Veja como eu vejo

um desabafo

(oi, não sei se alguém realmente lê o que está aqui, mas se tu for ler esse texto, aviso que sou estranha. E que não acho errado ser. Aliás, sei que isso deveria estar cheio de histórias e não de textos pirados, portanto, se não quiser ler, apenas espere, ok? 💛)

Tem dias em que tudo o que eu quero é distância. Pode me chamar de ignorante ou sem coração, mas eu diria que o problema é ter um grande coração. Às vezes eu me sinto uma pessoa horrível, que não percebe as coisas, que não merece as coisas (ou as pessoas). Às vezes eu quero jogar tudo pro ar porque nada disso faz sentido. Choro e reclamo sem perceber as coisas que estão bem na minha frente. Uso as palavras muito bem mas quando realmente preciso, não encontro nenhuma. Tenho conflitos comigo mesma, tentando decidir se sou a boa ou a malvada da história. Isso tudo em um dia, dentro da minha cabeça (talvez escorrendo pelos olhos).
Chamo o grande coração de problema porque eu sinto demais. Tudo. Sou desesperada por fazer as coisas terem algum significado. Querendo encontrar em algum lugar um pote de ouro que me diga que eu tenho significado e que minha vida tem significado. Meu coração é só um músculo mas também sente demais. Fica feliz demais e depois triste demais. Empolgado demais, irritado demais. Eu diria que isso faz dele um grande coração.
Talvez eu seja a malvada e a boa, tudo junto. Nesse exato momento eu diria a mim (e quem sabe à você) que é normal me sentir triste de vez em quando. É normal ficar confusa e querer se afastar. É até normal querer desistir de algumas coisas. Mas eu também diria (não sei de onde a Bruna poderia dizer algo assim) que é isso que não me deixa desistir do mais importante. Eu quero conhecer o Bem. Eu sei que não sou merecedora e que as pessoas ao meu redor são a graça e o amor manifestados na minha vida. Eu não quero desistir do Bem, porque se eu ficar sem nada, ainda O terei. Eu posso ser pirada, mas eu amo, tenho alguém que me ama mesmo pirada, estranha, confusa e pequena. É meu dever dizer para os outros que eles também são amados.