Capítulo 38 - É Natal, Nate!

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Carter balançou os cabelos molhados e desabotoou seu casaco. Os olhos dele correram por cada um, mas não se deteve em ninguém em particular.

- Alguém me mata! - Serena murmurou, baixo demais pra que alguém pudesse ouvir.

Nate pensou em impedir sua entrada, mas não era seu espaço, então apenas se remexeu desconfortável na cadeira. Blair se sentia tão aborrecida pelos milhões de pensamentos que enchiam sua cabeça, que apenas olhou para o seu prato vazio. Queria comer rápido, voltar para a casa e dormir até aquela angústia passar.

Jenny se antecipou e correu até Carter, o ajudando com o casaco pesado.

- Eu estava em Nova York e pensei que poderia passar a noite de Natal com meus velhos amigos... - Ele começou, antes que perguntassem.

- E onde eles estão? - Chuck o encarou, com o rosto endurecido.

- Vamos lá, Chuck! Já faz muito tempo...

- Como soube onde nos achar? - Serena se aproximou, com as mãos na cintura.

- Fui até a casa da Blair. - Ele puxou uma cadeira despreocupadamente, sentando de frente para Laurel. - O porteiro me disse!

Henry tentava alcançar uma bola dourada, no topo da árvore enfeitada. Carter franziu a testa e abriu a boca quando ele se virou e correu até a mesa.

- Não precisa nem me dizer de quem é esse! - Ele riu, passando a mão pelo queixo. - Mandou bem, Chuck! - Carter riu outra vez e meneou a cabeça.

- Com licença! - Blair empurrou a cadeira para trás e se levantou.

Ela avistou um corredor com pelo menos duas portas, quando chegaram. Uma delas devia ser o banheiro. A primeira era uma espécie de escritório, com alguns discos de vinil espalhados, uma prateleira de livros e um sofá vinho. Ela fechou a porta e tentou a segunda. O banheiro era bem iluminado e cheirava a eucalipto.

Blair se virou para o grande espelho preso na parede e respirou fundo. Era Natal, uma das épocas mais lindas do ano e ela estava ali, querendo chorar dentro de um banheiro estranho.

Ela se apoiou no gabinete de mármore-areia e contou até dez, depois até vinte. Queria molhar o rosto, mas não trouxera suas maquiagens e não sairia parecendo a noiva cadáver.

- Blair?

A voz de Chuck soou do outro lado.

- Já estou saindo! - Ela fungou e ajeitou o cabelo sobre os ombros. - Não seja covarde, Blair. - Sussurrou para si mesma, antes de abrir a porta.

- Está tudo bem? - Chuck a olhava clinicamente, estreitando os olhos.

- Por que não estaria?

Era o suficiente. Chuck achara no início que ela estivesse oscilando de humor por conta de tudo o que tinha acontecido e que receasse que Clous ainda pudesse reaparecer. Mas pelo visto era mais do que isso.

Chuck olhou disfarçadamente para a mesa, onde todos conversavam, ou pelo menos ouviam Carter falar, e empurrou Blair para dentro.

- Chuck, não...

Ela tentou passar por ele, mas o lugar era apertado e ele já havia trancado a porta.

- O que você tem, Blair?

- Não tenho nada, preciso ver se o Henry... - Ela engoliu ao dizer o nome.

Chuck franziu a testa e segurou em sua cintura. Estavam próximos demais - mais por falta de espaço do que por qualquer outra coisa.

Gossip Girl: Season 7Onde histórias criam vida. Descubra agora