Capítulo 4

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P.O.V – Isabela.

- O que deu nele?
- É... Bom, ele tem razão. O sinal vai tocar. Vamos entrar!

Assenti.

Eu fiquei olhando para o Philip algumas vezes, mas ele não olhava pra mim. Então por um momento eu parei de olhar e prosseguir com as aulas.

Quando acabou, a minha mãe veio me buscar. E então fui pra casa.

Eu subi, fui pro meu quarto, tomei um banho e vestir algo qualquer. Avistei o meu diário. Eu não sabia se escrevia ou se deixava pra lá tudo o que eu estava sentido.

Foi ai que peguei ele, sentei na minha varanda e comecei a escrever.

Querido diário,

Hoje foi um dia diferente. Não sei se foi um diferente bom ou ruim. Por um momento eu achava que estava tudo perfeito, mas não. Não quero apresar as coisas. Eu não quero fazer ninguém sofrer por mim. Mas estou sendo levada pelo destino. Que droga! Ele é perfeito demais pra mim.

Não sei se isso existe. Isso o que eu estou vivendo. Não sei se é real. Não sei o que sinto nesse momento. Não quero me deixar levar.

Uma lagrima caiu na folha. E meu celular começou a tocar. Era um número aleatório, então não me preocupei de atender chorando.

- Aló!
- Hey! – Ele riu.

Não acreditei que era ele.

- Você?
- Eu.
- Hey!
- Só eu posso te chamar assim, ok?
- Tá. Só você.
- Sua voz... Você está bem?
- Sim, não. Talvez. Eu não sei.
- Fica bem. Por mim.
- Como você consegue ser assim?
- Assim como?
- Assim. Tão você.
- Deve ser porque eu sou eu.

Ri.

- Isso foi sem sentido.
- Totalmente.

Sorri.

- Eu quero falar com você. Duas coisas na verdade.
- Você já falou mais de duas.

Ele riu.

- Não me interrompa, por favor. – Ordenou ele.

Fiquei parada no telefone, esperando ele começar a falar, por uns 5 segundos, até que ele começa.

- Eu quero te pedi desculpas, por ter saído daquele jeito. Fui dominado por alguma coisa. Não sei direito. Acho que você! Você faz ou fala coisas que me deixa meio inquieto e ai por um segundo eu tentei te beijar e não conseguir porque o Jack apareceu e estragou tudo. Mas ai tá o problema. Eu tentei, eu queria, mas sabia que estava errado. E por isso que sair de perto de você. Porque eu sou humano e tem horas que a gente faz coisas sem sentido. Me desculpa.
- Por que você é assim?
- Isso é uma piada?
- Assim. Perfeito demais.

Ele riu.

- Isso quer dizer que você me desculpa?
- Sabe quantos garotos fazem isso?
- Sei lá. Uns dez, talvez?
- Só você.
- E quantas garotas tem que nem você?
- Será que tem alguma?
- Acho impossível.
- Você não precisa pedir desculpa.
- Fala que me desculpa, então.
- Sim. Eu te desculpo.
- É tão bom ouvir isso.
- Isso é estranho.
- Não foi você quem disse que não gosta de nada que é normal?
- Foi eu mesma.
- Que bom lembrar disso. Bom, como você me desculpou, eu posso falar a segunda coisa.
- Ah! A segunda coisa. Sim, você pode falar.
- Quer me encontrar na festa do Lucas no sábado?
- Te encontrar?
- É. Porque provavelmente as meninas vai te chamar e ficaria bem chato eu no meio disso.
- Isso quer dizer que você vai aparecer lá do nada?
- Eu não sei. Não tenho o poder de prever o que vou fazer.

Eu ri.

- Bobo.
- Linda.

Sorri.

- Por um momento eu também queria.
- E se tivesse acontecido?
- Eu acho que teria socado a sua cara.
- Nossa! Doeu no meu coração agora.
- Que mentira. – Ri.
- Cruel levar um soco na cara.
- Será?
- Acho que sim.
- Acha? Quer pagar pra ver?
- Olha que eu topo, hein? – Sorri. – Entra em cena comigo. Você iria bater na minha cara logo quando eu me aproximasse da sua boca ou depois da gente ter se beijado e ai gente para pela maldita falta de ar e ai você volta a realidade e ver que eu beijei você?
- Eu poderia socar a sua cara agora mesmo. Poderia.

Ele riu.

- Ainda bem que não estou do seu lado.
- Idiota. 
- Não me deixa no vácuo.
- Eu realmente não sei. Como diz um certo ser humano ai: "Não tenho o poder de prever o que vou fazer."
- Que intimidade é essa que te dei pra você tá roubando as minhas falas?
- Ah, é? Então, tchau!
- Espera. Não desliga.
- Uma hora eu vou ter que desligar.
- Eu sei. Mas, não agora.
- Posso te perguntar uma coisa?
- Duas se quiser.
- Você cantou pra mim, ontem?
- Cantei.
- Like we grown?
- Sim. Você conhece?
- Sim e eu amo essa música.
- Eu também.

Fiquei um tempo em silencio no celular.

- Você sabe a tradução do trecho que você cantou pra mim?
- Então você ouviu?
- É claro que eu ouvir.
- Então, pra que perguntou?
- Pra simplesmente ter certeza do que ouvir.
- Sim. Eu sei a tradução do trecho que cantei pra você. Hey! I know I'm young but I promise you, I will love you like we grown tonight. ♪
- Qual é a tradução?
- Você não sabe a tradução?
- Eu sei mas, eu quero ouvir de você, pra mim saber se é real isso tudo que está acontecendo.
- Mas é real.
- Então fala.
- Ei, eu sei que sou jovem, mas eu prometo a você, eu vou te amar como nós cresceu está noite.
- Imaginando você falando isso pra mim pessoalmente.
- Estou bem vestido?
- O que? – Eu ri. – Sim. Muito bem vestido.
- Que bom. – Ele riu.
- Preciso desligar, a minha mãe está me chamando pra jantar.
- Te vejo amanhã?
- Talvez.
- Não gosto desse seu ''talvez''.
- Aprenda a gostar. Tchau!

Desliguei.

P.O.V – Philip

Ela desligou.

- Tchau.

Sério! Acho que eu estou louco por essa garota. Ela é tão... incrível!

- Esse mundo é realmente sem sentido.

Eu ri.

- Falando sozinho, filho? – Por um momento, eu estava sozinho.
- Acho que sim, pai.
- E ai? Como tá o colégio?
- Estou indo bem. Na mesma. Ou melhor.
- Esse ''melhor'' tem a ver com as notas?

RIMOS.

- Eu estou com sono, pai. Amanhã, tenho que acordar bem cedo, senão perco as primeiras aulas.
- Tá bom. Depois conversamos sobre essa melhorada que você deu na escola. Boa noite! – Ele saiu rindo.

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