Capítulo 1

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Querido diário,

Estou nesse momento numa sala de aula (morrendo de sono, porque sim) e nem sei qual é exatamente a primeira aula. Legal, né?

Isso de estudar pela manhã, está sendo um saco. De onde a minha mãe tirou essa ideia de me colocar em um colégio público e ainda pela manhã? Não que eu seja aquela garota metida que só sobrevive se for em um colégio particular cheia de patricinhas que tem as suas (Sei lá como se chama. Best friend, talvez?), que fazem absolutamente tudo que elas mandam. POR ISSO, ATÉ AGRADEÇO A MINHA MÃE.

- OBRIGADA MÃE!

Sinto falta do meu antigo colégio. Sim, ele era particular e era bem legal.

Mas, ainda estou odiando a ideia de estudar de manhã e...

- Hey!

Surgiu uma voz que me tirou dos meus pensamentos. Nunca tinha visto algo do tipo. Ele era tão lindo.

- Oi? - Respondi.
- Você sabe me dizer se tem alguém aqui, nessa carteira?
- Eu acho que não.
- Tá, valeu! - Ele sorriu.

Correspondi ao sorriso e voltei ao que estava fazendo.

E... Quer saber? Acho que não será tão ruim estudar de manhã. - Professor entrando na sala! Poxa, deveria ter emojis aqui. (risos)

- Olá pessoal! Bom, acho que vocês não vão sofrer muito, né? Eu como professor de vocês novamente... - Ele riu.
- Então. Estou vendo que são os mesmo alunos. Fico feliz em ver que todos passaram... Não! Aliás, temos uma aluna nova, pelo o que consigo ver. E muito bonita também.

Assim que levantei a cabeça e vi que ele olhava em minha direção, eu sorri.

- Qual é professor? A garota mal chegou e o senhor já está dando encima dela? - Falou um aluno aleatório, que logo veio até a minha carteira.
- Prazer. Eu sou o Jack, Jack Johnson! - Ele suspendeu a mão.

Peguei na mesma e respondi:
- Ok, JACK JOHNSON! - Sorri.
- Saquei a ironia. - Ele riu.
- Legal! Eu sou a Isabela. - Sorri.
- É um prazer ter você aqui Isabela, espero que goste de biologia. E você Jack. - Olhou para o Jack. - É uma pena que sou casado.

Todos nós rimos.

- Ah, professor! - Falei, antes que ele se afastasse por completo.
- Sim?
- Eu adoro biologia.
- Sério? É ótimo ouvir isso, porque aqui, nessa sala que tem 20 alunos, ninguém gosta. Só você! - Ele riu. - E meu nome é Michael. E escreve exatamente igual ao nome do Michael Faraday.
- Nossa! O senhor tem o nome de um cientista famoso e é professor de biologia? Que ironia.
- Fui escolhido. - Ele piscou.

Rimos.

- Eu queria muito saber o porquê que existe ciências, biologia... - Falou o garoto que eu não sabia o nome.
- Olha só, Philip, se não fosse pela ciências, você não saberia o nome do seu amigo ai e muito menos como utilizar ele.

Todos riram.
Eu abaixei a cabeça e comecei rir.

- Que amigo? - Ele perguntou meio confuso.

O professor arregalou os olhos.

- Ah! - Ele riu. - Qual é professor? - Ele se ajeitou na carteira meio sem graça.

E de novo. Ele riu quando olhou pra mim. Eu simplesmente me virei para olhar pra frente.

- Bom. Lamento pelo mico, Philip. E voltando a aula agora, pessoal.

E foi assim. As três primeiras aulas passaram bem rápidas. E eu já não estava aguentando mais a aula de sociologia, até o sinal tocar. Amém!

- Oi! Eu sou a Giovanna! E eu acho que você ainda não conhece o colégio todo, né?
- Eu... - Ela não parava de falar.
- Se quiser, eu posso te mostrar cada canto desse colégio. Apesar que aqui não tem essas coisas todas, né? Mas é bem legal. Ainda mais para uma novata como você.
- Tá! Pode ser. Deixa eu só guardar as minhas coisas.
- Fala menos da próxima vez Giovanna. A garota vai ficar assustada. - Ela revirou o olhos.

Eu rir.

- Se quiser eu posso te salvar dela. - Falou ele. - É só você sair correndo!
- Ah! Você virou um daqueles super homem, Jack Johnson?

Ele riu.

- Gostei de você. A gente se ver. - Ele saiu.
- Ele é um saco.
- Ele é legal. - Eu rir.
- Então. Vamos lá?
- Claro.

E ela realmente me mostrou o colégio inteiro.

P.O.V - Philip

Assim que terminou as primeiras aulas, eu vim pro pátio do colégio comer alguma coisa. De longe avistei o Matthew.

- E ai, Matthew!
- E ai, mano!
- De boa?
- Sempre, né? - Ele riu.
- Você é louco, mano! - Eu ri. - Me dê uma coca-cola, por favor! - Pedi na cantina.
- Louco? Eu é que não te entendo. E falando nisso, por que você deixou a garota na mão, ontem?
- Ah! Sei lá. Estava cansado. Aquela festa não estava nada legal.
- Você sim, é louco!
- Ela me pareceu ser bem legal, não queria... Sei lá, ela poderia gostar de mim, assim como aconteceu com você.
- É isso ai Philip! - Falou o Gabriel, surgindo do nada.
- E ai, Matthew! - Cumprimentou ele.
- Chegou o outro santinho. Na boa, não entendo vocês.

Rimos

- Quem é ela? - Perguntou o Gabriel.
- Nossa! É uma gata! Novata?
- O que? - Estava distraído mexendo no celular.
- Chama a Giovanna, mano! Ai ela apresenta a garota.
- O que?

Eu me virei pra ver de quem eles estavam falando. Quando eu a vi.

- Chama logo Gabriel! - Insistir.
- Tá, tá. GIO!

Elas vieram em nossa direção.

- Oi amor! - Falou a Giovanna dando um selinho nele.

Percebi que ela continuava a conversar com a Hanna quando a Giovanna puxou ela pra frente.

- My God! - Ela riu.
- Desculpa.
- Não vai apresentar a sua nova amiga, Gio? - Falou o Matthew.
- Nem vem, Matthew.

Ela não tinha notado a minha presença ainda, mas aquele sorriso, era encantador.

- Qual é? Seja educada, minha filha!
- Relaxa Matthew! É Matthew, né? Sou a Isabela.

Ele se levantou e deu um beijo na bochecha dela.

- O prazer é todo meu, gata!

Ela riu, sendo simpática.

- Ah! Esse é o Gabriel, o meu namorado.

- Prazer Isa. - Ele deu um abraço nela e por fim ela sorriu novamente

- E esse é o Philip. 

- Oi! - Sorri e fui até ela. Dei um beijo na sua bochecha.

- Oi. - Ela riu.
- Então. Vai comer alguma coisa?
- É, seria uma boa ideia. Vou pedir alguma coisa pra mim beber.
- Eu te acompanho.
- Tá. - Ela riu.
- Isabela, né?
- Isso mesmo. Não é tão difícil de decorar.
- Não. Não mesmo. Quantos anos você tem?
- Dezessete e você?
- Também.
- Legal. Olha só, eu vou indo. Foi legal te conhecer.

Ela se afastou. Eu queria que ela ficasse, mas eu meio que travei na hora.

- Tchau pessoal.
- Já vai, Isa? - Perguntou a Giovanna.
- Já. Vou terminar de ler um livro lá na sala. Depois a gente se fala.
- Tá bom.

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