Lua de Cristal- O começo

Capitulo 6- Realidade

    Lia acordou no outro dia por volta das 9:00 da manhã. Sentia seu corpo ainda dolorido, e um pequeno desconforto.

     Não demorou muito para a porta se abrir e entrar Henric, com uma bandeja de coisas para Lia comer. Lia o olhou, perguntado para si mesma quem deveria de ser aquele garoto, e porque dela estar ali.

         Henric se aproximou e colocou a bandeja encima de uma pequena mesa q havia no lado da cama.

         - Trouxe para você comer.- Falou ele a observando.

          - Preciso ir para a minha casa.- Disse Lia tentando se levantar.

           - Coma, eu disse!- Falou ele, curto e grosso.- Você está fraca e precisa comer.

         Lia o olhou, não sabia o que fazer, tinha medo, ela não o conhecia, não sabia o porque dele a tratar assim.

         - Estou sem fome!- Mentiu Lia.

         - Eu disse, agora!- Falou Henric sério.

        Lia não pensou duas vezes e começou a comer, e quando menos esperou já tinha acabado com tudo o que havia na bandeja. Henric a olhou, agora seu olhar demonstrava satisfação. Pegou a bandeja e se dirigiu a porta.

        - Agora é minha vez!- Disse Lia.- Quem é você? Porque estou aqui?

         - Descanse!- Disse ele simplesmente e saiu.

          Lia ficou pensando em tudo aquilo, e lembrou vagamente de ter visto Anelise ali também e mais um outro homem, mas as lembranças falhavam em sua mente. Se levantou ainda com muita dificuldade, e caminhou pelo quarto, precisava tomar um banho, e para a sua sorte havia um banheiro ali.

    Saindo do banho, Lia colocou o mesmo pijama, pois era a única roupa que ela possuía. Arrumou seu cabelo, e caminhou pelo quarto, olhando melhor o cômodo. Era bonito, espaçoso e aconchegante, parecia aqueles quartos que só se vê em novelas ou até mesmo em filmes.

      - Oi.- Falou alguém.

         Lia deu um pulo de susto, não ouvi a porta se abrir nem alguém entrar. Era Anelise e uma outra garota,alta e elegante, só que numa versão uns vinte anos mais nova.

         - Desculpe se eu te assustei.- Desculpou-se Anelise.- Viemos ver como você esta, Henric nos avisou que você tinha acordado.-Falou ela.- Bom, essa daqui é minha filha Alicia.

         -Oi Lia, é um grande prazer conhece-la.- Falou Alicia, sorridente.- Minha mãe tinha razão você é muito bela.

      "Henric? Então era esse o nome dele!" pensou Lia.

        - Estou bem eu acho...- Disse ela com um olhar distante.- Preciso voltar para casa.

         Anelise e a garota se olharam, então Anelise se aproximou de Lia.

        - Acalme-se querida!- Falou Anelise.

       - Minha mãe deve estar preocupada já.- Falou Lia, sem pensar.

       Anelise apenas olhou para o chão, com um olhar triste e Lia já sabia o porque, nesse momento um filme já se formava em sua mente. Seus olhos se enxergam de lagrimas e não conseguiu as segurar.

      - Não, não pode ser, não pode!- Disse ela chorando.

      - Acalme-se Lia, a gente sabe que não é fácil, mas você tem que ser forte.- Disse Alicia se aproximando.

       - Não, vocês não sabem de nada, eu preciso sair daqui, minha mãe não pode ter morrido.- Disse Lia perturbada, com as mãos tampando as orelhas.

         -Lia, foi uma grande perda para todos, ela era uma grande amiga, é difícil até para mim acreditar nisso.-Falou Anelise tentando acalma-la.

          - Não, não, não!- Gritou Lia chorando.

       Nesse momento, Lia sai correndo pela porta desesperada, ela tinha que ir para casa, queria não acreditar que aquilo tava acontecendo.

         - Espera, não!- Anelise gritou.

         Correu rapidamente sem saber onde estava indo, queria apenas sair dali. Quando estava próxima do fim do corredor, Henric, a segura. Ela até tenta se debater mas não consegue ele era forte o bastante.

        -Me solta, me deixa, sai.- Gritava ela desesperada chorando.

          - Quieta, você não sabe o que esta fazendo.- Falou Henric a segurando.

           Nesse instante Anelise, Alicia, Heitor e um outro cara vem ate ali.

          - Calma Lia, com o tempo você vai entender o porque disso tudo.- Disse Heitor.

           -Eu não quero entender nada, quero minha vida de volta.- Gritou.- Me solta, me deixa.

            - Não!- Disse Henric serio.- Você não sabe o que faz.