Doença, Tristeza, Acidente

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Sexta-feira, 08 de novembro ( uma semana depois), Bevely Hills.  09h

Justin Bieber p.o.v

Olho no relógio e passo a mão pelas costas de Alyssa deixando-a abrigada em meus braços, ela me olha e sorri um pouco sem graça desviando o olhar para o consultório do Hospital esperando o doutor à chamar.

Hoje ela tem consulta para abrir alguns exames, os dias passaram e tudo se resumiu em : Um dia Aly acorda feliz e disposta, no outro acorda chateada e depressiva querendo drogas (apesar de ela não confessar pra mim), depois no dia seguinte se sentia estranha e indisposta, assim foi a minha semana.

A auto-estima dela está no chão, e eu estou fazendo o impossível para ajudá-la. No início da semana ela tomou tranquilizantes, e começou a se viciar neles, e agora estamos esperando ao chamado do doutor pra ver se a vontade pelas drogas é passageira.

Eu estou esgotado, cancelei alguns compromissos pra ficarmos juntos e eu cuidar dela aqui em Bervely Hills, a mídia está caindo matando, porém não falamos nada. Ela tem conversado pouco comigo, sei que ela está envergonhada e muito mal, pois a última vez que a toquei foi no fim de semana passado, e agora ela ao menos quer que eu a veja nua.

Uma semana com turbulências, podemos assim dizer.

- Alyssa Sanders Smith!? - O doutor chama e nós levantamos de mãos dadas, ela ajeita o moletom no corpo e segura minhas mãos com força, sorrio para tranquiliza-la e ela apenas suspira indo para o corredor, entramos no consultório e o médico sorri nos cumprimentando, ela abaixa a cabeça e fica em silêncio esperando o médico se pronunciar, o que não demora.

- Muito bem -  abre os envelopes e Aly lhe lança um breve olhar. Ele analisa os papéis e nos olha, e eu percebo que não foi um olhar de “Está tudo bem”, foi um de “Vai ficar tudo bem”, Aly se mexe na cadeira meio trêmula e eu deito sua cabeça em meu ombro. - Infelizmente, o organismo se acostumou com a droga, mesmo que ela pare, os sintomas continuarão, é algo sério e delicado.

- Eu… vou - Aly diz, e percebo que essa foi sua primeira palavra desde que pisamos no hospital - Eu vou ficar doente pro resto da vida? - Eu sabia onde ela queria chegar.

- Não se fizer o tratamento - Diz atencioso - Você não pode de maneira alguma ter crises do pânico, isso pode resultar em síndrome…

- Síndrome do pânico - Ela sussurra - E eu poderei entrar em estado vegetativo com vinte anos de idade não é?

Ele assente e um calafrio me percorre.

- Tem outra opção além do tratamento? - Mexe nas unhas.

- Reabilitação - Diz firme e ela me olha chorando.

- Eu não vou voltar pra uma clínica - Alyssa abaixa a cabeça - Não vou!

- Não é obrigatório, mais é bom que você  se trate, os tratamentos são delicados, porém rápidos. Você vem uma vez por mês no hospital, te medicamos e depois fazemos os Check-ups.

- Os remédios são manipulados não? - Pergunta e o médico faz sinal positivo com a cabeça - São a porta de entrada pra depressão - Diz baixo e eu me assusto.

- Não tem outro tipo de tratamento? - Pergunto.

- Não, ou é reabilitação ou o remédio, ou então, ela poderá entrar em fases deploráveis, pode emagrecer, perder a cor natural da pele, perder a boa circulação e coisas assim.

- Isso é simples de se resolver! - Ela acaba soluçando falando fanhosa - Eu preciso de drogas no organismo, me deixe usar! - Grita.

- Se usar algo com essas substâncias, a senhorita terá uma overdose, entenda, O Seu Organismo está frágil, uma tragada em qualquer ilícito e você pode não aguentar.

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