O Beco Diagonal

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  • Dedicado a Juliana Maria
                                    


Após aquela labareda verde desaparecer, parei bem no centro do Beco Diagonal. Num lugar onde existem várias lareiras para os bruxos que usam Pó de Flu para vir.

Segundos depois todos apareceram em outras lareiras e nos juntamos em um lugar só.

Era realmente incrível. Apesar das ruas serem estreitas, haviam milhares de bruxos. Centenas de lojas. Todas com artigos que eu nem sequer sabia que existiam, e é que nasci em uma família de bruxos. Imagino o tio Harry, ele deve ter ficado mil vezes mais impressionado do que eu. Se é que isso realmente é possível.

Não precisamos ir ao Gringotes, pois a mamãe e o papai já tinham dinheiro suficiente para fazer as minhas compras.

Fomos primeiramente, ao ponto de encontro com meus tios e primos: A Floreios e Borrões.

Lá haviam milhares de livros. De vários anos diferentes e, apesar de ser um pouco cedo para acordar em um sábado, tinham muitos bruxos, de diversos tipos. Altos, magros, baixinhos, alguns esquisitos, alguns bem bonitos...

"São 10:15. Onde será que estão o tio Harry e a tia Gina?" Perguntei ao papai mudando meu ponto de pensamento e de visão.

"Estão entrando pela porta" Respondeu o papai olhando para o tio Harry com um olhar de "que saudades de você, cara", mas é claro que nunca falariam isso um ao outro. Sabe como é. Homens.

Faz um mês que não se veem. Acho que estão a procura de bruxos malfeitores diferentes, já que ambos são aurores.

"Tio Harry! Tia Gina! Estava com tanta saudade de vocês!" Gritei, correndo em direção a porta. E dei um abraço de urso nos dois. "Ah, Albus, Lily, James. Preciso falar com vocês três" Sussurrei a eles.

O papai e o tio Harry se abraçaram por um longo momento e murmuraram algo um ao outro. Depois foi a vez da mamãe e da tia Gina. Por fim, o papai e a tia Gina e a mamãe e o tio Harry.

"Gina, você acredita que o Hugo explodiu meu vaso preferido ontem a noite? Ron e eu ficamos orgulhosos por que demorou, mas finamlente ele demonstrou sinal de magia, já estávamos preocupados.' Hermione explicou o acontecido quase gritando por estar em um local lotado por outros bruxos.

"Mas, Mione, todos os outros demontraram com até tres aninhinhos, e o Hugo já tem dez. Muito estranho mesmo" Olhou com uma aparência de preocupação fingida. Estavam sendo adolescentes por um segundo novamente. E realmente aproveitavam isso.

Enquanto isso tio Harry e o Ron conversavam sobre os bruxos que andavam perseguindo e tio Harry se gabava pela quantidade que ele havia capturando em um mês. Segundos depois eles já apostavam para próximo mês: "Quem capturaria mais bruxos nesse mês de Setembro que começaria?" e eu já ouvia uma voz em minha cabeça oficializando a aposta: "Que venca o melhor".

Enquanto os adultos conversavam, eu, Albus, James, Lily e Hugo ficamos conversando.

"Oi, Rose. Oi, Hugo. Que saudades de vocês, caras!" Falou o James com aquele jeito brincalhão dele. Eu sempre achei que ele puxou ao tio Jorge. Ou é uma outra versão do tio Fred. Eu sempre quis conhecê-lo, ou até saber um pouco mais sobre ele, mas sempre que eu toco no assunto, o papai e a mamãe mudam-no. Acho que ainda sentem, depois de tantos anos, pelo acontecido.

"Eu também estava. Vocês fazem muita falta." Respondeu o Hugo.

"Bem, eu não sinto falta de vocês não." Falei com um tom brincalhão. Todos riram. "Ah, vocês sabem que não é verdade, vocês são meus melhores amigos no mundo todo". E então todos nos abraçamos, inclusive James, que era o mais velho do grupo e Lily, que estava um pouco calada.

"Rose, Lily passou dias só falando como sentia sua falta e como sentiria ainda mais nesse ano" Terminou Albus quase com uma gargalhada, ele gostava de brincar com sua irmãzinha caçula.

"Awn, Lil, também sentirei sua falta" E a abraçei. "Não ria por sua irmã ser um amor, Al. Isso é inveja" E rimos muito.

Me afastei (Teria muito tempo para conversar com eles na escola) e fui falar com Lily.

"Lily. Vem cá. O que você tem?".

"Rose, estou triste por que vou ficar sozinha lá em casa. Apenas eu, o papai e a mamãe".

"Não fique assim. Vou enviar um carta à você e à Hugo, sempre, OK?".

"Obrigada por tentar, Ro. Mas eu não vou passar apenas um ano sozinha. São DOIS anos sozinha." Disse enfatizando o número "dois".

"Não se preocupe. Você não lembra que a tia Gina também teve que ficar sozinha? Você consegue. Fala com ela, aliás. Pergunta como ela conseguiu".

"Obrigada, Rose" Respondeu Lily e nos abraçamos.

                         ***

Compramos nossos livros na Floreios e Borrões, nossas vestes na Madame Malkin, nossos animais no Empório das Corujas e no Animais Mágicos, nossos caldeirões, nossos materiais da escola, como penas, nossos materiais para poções e por fim, o que eu mais estava esperando, as nossas varinhas no Olivander (minha varinha tem núcleo de pena de fênix, Salgueiro, flexível. "Ótima para encantamentos", como falou o sobrinho do Olivander, Hamphred Olivander. Queria tê-lo conhecido, mas ele faleceu pouco depois da Batalha de Hogwarts).

Quando já estávamos com tudo em mãos e íamos para as nossas respectivas casas, fui falar com a mamãe.

"Mamãe, estou com muita pena da Lily. Posso passar o resto da tarde na casa do tio Harry?"

"Ah, claro querida. Eu também percebi que ela está triste" Respondeu. "Só precisamos avisar ao Harry e à Gina e você poderá ir."

Após termos avisado, o papai foi para a reunião no Ministério, junto ao tio Harry e à mamãe. E o Hugo acabou indo comigo para a casa da tia Gina.

Rose Weasley e o novo inimigo ®Onde histórias criam vida. Descubra agora