Investigações

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(5/12/2016)

Acordamos. Estávamos dormindo de conchinha e a minha porra estava dura, implorando para entrar na bunda dela! Até quando eu estou sonhando ele ganha vida própria! A dei um beijo e descemos para tomar café da manhã. Sophia estava feliz contando detalhes da viagem para a Antonella (pelo menos o que ela consegue lembrar!)

Ela me pegou pela mão para subirmos para trocarmos de roupa para irmos trabalhar e eu não me contive.

" Sophia, você só pode estar brincando comigo, certo? Tentaram te explodir no dia do seu aniversário, ainda consegue se lembrar disso?"

" É passado. Vamos."

" Será que você não consegue perceber que quem tentou te matar trabalha na Prada ou tem livre acesso a ela?"

" E por que tentariam me matar?"

" Já tentaram antes do seu pai dizer que você assumiria a presidência? Antes do seu treinamento?"

" Não." Ela respondeu assustada.

" Quem quer te matar não quer que você seja presidente."

" O que eu faço?" Disse ela.

" Vamos na polícia, alguém precisa saber desse ataque. Temos que ter uma escolta."

Eu sou um anjo, mas o que eu poderia fazer quando descobrir quem quer matá-la? Preciso do apoio da polícia para poder prender o responsável.

Fomos para a polícia, mas no caminho eu usei o meu poder: fiz uma cópia da carta e coloquei do lado esquerdo do bolso da minha calça e a original do lado direito. Ainda não sei o porquê disso, mas tive essa intuição.

"Prazer, delegado Fabio Bortoloti. Em que posso ajudá-los?"

Ele era gordo e estava me olhando de uma forma que não estava gostando nem um pouco. Estava sentindo calafrios ali. Se eu fosse uma mulher gritaria facilmente "eu quero a minha mãe", mas eu resolvi fingir que estava tudo ok.

" Prazer, Sophia Chiarelli." Eles apertaram as mãos e sorriram educadamente.

" Prazer, Gabriello." Ergui a mão para ela apertar também, mas ele me deixou no vácuo e se dirigiu a Sophia:

" O rapaz não tem sobrenome não?" Perguntou para ela como se eu fosse uma criança ou como se eu não estivesse nem lá, o que me deixou puto!

Sobrenome? Eu não tinha pensado nisso ainda, mas ok. Eu só tenho que localizar o meu sobrenome na carteira de trabalho. Fechei os olhos e respirei fundo.

" Gabriello, você está bem?" Sophia me perguntou visivelmente preocupado por eu ter fechado os meus olhos, mas eu precisava me concentrar, ignorando por completo a pergunta do delegado.

" A minha pressão abaixou um pouco, mas já estou ótimo!" Respondi após conseguir verificar o meu sobrenome. Ela deu um leve sorriso e segurou a minha mão com força.

O delegado não aparentou a menor preocupação com relação ao meu estado de saúde, continuou com a mesma feição serena que estava. Era como se nada estivesse acontecendo.

Olhei para o delegado, respondi a pergunta feita para a Sophia e fui direto ao assunto : "Gabriello Jesus Palhano. A Sophia sofreu um ataque sexta feira na Prada. Colocaram três bombas na sala dela. Mandaram uma carta e eu queria que verificasse se tem alguma impressão digital nela sem ser a minha e a da Sophia."

Realmente Deus foi muito criativo com relação ao meu sobrenome, não dá para eu esquecer. Resolvi ler os pensamentos do delegado: " Merda, como eles sobreviveram? Tenho que falar com a máfia!"

Máfia? Máfia italiana? Contrataram pessoas da máfia italiana para matar a Sophia! Nada bom. Ela está correndo muito risco, mais risco do que eu imaginava!

Entreguei a cópia para ele e fiquei pensando em algo irrelevante para a ocasião: " Anjo tem impressão digital?"

Saímos de lá e a Sophia começou a falar igual a uma matraca dizendo que queria trabalhar. Isso tudo era um exercício para me vencer pelo cansaço e ela conseguiu.

Fomos para a Prada . Tudo estava tranquilo, mas eu estava tenso porque não basta eu salvá- la, eu devo arrumar uma forma de impedir que a mate, mas como se o delegado estava comprado? Só consegui pensar em um jeito: Levar o caso para uma outra delegacia para prender o responsável. Teria outro modo, que seria matar, mas eu jamais mataria alguém, não posso fazer justiça com as minhas próprias mãos, visto que isso vai de contra a tudo que eu penso e tudo que eu sou. É contra a lei divina.

Comecei a pensar em quem poderia ser, mas não pude arriscar nenhum palpite porque ninguém pensou em matar a Sophia em nenhuma vez que eu li os pensamentos. Comecei a pensar no que estava escrito na carta : " Foram colados três bombas nessa sala. A partir do momento em que esta caixa lhe for entregue as bombas serão ativadas. Você tem uma hora para achá-las e desativá-las. Faça o serviço de três homens. Boa sorte, Gabriello."

"Faça o serviço de três homens"....

" Por que será que essa avoada contratou um só? Deveria ter contratado no mínimo uns 3, depois de tudo. É mais fácil ela proteger ele do que ao contrário. Mauricinho da porra, não tem a menor pinta de segurança."

Luigi! É claro! Ele é o vice presidente, se ela morrer, ele vira o presidente. Ele sempre quis o cargo dela e ele pensou que ela deveria ter contratado mais dois seguranças no dia em que eu o conheci. Ela me ama e confia em mim, mas como contar que alguém tão próximo e que ela tem carinho é quem quer que ela morra? Eu tenho que provar, mas como?

" Gabriello, desamarra essa cara! Tudo vai dar certo! A policia vai descobrir. Vou no banheiro agora, ok?" Ela me beijou apaixonadamente.

Eu fui atrás dela e já descobri o que faria, enquanto ela ia no banheiro eu me tele transportei e consegui um grampo e uma escuta. Tive que ir numa delegacia, foi um pouco arriscado, mas eu já fui policial. Colocar o grampo no celular dele foi moleza. Voltei para a Prada e coloquei a escuta num porta retrato na sala do Luigi. Era uma foto dele com o senhor Francesco. Quanta ironia!

Voltei para o banheiro e a Sophia estava saindo de lá. O dia terminou e saímos da empresa. Uma coisa é certa: Logo teremos um novo ataque.

Ainda Te SalvareiOnde histórias criam vida. Descubra agora