinha de centro da sala tem livros e cadernos abertos.

Sophia surge na sala me sorrindo, deixo a pasta sobre um móvel e a abraço, beijo seus lábios.

─Saudade! – Ela me diz carinhosa e fico as vezes me perguntando porque eu achei que podia fugir disso.

─Eu também amor. Cadê minha filha? – Sophia revira os olhos e sorri.

─Não sei da sua filha Ulisses. – Ela diz alto e já sei que Giovanna está escondida. – Sua filha sumiu amor.

─Sophia você não cuida da minha filha direito! – Ficamos os dois meio gritando pela casa. Quase todos os dias isso. – Cadê minha filha em? – Olho em volta para vez se não tem um pé ou braço mau protegido. Quando era pequenina se escondia atrás de cortinas transparentes ou atrás de alguma almofada com metade do seu tamanho, mas com dez anos ela anda mais treinada. – Ela não está grande para isso? – Sussurro e Sophi sorri. – Me dá uma pista.

─Não vi. – Sophi sussurra rindo. – Estou ficando preocupada amor! – Ela diz em voz alta. Depois de vasculhar a sala vou para seu quarto, nada de Gigi, olho em cada canto, desisto e sigo para nossa sala de jogos, nem sinal. Felizmente nossa casa é pequena.

Só resta meu quarto, talvez o forno, mas ela não iria tão longe.

─Eu estou cheio de saudade da minha filha e ela some bem na hora que eu chego? – Olho em baixo da cama, atrás da cortina, caminho pelo quarto começando a me preocupar. Olho pelas prateleiras baixas do closet, atrás dos cabides. – Princesa azeitona! – Ok estou mesmo nervoso, onde ela se enfiou? Puxo a porta de correr da parte reservada do closet onde fica coisas que não usamos em prateleiras.

Já pensava em fechar quando escuto seu risinho escapar. Meus olhos vão subindo sem acreditar, Giovanna está na última prateleira a uns dois metros e meio do chão enfiada num buraco que não tenho a menor ideia de como coube e principalmente como chegou ali.

─Te achei! – Ela ri, coloca a cabeça para fora.

─Oi papai!

─Sua maluquinha. Como se enfiou aí?

─Escalei papai. Foi fácil.

─Garota esperta. Agora vem.

Ergo os braços, Giovanna se contorce no buraco. Tento não rir, Sophia aparece na porta do quarto, olha para cima, primeiro faz cara de brava, depois sorri com uma ruga na testa.

─Como?

─Escalou. ― Eu comunico.

─Estou entalada aqui gente. Como que eu faço?

─Não fica com medo filha. Mamãe amarra uma cordinha para te mandar comida e pode morar aí. – Sophia ri ainda mais, Giovanna se contorce, geme, ri e chora ao mesmo tempo.

─É sério papai. Quando vim foi fácil, estava cheia de adrenalina, agora não consigo sair.

─Viu o que ensina para a menina? – Sophia reclama. – Não fica com medo filha, mamãe manda água também. – Sophia fala de mim, mas também não perde a piada. – Faz alguma coisa Ulisses!

─Bombeiros? Segurança nacional? – Giovanna consegue livrar uma perna e um braço. – Pronto filha, agora só se joga que o papai pega. – Estendo os braços.

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⏰ Última atualização: Aug 29, 2018 ⏰

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Paixões Gregas - Descobrindo o Amor (Degustação)Onde histórias criam vida. Descubra agora