Suspeito

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Acordei de manhã sem peso nenhum pelo oque havia feito, tomei meu café como todo dia, mas é claro sem o creme de amendoim e fui assistir TV. Na hora de trabalhar fui ao meu emprego normalmente e me fingi de desentendido sobre a morte de meu chefe (assassinato), me perguntaram porque faltei no dia anterior e minha resposta foi a mais previsível possível (não estava me sentindo bem).

- Como era possível em menos de 24 horas já saberem sobre ele? Me perguntei. Após o trabalho fui direto para casa para acompanhar o caso pelo jornal.

Que azar meu, fui matá-lo e escondê-lo numa lixeira ao lado de uma pizzaria.
A morte do meu chefe apareceu em todos os jornais, por incrível e maravilhosa sorte não encontraram minhas digitais, apenas de um cara chamado Billy alguma coisa.

Senti que nada iria me acontecer, até que anunciarem que funcionários eram suspeitos e obviamente eu que faltei no dia em que ele morreu seria suspeito. Não iria demorar para virem me interrogar ou algo melhor.

- E se alguém descobrir esse meu problema? Oque poderá acontecer conosco? Oque agente vai fazer? Me perguntei. Era oficial eu já estava tomado por aquela segunda personalidade, falando na primeira pessoa do plural e tomado por suas (tecnicamente minhas) fantasias sexuais.

Eu não posso mais sair da linha, teria que seguir sem nenhum desleixo a minha rotina. Até que tive a ótima ideia de dormir para ver se tinha mais um daqueles pesadelos e se eles me faziam pensar em algo melhor.

Estava me deitando quando o telefone toca:

Trimm, Trimm, Trimm, Trim. até que atendo respondendo:

- Alô quem deseja?

- Alô Harry aqui é o Bob, estou ligando pra saber se esse ano vai dar pra se vim na festa da família aqui em Vancouver.

- Pô Vancouver? Acho que sim né, que dia mesmo? Perguntei com arrogância.

- Pô esse ano vai ser no aniversário da nossa querida avó, tá lembrado não? Hehehehehe.

- Hehehe, querida né. Respondo com sarcasmo.

- Então tá bom, depois a Rebecca te liga confirmando tudo, certo?

- Tá certo Bob, até 24 de setembro. E desligo o telefone sutilmente. Volto ao meu quarto para terminar o dia tranquilamente e sonhar eternamente, hahaha não foi nada engraçado.

 Volto ao meu quarto para terminar o dia tranquilamente e sonhar eternamente, hahaha não foi nada engraçado

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Sonho:

Me encontro novamente em um lugar desconhecido, mas dessa vez não é um parque e sim um casebre bem pequeno e mal arrumado. Estava uma zona, parecia uma cena de luta daqueles filmes com o Bruce Willis, e como sempre amarrado em algo, nó fraco e foi fácil me desamarrar hahaha.

Vi que ao lado dos meus pés novamente descalços tinha um revólver que por sinal estava carregado, resolvi apanha-lo e seguir em frente "explorando" aquele casebre pequeno.

Novamente ouvi um barulho estranho, parecia com uma daquelas cenas clássicas de quando alguém sobe a escada, que por sinal é de madeira podre fazendo aquele barulhinho: Crek, creeek, crek.

Cheguei até um corredor bem apertado e cheio de fotografias penduradas na parede, fotos de mim e minha família.
Eram fotos onde todos estavam presentes e por algum motivo previsível minha prima Juliet estava com os olhos furados e com dois chifres, e isso em todas as fotos. Segui em frente com receio.

Cheguei até a cozinha, com o revólver na mão fui abrindo caminho diante de inúmeras malas de viagens jogadas no chão. Encima de um balcão havia um celular moderno vibrando e vibrando, resolvi me aproximar e vi que era uma ligação de um número desconhecido, não deu outra atendi:

- Alô desconhecido tudo bom?

- Shhhhhh, Shesil'asoka ,,'Jatauy Nam sala lui hatche gr. det'ey?

Eu obviamente não sabia oque responder, então desliguei. Novamente ele toca mas eu resolvo não atender.

Saio da cozinha e continuo em um outro corredor, era muito estranho pois o casebre parecia tão pequeno mas ele não acaba, ele é infinito isso sim.
Mais um corredor cheio de fotografias coladas nas paredes e o outro não foi diferente, continuo assim, após um corredor logo no final era o começo de outro e não acabava. Resolvi parar e começar a analisar as paredes se tinha algo para ver, como um puzzle.

Sim aquilo é um verdadeiro puzzle, tinha um buraco na parede onde coloquei o meu olho para analisar e através daquela parede havia um quarto, tirei minha cabeça dali e em minha frete apareceu uma porta. Abri de leve e olhei pela fresta para garantir minha segurança, não havia nada além de móveis que compõem um quarto.
Com o revólver na mão resolvi entrar no quarto. O interruptor não estava funcionando então segui mesmo assim, encontrei uma lanterna encima da cama então apanhei e a liguei.

Não havia nada de errado com o quarto, mas não era um quarto normal e sim uma suíte, fui até a porta do banheiro, abri e dei de cara com o corpo de uma mulher, ela era linda mas estava com a barriga aberta e sem os órgãos, olhei para o lado e vi um feto vivo gemendo encima da banheira.
Ele gritava e gritava, eu imaginava como isso era possível, sai e bati a porta com força e BOOOOM, acordei.

                                           Suspeito
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