Raina bateu os saltos elegantemente pelo carpete do quarto, entregando a bebida que preparara a Chuck. Os olhos dele a encaravam atentamente e Raina sorriu um pouco quando seus dedos se roçaram. A expressão dele não mudou. Ele parecia concentrado em alguma coisa, talvez no pescoço dela, ou em seu colar. Pelo motivo que fosse, ela se sentiu quente e se afastou sutilmente, sentando-se na poltrona à frente.
Chuck fez o mesmo, esticando um dos braços no encosto do sofá enquanto dava o primeiro gole do whisky em sua mão. O calor queimou sua garganta e ele pigarreou, afrouxando o nó de sua gravata.
- Estou surpresa que você tenha me ligado. – Ela disse contra o silêncio. – Acredito que sua mulher...
- Prefiro não falar sobre ela! – Chuck a interrompeu em um tom grave.
- Tudo bem! – Raina sorriu, cruzando as pernas. Esperava que ele fosse claro sobre o que queria.
Chuck girou as pedras de gelo em sua bebida e tomou outro gole, a olhando sobre a borda do copo.
- Às vezes precisamos receber ajuda de onde menos esperamos. Não foi o que você disse? – Um meio sorriso se formou no rosto dele e Raina assentiu devagar.
- Sei que é um passo bastante importante ter vindo me procurar. Fico feliz que tenha aceitado!
- Não tive muitas escolhas! – Ele disse.
- Sabemos que você sempre tem outras escolhas, Chuck! – Raina sorriu, mas seus olhos eram sérios. – Mas é um prazer saber que fui escolhida.
Chuck esvaziou o copo e o apoiou em seu joelho.
- Sinto muito pelo seu pai!
- Não sinta! Ele procurou o que teve. – Ela sussurrou com um sorriso triste. – Prefiro não falar sobre ele.
Chuck assentiu. Raina queria ter uma bebida em suas mãos para saber o que fazer com elas, mas descartou a ideia, assim como havia descartado enquanto servia Chuck, porque o calor em sua nuca já era desconfortável o suficiente estando sóbria.
Não costuma ser insegura e não podia-se dizer que estava, mas a presença dele, talvez sua postura ou seu olhar cortante, a esquentavam. Ela não queria gostar daquela sensação, mas gostava. Não se sentia assim por Chuck há tanto tempo...
xx
Jenny sentou na beirada da cama, tentando imaginar por qual razão Chuck estaria com outra mulher em um quarto de um andar vazio de seu hotel. Blair estava grávida e talvez isso mudasse tudo. Não achava que Chuck fosse capaz de traí-la, mas não havia outra explicação.
Ela ficou atenta a qualquer ruído. Qualquer passo no corredor que indicasse que um dos dois tivessem ido embora, mas aquilo demorou muito.
Jenny deitou de costas com os olhos no teto até o sinal do elevador a sobressaltar. Ela se ergueu rapidamente, pronta para espiar, quando escutou alguém inserir o cartão de acesso e destrancar sua porta. Com um passo rápido para trás, ela escapou de ser acertada no rosto e franziu a testa em seguida.
- Blair? – Jenny sentiu o terror subir por sua garganta. Permaneceu onde estava enquanto Blair encostava a porta atrás de si. – P-por que está aqui?
- Está surpresa, Humphrey? - Ela parecia absurdamente calma e aquilo era desesperador. - Você não tem nada a me dizer?
Jenny a viu erguer as sobrancelhas enquanto esperava. O que esperava que ela dissesse?
- Recebi uma ligação do The Mark. - Blair começou quando Jenny não respondeu. - Alguém se desculpando por não ter encontrado Carter Baizen, apesar dos esforços. – Ela disse com enfado, arrancando as luvas e as enfiando no bolso do casaco. – Aparentemente, eu estive procurando por ele essa semana.
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Gossip Girl: Season 7
Fiksi PenggemarEpílogo à 6ª temporada da série. Pode conter spoilers! Bem-vindos de volta ao Upper East Side.