Entregando a minha alma

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(08/02/2017)

Pedi para que Deus me iluminasse, para que eu não falhasse dessa vez porque eu tinha que protegê-la disso tudo!

Só não sei como contar para ela que todos que ela confia a querem morta, principalmente agora que ela está tão frágil! Se realmente estes sintomas estejam sendo  causados  por estresse, se eu contar ela poderia piorar, mas como não contar? Como eu poderei vencê-los? Estou com medo, mas não posso falhar, eu não vou falhar!

Fui para o quarto dela, precisava dormir sentindo o cheiro dela, precisava dormir ao lado dela, é uma forma utópica que eu criei para fingir para mim mesmo que eu estou a protegendo.

Toquei naqueles cabelos coloridos, tão cheios de vida e rapidamente ela se mexeu, esfregou os olhos e me olhou radiante de felicidade!

" Gabriello!" Ela sorriu.

" Desculpa, eu não quis te acordar."

" Está tudo bem, eu amo acordar e te ver. Me sinto protegida na sua presença."

Doeu ouvir o que ela disse porque ela confia em mim, se ela soubesse que já falhei com ela incontáveis vezes, em todas as nossas vidas... Eu não posso falhar, não posso!

" Eu nunca vou  deixar ninguém te fazer mal, eu te prometo! Ninguém vai tocar em você!"

" Eu sei, Gabriello. Não me olha desse jeito, não chora!"

Foi então que eu percebi que estava chorando na frente dela! Eu não deveria ter feito isso, deveria ter me controlado, ela não poderia ter visto, ainda mais agora que ela está tão frágil!

Ela secou as minhas lágrimas. Dei um suave beijo em sua mão e perguntei:

" Você está melhor?"

" Já estou ótima!" Ela respondeu sorrindo.

A beijei com toda a minha alma porque a minha intuição estava implorando para amá-la! Era como se fosse ocorrer algo num futuro bem próximo, algo que eu não poderia evitar, algo ruim e eu precisava tocar, beijar, dizer o que eu sinto por ela, entregar a minha alma para ela, ela precisava saber que eu serei eternamente dela.

Quando o beijo finalizou, senti o meu coração disparando, uma angústia no meu peito, um misto de felicidade e de tristeza e decidi declamar para ela o meu amor com o poema" Amor" de Alvares de Azevedo:

Amemos! Quero de amor
Vi amor ver no teu coração!
Sofrer e amar essa dor
Que desmaia de paixão!
Na tu’alma, em teus encantos
E na tua palidez
E nos teus ardentes prantos
Suspirar de languidez!

Quero em teus lábio beber
Os teus amores do céu,
Quero em teu seio morrer
No enlevo do seio teu!
Quero viver d’esperança,
Quero tremer e sentir!
Na tua cheirosa trança
Quero sonhar e dormir!

Vem, anjo, minha donzela,
Minha’alma, meu coração!
Que noite, que noite bela!
Como é doce a viração!
E entre os suspiros do vento
Da noite ao mole frescor,
Quero viver um momento,
Morrer contigo de amor!

" Te amo!" Disse ela emocionada.

" Eu também, eternamente!" Respondi, tentando me controlar para não chorar novamente.

Ela tirou a lingerie e eu a minha cueca. Ela ficou em cima de mim e enquanto me beijava colocava o meu pau dentro dela.

O beijo finalizou e  ela já estava toda molhada! Eu estava lá dentro, não tem sensação melhor que essa,  mas eu tinha que me controlar e não fazer o que eu fiz na nossa primeira vez! Imagina um filho agora? Eu seria responsável por duas vidas! Quero sim ter um filho com ela, mas somente depois em que salvá-la.

" Sophia, deixa eu ir no meu quarto. Preciso pegar a camisinha." Tive que tomar coragem para cortar o clima.

" Não precisa. Eu não vou engravidar caso você goze." Disse ela convicta.

"  Como você tem tanta certeza?"

" Porque eu... Eu tomo pílula, é infalível!" Eu não sei o porquê, mas tive a impressão de que ela iria dizer outra coisa e mudou de ideia.

" Nenhum método é infalível, Sophia. Estão tentando te matar! Eu não posso, não agora."

Ela me olhou com tristeza, ela estava se controlando para não chorar. Ela queria que eu a engravidasse agora?  Ou será que eu peguei pesado de mais? Mulheres são bem mais sensíveis do que nós homens.

" Desculpa, eu te amo!" A dei um selinho.

" Vai lá." Ela disse friamente.

Quando  eu voltei  ela estava deitada com a perna aberta, se tocando e  me aguardando. Sorri malicioso, olhar para aquela buceta era o mesmo que olhar para o paraíso e estava mais do que  na hora de me perder nele.

Dei um beijo nela, que me retribuiu com a mesma intensidade dada. Voltei a ficar " de frente para o crime" e chupei, suguei, dedei. Perdi a noção do tempo, mas sei que foi o suficiente para que ela tremesse a perna, arqueasse as costas, apertasse o travesseiro com força, gemesse, gritasse, arranhasse as minhas costas e chamasse o meu nome.

Ela gemendo, gritando e chamado o meu nome... Tem  algo melhor que isso? Eu estava totalmente entregue a ela e ao nosso amor. Estava enfeitiçado por aquela voz.

" Gabriello, por favor...mete em mim! Ainnnn"

Eu parei quando ela me fez o pedido, a beijei na testa e  chupei os peitos dela enquanto a dedava.

" Por favor, eu não vou, eu não vou aguentar." Ela me suplicava.

Eu olhei para a barriga dela e dei um beijo, senti um amor  tão grande naquele momento  que eu resolvi deitar e colocar a minha cabeça na barriga dela.

Devo ter ficado naquela posição por um ou dois minutos no máximo, mas o meu espírito se elevou de uma forma inexplicável! Ela estava sorrindo, fazendo carinho nos meus cabelos encaracolados.

Entrei nela, mas não queria meter forte, não queria sexo selvagem, eu queria amor, eu precisava de amor e senti que ela também precisava.

Meti bem devagar, entrando e saindo dela bem calmamente, fazendo com que ela sentisse cada centímetro do meu pau dentro dela. Ela gemia, beijava e arranhava o meu peito.

Ela colocou as mãos na minha bunda, fazendo pressão para que o meu pau ficasse o mais dentro dela possível e isso fez com que a minha vontade de gozar quintúplicasse e quando eu pensava que não poderia ficar melhor do que isso, ela começou a apertar o meu pau com a própria buceta e eu fechei os olhos para me controlar.

" Goza, pode gozar, eu estou quase lá." Ela disse no meu ouvido bem baixinho, praticamente sussurrando.

Ela mordiscou a minha orelha. Meu Deus, eu estou no paraíso?

Gozei litros, enquanto ela revirava os olhinhos e apertava o lençol.

Saí de cima dela e  disse enquanto fazia carinho no rosto dela: " Eu te amo!"

" Eu também!" Ela respondeu com um lindo sorriso.

Ficamos calados por um tempo até que ela quebrou o silêncio: " Gabriello, o que você acha de Victoria?"

" Você quer dizer do nome ou de alguém?" Ela quer mesmo ter um filho? Espero que ela esteja pensando em ter futuramente.

" Sim!"

" É lindo!" Falei com um tom de felicidade  e melancolia ao mesmo tempo porque eu lembrei da minha menininha. A morte dela nunca me saiu da cabeça, eu nunca me perdoei por não ter visto, por não ter percebido nada.

Tomamos banho e dormimos de conchinha.

Ainda Te SalvareiOnde histórias criam vida. Descubra agora