Rose Weasley e o novo inimigo ®

1° de Setembro

Quando chegamos já eram 15:30. Então tia Gina fez um lanche da tarde delicioso, depois foi cuidar do seu jardim, que graças ao tio Neville, ela explicou depois, ela se apaixonou por jardins. Quando acabamos de comer eu "convoquei" todas as crianças para uma reunião.

"Bom, gente, eu... Bem, estou com medo." Falei a todos.

"Medo de que, Rose? Do bicho-papão?" Brincou James.

"Não sei que forma teria o meu bicho-papão, mas eu saberia que feitiço usar, pois o papai uma vez falou de uma aula que ele teve com o tio Remo e ele usou o feitiço Riddikulus e..." Eu percebi que todos ficaram tristes, pois o tio Remo era amigo do vô do James, do Albus e da Lily e já fora professor dos nossos pais. "Isso não vem ao caso. É que eu tive um sonho..."

"Rose, eu acredito que esteja com medo por causa de um sonho, pois foi assim que tudo começou, mas Lord Voldemort morreu. Não é possível que outra pessoa queira dominar o mundo bruxo daquela maneira". Respondeu mais uma vez James. Ele era um ano mais velho que eu e Albus, talvez ele soubesse o que falava.

"Você pode até ter razão, Jay, mas eu queria contar meu sonho a vocês". Falei, achando estranho o Albus está tão calado.

Contei todo o meu sonho a eles, o mais detalhadamente possível. E eu percebi que, a cada vez que eu revelava mais sobre o sonho, os olhos verdes de Al se arregalavam mais.

Quando eu terminei de contar, perguntei a ele:

"Albus, o que aconteceu?"

"Pelas barbas de Merlin! Eu tive um sonho idêntico a esse, com algumas poucas diferenças". Falou impressionado.

"Vocês estão pirando. Isso não é possível. Voldemort se desintegrou! As horcruxes acabaram! Inclusive a que o meu pai carregava consigo. O máximo que pode acontecer é o Lucius sair de Azkaban e tentar atacar Hogwarts, mas isso é muito pouco provável! Chega! Eu vou começar a arrumar a minha mala. E vocês parem de pensar nisso." Falou James. E essa foi a primeira vez que eu o vi falar sério.

Após todos terem ficado impressionados e horrorizados com o modo que o James falou, conversamos mais um pouco sobre assuntos diversos: Eu tentei acalmar Lily e falei o que eu troquei ideas sobre Hogwarts com  Albus e  Hugo.

                        ***

Um dia se passou, eu arrumei minha mala junto com a minha mãe. Havia chegado o dia. O 1° de Setembro tão esperado por mim (E por Hermione, que parecia mais ansiosa que eu).

"Rose, querida. Acorde. Hoje é O dia" Chamou a mamãe. "Vista a roupa que eu coloquei no seu criado-mudo". E saiu dando pulinhos de alegria.

"Sim, mamãe. Estou levantando". Respondi sorrindo.

Levantei-me como se fosse uma corrida, entre eu e eu mesma. E adivinha quem ganhou? Eu. Ha ha.

Pus a roupa que mamãe havia separado e desci com a minha mala e a coruja que eu havia ganhado do tio Harry e que chamei de Brown (Por causa de sua pelagem marrom) para a sala e pus eles lá. Quando cheguei à cozinha todos já haviam acordado, inclusive o Hugo, o garoto que mais acorda tarde nesse mundo.

"Caiu da cama, Hugo?"

"Bom dia para você também, Rose" Respondeu, brincalhão.

"Cadê o papai?" Perguntei.

"Ele passou a noite no trabalho e não voltou ainda, mas prometeu que nos encontrará lá." Respondeu a mamãe enquanto entrava na cozinha e tirava do microondas (Um artefato trouxa que denominamos ser muito útil e que mamãe sabia usar como ninguém) o nosso café-da-manhã.

Assim que acabamos de comer, terminamos de arrumar os últimos detalhes, fomos para o carro da mamãe, colocamos a minha mala e  Brown lá e seguimos para a estação King Cross.

                        ***

Eu nunca tinha ido a uma estação de trem antes. Era bem grande. Tinham várias plataformas comuns, para trouxas. E vários deles andando entre elas. Mas a nossa ficava entre duas: A plataforma nove e a dez. Tive um pouco de medo por ter que atravessar uma coluna de tijolos. 

Quando chegamos à nossa coluna papai apareceu.

"Oi, crianças. Oi, jujubinha" E beijou a mamãe, enquanto os dois riam. Provavelmente alguma brincadeira entre eles. "Animados para atravessar pela primeira vez?"

E foi cada um de uma vez. Eu com minha mala e Brown. O Hugo com a mamãe (pois ele estava com mais medo que eu) e o papai sozinho e por último.

Assim que chegamos à plataforma 9 3/4 vimos o tio Harry e a tia Gina com os meus primos.

A plataforma estava tão cheia de gente, que até andar era difícil. Tinham algumas crianças chorando, outras já estavam acenando de dentro do trem. Umas ainda estavam com os pais.

O Expresso saía às nove horas, e eram oito e quarenta e cinco. Eu queria me despedir logo dos meus tios e dos meus pais para achar um bom lugar no trem.

Quando eu ia me despedir de todos, eu percebi que a mamãe, o papai e os meus tios olhavam para um lugar fixamente. Olhavam para o famoso Draco Malfoy. Ele e a mulher se despediam do filho, um menino bonito. Cabelos bem claros como os do pai e a pele pálida.

"Mamãe? Papai? Acho que isso é um 'tchau'." Falei interrompendo.

"Sim, querida." Confirmou a mamãe. "Eu quero que se cuide, tire ótimas notas e seja uma boa garota".

"Resumindo, a sua mãe quer que você seja idêntica a ela" Falou papai, olhando apaixonado para ela.

"Mais ou menos isso. Só não quero que você se apaixone por um Weasley." Brincou a mamãe, devolvendo ao papai outro olhar apaixonado.

"Pode deixar." Falei aos dois. E virei para o Hugo e o abraçei bem forte. "Huguinho, se cuida, viu? Lil, não fica triste, vou te mandar cartas sempre para contar o que está acontecendo e você me conte também. Tia Gina e tio Harry, eu amo vocês e quero que cuidem bem dessa garotinha. 

Foi uma bagunça. Hugo veio me abraçar novamente, Lily deu um sorriso sincero para mim e eu andei em direção aos meus tios para abraçá-los.

"Vamos, Al e Jay?"

"Vamos!" Responderam os dois em sintonia.

Todos terminaram de se despedir e eu, Albus e James entramos no trem e procuramos um lugar vazio.

"Só tem aqui atrás. Vamos" Falou Jay. "Mas eu só vou ficar um tempo com vocês por que meus amigos estão me esperando em outro vagão".

Entramos e sentamos.

Quando deu nove em ponto, o trem começou a partir e nós demos o último "tchau" aos nossos respectivos pais, apenas chacoalhando as mãos e soltando beijos.

Quando não deu mais para vê-los, eu fiquei observando a estação King Cross se afastar.