capitulo 10 - Luta.

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Em uma hora eu já estava na porta do hospital assim que cheguei perguntei na recepção sobre a doutora Jennifer. A recepcionista fez uma cara de pouco caso e continuou mascando seu chiclete, depois de algum tempo quando lhe deu vontade ela ligou para jennifer.
- mmmm ela esta ocupada, está na sala de cirurgia.-
- como faço para ir até lá?-
- É restrito senhora. Somente funcionários podem entrar lá.-
Eu respirei fundo para não voar na cara daquela garota.
- Então diga a ela que me atenda.- alterei o tom de voz.
Papai veio até mim envergonhado.
- vamos embora filha. Você deve respeitar o regulamento da clinica. -
Não. Eu não ia admitir. Eu queria estar do lado de Vanyel. Queria beija-lo e dizer que estou com ele. Mas não foi possível, papai me carregou até os bancos na sala de espera e me acalmou. Sentei e fiquei a encarar a loura oxigenada do outro lado da sala. Ela ficava teclando e rindo como se estivesse em casa sem o que fazer. Droga. O melhor era buscar forças e me acalmar.
Depois de uns 20 minutos sentada na sala de espera. Percebi um homem passar pelo corredor misterioso. Suas roupas não me eram estranhas. Vestia couro preto. E aquelas cicatrizes? Eu me levantei  devagarzinho espiando o corredor. Ele dobrou se perdendo a esquerda. Algo me dizia que ele era familiar e que aquelas cicatrizes não me eram estranhas, convencida de que não podia mais segui-lo voltei pensativa para me sentar do banco, quando gritos de mulheres desesperadas surgem naquela direção. Eu me levanto de pressa e vejo quando as enfermeiras correm gritando.
- corram! Corram!-
Eu me assustei. Em seguida por trás daquela enfermeira surgiu uma fera negra andando sobre duas patas com olhos vermelhos e presas enormes a mostra, ela rugiu alto e eu me recordei. Era o lorde. E em sua mão estava meu irmão.
Eu gritei alto desesperada e todos já estavam correndo aleatórios e desesperados. O medo tomou conta de mim, a fera passou por mim correndo como uma bala. Atravessando a porta de vidro, e o terror se espalhou pelas ruas. Meus nervos meu causaram tontura, meu pai veio correndo tropeçando pelos corredores.
-você viu aquilo filha. Você viu. O que era aquilo? -
Ele estava surpreso e eu extremamente preocupada. Será que ele percebeu que o meu irmãozinho estava naquela mão? Com as pernas bambas e pensamento fervilhando me senti enjoada a ponto de um vomito. Sujei a recepção pondo para fora tudo que havia comido no almoço.
- você esta bem filha?-
- papai aquela criatura levou meu irmãozinho.-
- o que? - ele dá um passo para trás. Imediatamente ele corre até o berçário.
Recuperando forças eu me levantei. O inferno estava apenas começando, agora eles já estavam na cidade e só bastava levar meu irmãozinho daqui. Eu precisava pensar em algo.
Meu estomago doía levei a mão na barriga pressionando para não tornar a vomitar e caminhei até o berçário. Um cenário de desgraça estava exposto. O berçário estava quebrado e nem todos os bebes estavam em vida. Meu pai chorava a soluços em cima do berço do meu irmão, também dei lugar as lagrimas.
- pai fique calmo. Nós vamos recupera-lo. - toquei seu ombro em sinal de conforto.
- como filha? Como? Deus sabe que tipo de demônio era aquele que o levou. Tudo está acabado. Meu Lúcio. Meu bebe. Já era.-
Vendo aquele desespero eu me senti na obrigação de dizer tudo que eu sabia, mesmo que fosse parecer uma maluca.
- precisamos conversar.-
- só depois que eu ver como está verônica.
Fomos até ela. E vimos que ela estava bem. Logo escutamos o barulho das sirenes, graças a Deus a policia havia chegado. Aproveitando a bagunça em toda a clinica procurei pela doutora Jennifer. Entrei em algumas salas, mas não a encontrava. Os policiais se espalharam por lá e começaram a analisar tudo, e se abrissem as câmeras com certeza descobririam o indesejado. Sem rumo algum, de mãos completamente atadas fiquei a espera de meu pai que conversava com sua esposa, e sofriam juntos. Era doloroso vê-los daquela forma. Ainda mais sabendo que a razão daquilo tudo era uma alma completamente inocente, uma dadiva que deus concede as famílias para dar um rumo a eles, um sentido. Continuei parada pensativa a espera de um milagre quando a tal doutora se aproxima.
- Jane. -
Santo Deus! No meio daquele mar de desespero existia uma esperança.
- Jennifer. Como ele está?-
- fique tranquila tudo ocorreu bem. Graças a Deus conseguimos recuperar seu pulmão, a lamina da faca fez um pequeno corte. Ele esta bem e repousa.
Eu queria explodir naquele momento. Eu não sabia se chorava ou se pulava de alegria, me sentia uma completa tola por ter duvidado da minha única esperança Vanyel. Ele era o único que poderia me ajudar. A única solução para esse mar de angustia. Sabia que não poderia vê-lo ,mas apenas saber que ele estava bem já era o suficiente. Voltei para o quarto onde papai estava mais verônica. E o clima não era dos melhores. Eu precisava reunir forças , então decidi contar tudo a eles. Sentei nos pés da cama.
- papai,verônica. Existe algo que devo lhes contar.-
Papai estava angustiado e verônica também, ambos apenas olharam e não exprimiram nenhuma reação.
Eu contei aos poucos tudo sobre o que eu sabia a respeito do filho da lua. Demoraram a acreditar, o que os convenceu foi o fato daquela fera ter invadido o berçário e ter levado justamente o filho deles. Mas eu precisava ser ainda mais verdadeira. Contei de Vanyel, e que apesar de pertencer a mesma raça ele estava disposto a ajudar.
Sai os deixando digerir todo aquele assunto á principio maluco.

Entre O Feitiço Ea Lua. - Em CorreçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora