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Corre pela madrugada e na beira das estradas a velha notícia que restou. Que na manhã de dois dias atrás os jornais publicaram, uma notícia que espantava até os mais corajosos. De uma fenda que foi aberta por um jovem, não muito longe de Liv. Na mesma madrugada do aniversário de Leone essa fenda se fechou, significando que quem adentrou, morreu ou descobriu o segredo do universo.

Já era manhã e o jovem Leone, escutava os gritos escandalosos do seu avô; "Caramba, será que você é inútil até para me servir uma cerveja?!". Mari entra no quarto cabisbaixa.

- Ele já está gritando logo cedo com avó? - Pergunta ele com os olhos fixos no teto.

- Você já está acordado? - Ela caminha em direção da cama de Leone.

- Sim. Difícil dormi com ele gritando. - Leone se senta na cama, Mari senta próximo a ele.

- Ela sabe como agir, quando isso acontece Leo, então esqueça isso. Hoje é seu aniversário, vamos animar um pouco. - Ela olha para ele com sorriso meio triste. - Parabéns Leo.- Leone dá um abraço em Mari. Ao se afastar observa a marca de nascença no ombro dela, tinha forma de bebê dentro do ventre de sua mãe. Ele sempre tinha achado bastante distinta a forma da marca.

Os sons continuavam alto e Leone se esqueceu da marcar por aquele momento, saiu de sua cama e se arrumou pra sair do quarto.

Assim que estava acabando de se arrumar ele e sua prima escutam o som vindo da sala novamente e desta vez o som é de pisos fortes e um grito agudo de desespero.

Leone sai do quarto em direção da sala, Mari o segue para o impedir. Quando ele esta descendo a escada ele se depara com seu avô indo na direção de sua avó para batê-la.

- Ei...- vociferou Leone, que no mesmo sentiu braços finos e gélido agarrarem seu torso. E era Mari com expressão no semblante terrífico. Para Leo vê sua querida prima naquele estado o fez se acalmar mesmo que minimamente.

Vidar cessou seus passos no instante que ouviu Leone. Fenrir não impediu de soltar um suspiro de alívio imperceptível.

Mari observa que seu avô deu dois passos pra trás e pegou o quadro de fotos, considerou que tal ação foi por efeito da presença de Leone. Não deixou de notar que seu avô está bêbado.

O quadro de foto que Vidar mantinha em mãos é a única fotografia que estavam Aurora e Pilar Viana, cada uma carregando Leone e Mari cada uma e os pais deles do lado delas corados e bêbados, numa grama verde e uma grande casa beira mar de madeira.

-Vocês me lembram seus pais! - Vidar brada confrontando Leone nos olhos. - Viviam juntos não se desgrudavam por nada. Claro antes de seu pai virar cadáver - Apontou seu dedo enrugado para Leone em seguida se virou para Mari e articulou cada palavra maliciosa, suscitando seus sentimentos mais íntimos - E antes do seu pai fugir mais rápido que uma zebra na mira de um leão... era um covarde mesmo.

Mari sentiu aquela ofensa perfura seu orgulho.

- É como dizem um covarde reconhece outro. - provoca Leo, sentiu se virando Mari quando constatou que feriu seu íntimo.

A raiva é como uma chuva e se você não se esconde é atingida por ela, e naquele momento, Leone, estava de braços aberto na chuva de raiva que acarretou em seu avô.

Um sorriso sombrio se formou na boca do velho que com raiva se aproximou do leone. Por sua vez encarava obstinado e perguntava a si mesmo se seu avô partiria para cima dele, se esse fosse o caso se aguentaria segura o velho, que um dia foi um ótimo fuzilista.

- Você é um bastardo tolo, se escondendo atrás da sua arrogância para acobertar seu medo assim como sua mãe fazia, no fim você morrerá igual a ela. - leone sentia um sensação intensa de indignação, sua expressão se contraiam, testa abaixava, narinas e lábios se dilatam.

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⏰ Última atualização: Sep 02, 2018 ⏰

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