My Boss

||Bônus || Segunda parte

Justin Bieber p.o.v

Dou mais um gole na garrafa de vodca, me sentando na cama bagunçada no lado esquerdo, onde eu durmo, vendo o lado da Aly arrumado, parece que o perfume dela grudou no quarto todo, mas a ausência do seu corpo ao meu lado tem acabado comigo.

Onde eu estava com a cabeça? O que eu fiz!? Eu traí ela, eu cheguei a ponto de rir, gostar... eu... meus filhos, minha mulher, minha família!

Tem duas semanas que eu não a vejo, no domingo quando eu fui ver as crianças, ela não estava e os pequenos ficaram com a babá, já no fim de semana passado, ela pediu pro motorista deixar as crianças aqui.

Eu estou pensando em formas de conquistá-la, já mandei flores, comprei jóias, ofereci carros e tudo mais, mas eu sei que não vou conseguir comprar ela, ela está muito machucada, eu acabei com a alegria de toda nossa família, se antes era ela que pensava em suicídio, sinceramente, agora sou que penso.

Hoje é sexta, amanhã eu pego as crianças, mas eu preciso vê-la mais do que tudo, não digo que eu tenha que me explicar, o que eu fiz não tem explicação, mas eu juro que naquele beijo, eu senti a Alyssa, eu saí da realidade, mas depois que eu ouvi os soluços, eu fui ao inferno.

Ouço meu celular vibrar e deixo a garrafa na escrivaninha, molhando os lábios antes de olhar o número na tela, a princípio eu vejo tudo embaçado e coço os olhos me sentando melhor, sem conseguir ler. O celular toca pela segunda vez e eu vejo o número mais nítido, é um não salvo, bufo deixando tocar, indo tomar um banho, mas quando eu penso em me despir, o celular toca mais duas vezes.

- Quem fala? - pergunto seco, amarrando uma toalha na cintura.

- Papai? - ouço a voz da Emy e estranho, por ser quase meia noite e normalmente, Aly coloca eles para dormir antes das dez - Papai, me ajuda!

- Emy? O que foi, filha? - pergunto estranhando a voz de choro, ouvindo os gêmeos gritarem o nome da mãe - Emily, o que foi?! - já vou pro closet vestindo uma roupa qualquer.

- Ela desligou de novo, pai - ela chora e eu cruzo o cenho - ela desligou duas vezes! Tem um tempão papai, a mamãe morreu - meu coração aperta e eu pego a chave do meu carro, correndo pra garagem - ela tá caída no banheiro, eu fui chamar ela pra fazer lanchinho da noite ela tava no chão.

- Emy, não desliga tá?! - digo desesperado - coloca a mão perto no nariz da mamãe e me diz se ela está respirando, certo? - acelero, cruzando o sinal vermelho, vendo que ainda falta muito pra chegar no apartamento, porra...

- Ela tá, papai, mas ela tá de olhos abertos! - ouço minha pequena chorar ainda mais - o que eu faço?

- Coloca seus irmãos no sofá e olha na tela do celular - digo tentando respirar fundo, passando a marcha com a mão - o papai vai te por em espera, eu vou querer que você vá até os contatos e procure o número da sua babá, você já sabe ler?

- Sei - coloco ela em espera, ligando para o William - atende... - murmuro e ele atende, sonolento.

- Quem é? - William diz com a voz arrastada, provavelmente não tem mais meu número.

- É o Justin - digo chegando no condomínio, deixando meu carro mal estacionado e entro no local.

- O que você quer?! Vai querer que eu te ajude com a minha melhor amiga?! Não, não vai dar, pau no cu!

- William, vem pro apartamento da Aly agora, ela tá desacordada, a Emy me ligou desesperada, preciso que você fique com as crianças!

- O que?! - ele grita e eu ouço barulhos - já estou indo, merda... - ele fala com algo e eu ouço barulho de chaves - leva ela pro hospital, é a epilepsia! - ele desliga e eu olho no espelho do elevador.