Te dei meu coração, você me retribuiu com uma faca

164 8 5
                                    

27 de Junho, quarta-feira. 05h35min.

Alyssa p.o.v

- Um... dois... três! - Senti duas plataformas pesadas sobre meu peito aparentemente coberto apenas por um sutiã; fazendo uma pressão incrível - Agora! - Um choque percorreu pelo meu corpo me fazendo tremer sobre a maca em que eu estava, provavelmente estavam tentando me reanimar, entretanto, foi falho. Por mais esforço que eu faça, meus braços braços pernas não me obedecem.

- Certo pessoal, mais duas vezes e paramos, é prejudicial ao bebê!

Então não foi um sonho? Eu estou grávida? Isso não pode ser verdade, Não! Não! Não!

Estão todos enganados, isso é impossível!

- No três, correto? - A voz começa a ficar mais próxima.

- Sim! - Mais vozes, tanto masculinas quanto femininas se manifestam.

- Um... dois... três! - Outra onda de choque percorre pelo meu corpo com tanta força que eu abro os olhos.

- Isso! Ela esboçou reação! - A voz diz totalmente aliviada seguida de um suspiro - Quero relatórios da paciente Alyssa Sanders Smith!

- Sim senhor! - Uma voz feminina responde.

Meus olhos pesam mais eu insisto em deixá-lo abertos, tudo está branco e começa a ficar turvo, aos poucos meu campo de visão começa a ficar nítido, meus batimentos parecem querer sair de mim, cada centímetro do meu corpo parece estar dormente.

Após alguns minutos vejo a moça, cujo julgo ter ido buscar meus relatórios aparecer com um brilho no olhar.

- Batimentos estão se normalizando! - Sorri.

- Pressão?

- Doze por oito, perfeita.

- E a criança? - Criança... Isso não pode ser.

- Bom, não está estável. Se a mãe se recuperar o bebê se recupera.

- Certo. Pode se retirar Maria , parabéns, você se saiu bem.

- Obrigada. - Dá de ombros - A mãe da paciente está lá fora.

- Certo, eu preciso checar tudo aqui e depois eu converso com a Sra. Sanders.

- Correto. Espero que o bebê fique bem...

- Eu também, Lana, eu também...

Bebê?!?

Isso não pode estar acontecendo, não agora! Eu não posso ser mãe!

Isso só pode ser outra alucinação, delírio, abstinência!

Como eu posso ter um filho? Eu me preveni, isso é impossível.

Essa criança não pode nascer, isso dentro de mim é fruto de uma relação que resultou em dor, esse bebê é um erro!

- Olá Alyssa! - O médico tenta parecer simpático, mais a preocupação e o cansaço está nitidamente esculpida em seu rosto.

- Olá. - Digo com a voz falha.

- Está se sentindo apta?

- Acho... acho que sim - Digo com dificuldade, pois minha garganta dói.

- Eu gostaria de conversar com você. - Assinto já imaginando um discurso - Anteontem, a Senhorita tentou se suicidar pela segunda vez, certo? - Assinto - Pois bem, por que?

- Acredito que... que minha vida não faz mais sentido.- Digo.

- Sabia que estava grávida? - Nego - E está feliz com isso?

My BossOnde histórias criam vida. Descubra agora