Capítulo 7

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Anna sabia que uma hora eles teriam que sair daquele quarto e que o mundo real iria se apresentar, mas não esperou que fosse de uma forma tão abrupta.

Jorge havia desmaiado após a última vez que transaram, e ela delicadamente se afastou, retirou a camisinha usada e pegando a toalha limpou suas partes intimas apreciando cada detalhe dele, principalmente em seu rosto.

Ele parecia plácido, agora sem máscara e ressonando tranquilamente, ela podia admirar seus traços másculos: seu queixo quadrado tinha uma leve depressão no meio, seu nariz era dominante e afilado, mas o que a deixou vidrada foi sua boca que estava levemente aberta, ela tinha uma cor tão intensa que a fez lembrar uma cereja suculenta.

— Sharon... — Jorge falou seu nome enquanto dormia? Ela ficou ao mesmo tempo abismada e contente. Ele estava sonhando com ela e o sorriso só aumentou quando Jorge continuou: — Sharon eu quero você de novo...

Aconchegou-se delicadamente para não acordá-lo e mesmo dormindo ele aninhou-a em seu peito. Ali ela sentiu segura como se não houvesse mais nada e ninguém no mundo.

Ela engoliu a saliva que rapidamente acumulou em sua boca e apertou as coxas para tentar aliviar o tesão que estava despertando novamente.

Anna revirou os olhos com o seu próprio descaramento. Uma diretora executiva, toda pragmática com sentimentos controlados, onde a etiqueta e formalidades eram constantes na sua vida agora estava com todos os nervos ligados e suas emoções descontroladas.

Quando Jorge retirou a sua máscara, quase que comete uma loucura e também retira a sua. Como ele reagiria? Ficaria bravo? Zombador do jeito que era, tiraria um sarro de sua cara, e ela ficaria irada, brigariam, então teria um trunfo sobre ela. Ele poderia contar para as pessoas que era uma mulher de moral baixo... Jorge falaria para sua mãe, que contaria para seu padrinho, que se sentiria na obrigação de contar para seu pai e...

O pânico começou a tomar contar de sua mente. Fechou os olhos e tentou respirar profundamente, ela tinha que se acalmar. Jorge não sabia sua verdadeira identidade e se dependesse dela nunca saberia.

Tantos anos trabalhando para construir uma conduta ilibada, conquistando o respeito dos funcionários, poderia facilmente perdê-la por não pensar racionalmente. Sua libido a tinha comandado desde o sábado passado e isso era inconcebível.

Sua linha de raciocínio fora interrompido quando a mão máscula de Jorge subiu em seu braço e esbarrou no bico de seu seio. Ela olhou para seu rosto e percebeu que ele dormia. Quando sentiu a umidade encharcar sua feminilidade, apertou a coxa sentindo o prazer, a fome pedindo para ser saciada. Maldição! Como ele fazia isso com ela, até mesmo inconsciente?

Respirou cadenciadamente como uma professora de Ioga havia lhe ensinado, ela havia feito algumas aulas quando um médico dissera que melhoraria sua postura e saúde nas crises estafantes de seu trabalho.

Realmente aquilo estava funcionando. A tensão foi aliviando e a respiração calma e batimento ritmado e lento do coração de Jorge, trouxe a exaustão, ela precisava ir embora, mas não faria mal nenhum se tirasse só um cochilo.

Não sabia quanto tempo dormiu, mas um suave toque começava a instigar sua pele, que subia de sua perna, para a coxa, contornando suas nádegas e fazendo o caminho pela sua coluna...

Ofegou e sorriu com os olhos fechados. Jorge estava pronto para mais... Neste mesmo segundo, percebeu que estava deitada sobre um tórax musculoso e com braços e pernas emaranhadas, Jorge ainda estava sob seu corpo então quem...

Anna levantou abruptamente e uma mão colocou sobre sua boca. Um par de olhos castanhos esverdeados e quentes a olhavam enquanto colocava sobre a boca o dedo indicador, pedindo para não fazer barulho.

Mansion Rouge - Amor AgridoceOnde histórias criam vida. Descubra agora