Capítulo 9- O FIlho da Lua

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Munida de algumas malas nas mãos eu beijava a face de minha mãe e me despedia entre lagrimas, eu não queria deixa-la , mas a obrigação veio por uma boa causa. Ela chorava bastante naquele dia, nunca a vi tão derretida daquele jeito. Lorena me desejou boa sorte e pediu que eu sempre mandasse noticias. Isso era obvio. Eu partiria para New York como uma guardiã e traria meu irmão são e salvo. Jurei a mim que ninguém lhe faria algum mal e cumprirei. Emmet e mais dois feiticeiros nos esperavam para nos transportar até o aeroporto mais próximo e nos deixar seguro na cabine de algum voo. Obvio que esperto ele nos deixou dentro de um voo que já decolava. Me desejou boa sorte apesar de ele parecer estranho. Eu estava receosa e deixou a mim e a vanyel no banheiro do voo.
- Emmet o que vão pensar quando nos vir saindo do banheiro. Um homem e uma mulher. Fora q não temos passaportes e passagens. -
Ele me apresentou nossos passaportes e passagens. Emmet era brilhante eu o abracei forte e o agradeci.
- Não sei o que seria dos meus dias sem você. Sentirei saudades. -
Ele não respondeu nada apenas sorriu com seu semblante triste.
- Tenho que ir. Então... é... Se cuidem.
Ele desapareceu. Não sei como ele foi tão eficientes em conseguir tudo que precisávamos só sei que ele era brilhante guardei no bolso da minha calça de couro sintético o documento. Eu e Vanyel respiramos fundo , e por incrível que seja pensamos juntos em como sair daquele banheiro sem sermos mal interpretados.
- saia já daqui seu louco pervertido. Não se pode ter privacidade. Não vê que esse espaço é das meninas.- gritei nervosa expulsando Vanyel da minha cabine. Logo um pessoal veio acalmar a situação e Vanyel declarou sentir conforto apenas no banheiro por que seu medo de voo era gritante. Entendido pela aeromoça ela fez lhe companhia até que pudéssemos chegar em nosso destino.
Chegamos no aeroporto Kennedy e tudo havia ocorrido bem. Com exceção da quantidade de garotas de olho na beleza exótica de Vanyel. Como eu já disse Vanyel não era lindo quanto o Mett mas havia algo de diferente naquele rosto encantador.
De lá pegamos um taxi a até manhatthan onde residia o apartamento do meu pai.
-pronto chegamos.-
Minha barriga doía muito o suficiente para me causar ancia de vomito, eu não esperava estar tão nervosa. O reencontro parecia ser algo assustador eu não o via a seis anos desde que ele encontrou essa V... Com quem traiu mamãe. Eu soava frio. Paramos de frente ao apartamento.
- Então é aqui.- saímos do taxi e ficamos parados de frente ao portão cinza do prédio.
- fique calma.- vanyel me abraçou.
-ficarei.-
Toquei o interfone. E perguntei pelo meu pai. Logo o avisaram sobre minha chegada. Eu estava morrendo de vergonha de reencontra-lo , lembrei de 5 anos atrás quando minha mãe e ele se separaram.

Antes...

A tarde de novembro estava chuvosa, mamãe e eu sentávamos na sala a altas da noite em espera do meu pai. Não era a primeira vez q isso acontecia. Eu fazia um carinho nela enquanto preocupada ela chorava em silencio, na época eu não imaginava que papai pudesse desmontar a família por mais mas o pressentimento de mamãe não estivesse errado. Cansada já beirando as uma e meia da manha. Mamãe se levantou irritada, secou suas lagrimas com as costas da mão e disse.
-Jane. Vamos para casa da sua tia. Não quero mais ficar aqui.-
- Mas mãe e o papai e... Nossas coisas?-
Eu estava desentendida não entendia que a decisão de mamãe partia de seu pressentimento absoluto.
- Não questione filha vamos.
Foi até o quarto jogou algumas peças de roupas nas malas e se trocou de pressa. Desentendida vendo a sua chateação eu peguei a minha mochila do colégio e juntei algumas peças, talvez quatro por que eu tinha certeza que voltaríamos. A casa da tia Lucy ficava a quatro quarteirão dali por isso fomos caminhando. Mamãe morrendo por dentro engolindo seu choro. Nos aproximando da terceira rua mamãe solta a mala no chão e dá um grito como se algo a machucasse. Eu olho na direção de seus olhos e lá está papai agarrado com uma qualquer sobre o capo do seu carro.
- desgraçado.!- ela grita mesmo sem forças.
Ele olha e sua reação foi mandar a moça de curvas magnificas e vestido curto entrar no carro. Ele a tranca enquanto mamãe descontrolada parte para cima dele com tampasse gritos. Ele a segura pelo braço e cinicamente tenta acalma-la.
-Não é o que você está pensando amor. Eu...
Ela o esbofeteou com todas as forças que ainda lhe restava.
-esquece que um dia tivemos algo. esquece que você tem uma filha.
- você não pode fazer isso Jane é o nosso tesouro.- suplicou.
Ela se livrou dos braços dele e eu agi em defesa dela.
-Ela está certa papai. Você não tem honra.- cuspi no chão em demonstração de nojo.

Entre O Feitiço Ea Lua. - Em CorreçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora