Capítulo 1

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As pernas de Anna estavam abertas enquanto ele arremetia com uma cadência forte. Os braços de Anna rodeavam as costas, se segurando como se aquilo a salvasse de um afogamento eminente.

— Vai amor... Goza pra mim, vai... — Alan sussurrava em seu ouvido enquanto Anna se esforçava sentir algo além da fricção que ele fazia.

Por que ela não conseguia gozar? Alan era carinhoso, mas ela se sentia perdida no meio daquele ato sexual. Quem sabe se não mudasse de posição, ou se estimulasse diretamente em seu clitóris...

Enquanto ela ficava divagando sobre sua intenção em gozar, Alan ficava falando a todo instante "goza amor" e pela sua voz que começava ficar esganiçada, sabia que ele estava prestes a gozar e ela deveria atingir seu clímax também, mesmo sendo tão falso como uma nota de três libras.

Então como uma desenvoltura que tinha adquirido em alguns filmes pornôs que ela assistira escondido, Anna começou a gemer alto e a rebolar de forma mais rápida, sem esquecer-se de fincar suas unhas em suas costas, até que Alan soltou um grito gozando.

— Bom dia, meu amor! — Alan sorriu e dando um leve beijo em seus lábios continuou: — Feliz aniversário de primeiro mês de casamento!

Anna podia não gozar com Alan, mas ele era tão prestativo e romântico, que ela relevava este fato. Ele saiu do quarto e voltou com uma cesta de café da manhã lotada de guloseimas e frutas, depois voltou com uma bandeja com café, suco e chá.

Ela presenteou Alan com uma gravata e entre uma degustação e um beijo, combinaram de jantar juntos naquela noite.

O casamento de Anna terminou exatamente no jantar de comemoração. Ela estava esperando Alan chegar num restaurante onde haviam combinado se encontrar, e recebeu uma mensagem anônima dizendo: "O motivo do atraso de seu marido sempre foi esse..." e em anexo estava um vídeo do Alan montado na sua assistente particular, gemendo, gritando a pleno pulmão e com a gravata que ela dera naquele dia de manhã servindo de arreio no pescoço da vadia.

Anna não sabia quanto tempo ficou olhando para aquelas imagens, ela ficou tentando decifrar seus sentimentos... Seu coração estava tão calmo que seus batimentos cardíacos quase não se ouviam, tentou sentir raiva, indignação, ódio, porém... Nada! Nem nojo ela conseguia ter, para ser sincera, era até erótico de certo ponto. Eles nunca tinham tido aquele tipo de sexo antes, tudo era muito calmo e de pouco entusiasmo, e para ela estava bom, já que Alan fora o único parceiro sexual até então.

— Oi meu amor! Desculpa a demora, mas tive uns documentos que tinha que despachar ainda hoje. — Alan apareceu, dando um selinho em Anna e entregando uma rosa vermelha e assentando do outro lado da mesa, perguntou: — Já fez os pedidos? Estou morrendo de fome.

Os olhos violetas ainda estavam fixos na tela do seu celular. Levantou uma mão dizendo:

— Um momento, por favor!

As mãos mexiam sobre o aparelho. Depois alguns minutos, com uma voz baixa e mansa falou:

— Estava mandando uns e-mails.

— Problemas no trabalho, amor? – Alan perguntou educadamente.

— Pode se dizer que sim. Primeiro tive que mandar para uns e-mails para o Jackson do RH, amanhã ele vai expedir duas cartas de demissão e eu já pedi uma pré-seleção para uma nova secretária para mim.

Os olhos de Alan abriram um pouco mais de interesse quando percebeu que a amante ia ser demitida e Anna continuou:

— E o outro e-mail foi para o meu advogado.

Mansion Rouge - Amor AgridoceOnde histórias criam vida. Descubra agora