Capítulo 9

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Alguém bate na porta.

- Entra! – Reviro os olhos.
- Philip, tem uma amiga sua aqui. – Disse a Joana abrindo a porta.
- Oi amor! – Ela já foi me agarrando.
- Calma ai, Julia! – Me soltei dela.
- Ah! Descul... Você aqui? – Ela viu a Isabela e estranhou.
- Oi Julia! – Cumprimentou a Isabela.
- O que ela está fazendo aqui, Philip?
- É... – Passei a mão pelo cabelo.
- Eu vim passar a matéria que ele perdeu ontem.
- Ah! Mas, por que hoje? – Perguntou ela, meio confusa.

- Isso não é da sua conta, Julia. E aliás, o que você está fazendo aqui?
- Calma, amor! Não precisa ser grosso. Eu vim te entregar um convite. – Ela me deu o convite. – É o meu aniversário que será na semana que vem. Não vai ser nada demais, é só para comemorar com os amigos.
- Hum... Sei! Era só isso?
- Era. Eu vou indo, porque tenho que entregar os outros convites. Tchau, amorzinho! – Ela me deu um beijo e foi até a Isa. – O seu, está com as meninas, Isa. Depois você pega com elas. Tchau! – Ela saiu jogando beijos.

- Joana! – Chamei.
- Sim?
- Não deixa mais ninguém entrar aqui, hoje. Pelo amor de Deus!
- Sim, senhor. – Saiu e fechou a porta.

Olhei para a Isabela que a mesma estava encostada na parede, com os braços cruzados.

- Hum... "Amor'', "amorzinho''. Que tanta intimidade, né mesmo?

Eu ri.

- Para com isso. Sou mais você! – Me aproximei dela.
- Não sei. – Ela cruzou os seus braços no meu pescoço. – Vai lá com ela!
- Você quer mesmo que eu vá? – Dei uma mordida no seu pescoço.
- Não. Não mesmo. – Ela riu.
- Ah! É? – Me afastei dela. – Pois é agora que eu vou mesmo.
- Que idiota, mano! – Ela bateu no meu braço.

Eu ri.

- Eu estou falando sério.
- E eu tenho que ir pra casa.
- Desculpa, mas eu não sei o que é isso.

Rimos.

- Philip!
- Tá bom! Eu vou te levar na sua casa.
- Sério?
- Muito sério.
- Não precisa.
- Eu vou te levar e ponto, Isabela.
- Tá! Vai me bater também?
- Sabe o que eu vou fazer?
- O que?

Peguei a mão dela e dei um beijo na mesma. Logo eu fui subindo, deixando um beijo molhado em cada parte do braço. Quando cheguei no seu pescoço eu mordi bem de leve e em seguida dei um beijo nela. Um beijo bem de leve, sem muita pegada.

- Vamos?
- Fazer o que, né?

Ela riu. Me soltou e foi pegar a mochila. Logo a gente desceu.

- Philip!
- Joana.
- Aonde você vai?
- Vou ali, levar essa moça em casa. – A mesma sorriu.
- Obrigada mais uma vez dona Joana, por ter me deixado entrar.
- Imagina, flor! – Joana sorriu.
- Depois eu quero saber dessa história ai.

Rimos.

- Me poupa, né Philip?
- Espera aqui. – Sorri e puxei a Joana até a cozinha.

- Vem aqui, rapidinho.
- O que foi?
- Se caso eu não voltar pra casa, você fica de boa, porque eu vou estar bem. E se meu pai perguntar, fala a ele que fui resolver a "melhorada nas notas'' que ele vai saber o que é. Tchau Joana!
- Credo! Que menino mais apressado que já vi.
- Também te amo! – Sorri.

- Vem! – Peguei na mão dela.

Ela me falou o endereço e a gente seguiu caminho.

- Então quer dizer que você não é da cidade?
- Não. Meu pais estão sempre se mudando, sabe? Por isso que não faço questão de me aproximar de alguém.
- Não fala mais isso.
- Desculpa.
- Eu não sabia que você era nova na cidade.
- É. Eu sou.
- E por que seu pais vivem viajando, se mudando...?
- Ah! A trabalho. Eles estão sempre recebendo uma proposta de trabalho melhor e ai, é isso. Eles querem sempre o melhor, e não pensam que isso me prejudica de alguma forma.
- E prejudica?
- Sim! Você acha que eu tenho uma vida digna? Não. Porque, tipo, eu gosto de uma pessoa e eu não posso ficar com essa pessoa, não posso construir uma vida com essa pessoa, ou até mesmo fazer planos, porque daqui a um ano, ou um mês, ou uma semana ou até mesmo alguns dias, eu posso me mudar e essa pessoa não vai poder ir comigo. Entende?
- E essa pessoa, é real?

Sorri.

- Talvez.
- Eu, sinceramente, estou começando a odiar esses seus "talvez".
- Aprenda a gostar. – Ela riu.
- Chegamos.

P.O.V - Isabela.

- É aqui. – Apontei para a minha casa.

- Bonita.

- É. Ela tem uma certa beleza.

Ele sorriu.

- Você é mais bonita que ela.

Sorri.

- Você quer... – Fechei os olhos, sem saber se deveria perguntar ou não. – Você quer entrar?
- Eu quero. Estava só esperando você me convidar.
- Olha pra isso! – Sorri.

Eu estava tirando o cinto de segurança para sair do carro, quando ele me fez esperar.

- Espera! Espera! - Ele abriu a porta e saiu do carro.
- O que? - Perguntei assustada.

Ele deu meia volta e abriu a porta do meu lado para que eu saísse do carro. Eu fiquei rindo, a parti do momento que entendi o que ele ia fazer.

- Isso foi ridículo! – Sorri, saindo do carro.
- Estou sendo cavalheiro. – Disse após ter fechado a porta do carro.
- Ri-dí-cu-lo! 

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