O Velho Minotauro Alquimista

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Acordamos por volta das 9 da manhã, dormiríamos mais se não fosse o vizinho que insiste em escutar música alta logo cedo. Não que eu não goste da música, ouvir rock clássico como despertador é até bom, mas dormir também é. Tomamos café, comemos o resto da pizza que estava na geladeira e deixamos as roupas recém-lavadas para secar. "A malha de Horimium das nossas roupas vai secar rápido. Indestrutível e prático, melhor liga que você poderia inventar, Kiro."  eu pensei me referindo à Kiro Carter Horime, melhor amigo, mestre em armas brancas tão poderoso quanto eu, Raça: Hybrid (pode utilizar certas habilidades de quase todas as raças, além de aprender tudo rápido), entre outras características. Após deixar a casa em relativa ordem, nos arrumamos, Anima voltou a forma de bastão e eu a coloquei em minhas costas, ela tem "amarras"  que a seguram em minhas costas. Como toda manhã antes de sair de casa, eu perguntei:

- Tenta sair na rua em forma humana, ao menos uma vez, você vai ver como não é tão ruim... - Ela me cortou.

- Não! Essa conversa acaba aqui! - Se não fosse sua relação comigo, eu poderia dizer que Anima seria uma completa antropofóbica, não fala com ninguém além de mim, e nunca aparece para os outros, além de mim, Kiro, Chloe (Evans) e Tracy (Chloe é a segunda líder do grupo a qual faço, parte depois de Kiro e antes de mim. Tracy vocês logo conhecerão). Já tentei de tudo, mas não teve outro jeito, Anima é, definitivamente, anti-social.

Eu suspirei, destranquei a porta, saímos e tranquei a porta de volta. Quando cheguei na recepção, havia um senhor reclamando do barulho com o rapaz do rock clássico, de novo. Eu já estava com uma roupa que simbolizava alguém que não estava nem um pouco afim de se meter naquela discussão, uma camiseta preta lisa com uma bermuda branca e os clássico chinelos, então simplesmente fingi que não havia visto nada e saí.

Já era próximo da hora do almoço mas as coisas estavam calmas nas pequenas ruas, estávamos em pleno meio da semana e a maioria ainda estava trabalhando a essa hora, e minha maior preocupação no momento era pensar em algum lugar para almoçar mais tarde. Fica meio difícil achar um lugar bom quando se tem alguém que também precisa comer mas não gosta de ser vista, por sorte, existe um lugar que dá para se comer em uma espécie de "salas", sai mais caro, mas dinheiro não é problema para a gente. 

Antes de ir ver o restaurante, passei na feira do vilarejo. O lugar é uma das coisas mais incríveis que eu já vi, estas feiras são o lugar aonde magia e tecnologia colidem. Cheguei ao centro aonde havia uma barraca com um rapaz ao lado, ele gerenciava esta barraca, que era a mais importante para mim ali, o ponto aonde as pessoas colocavam cartazes para contratar caçadores de recompensas, e eu sou um, como uma espécie de "passatempo".

Eu tinha um motivo especial para estar lá, procurar algo relacionado ao culto "Crimson Edge" mas não havia muito o que se ver lá "Embora o que eles fazem aos Reis e Imperadores da ordem e caos, eles não são necessariamente criminosos." eu pensei, mas ao invés disso outra coisa me chamou a atenção.

- Anima! Olha só para isso! - Falei para ela mostrando os cartazes de "Caça ao Monstro".

- O que foi? Espera! Essas fotos... - Ela havia percebido o mesmo que eu.

- Sim! Todas são criaturas zumbificadas! - Eu terminei.

- Mas... Uma ou duas é aceitável, mas tem mais de 10 relatos de criaturas diferentes! Jeff! O que está acontecendo aqui?! - Ela perguntou assustada.

- Eu não sei, mas, definitivamente, coisa boa não é! - Eu respondi.

Saí da barraca com os posteres e fui em direção ao restaurante, já era meio dia e logo iria encher. Chegando lá, eu entrei em uma das salas, sentei no sofá próximo a mesa e disse:

O Primeiro Pilar (Canceled)Onde histórias criam vida. Descubra agora