— Tenho certeza que é deliciosa — Fred sussurrou no ouvido de Anna. — Mas acredito que isto somente foi uma pequena amostra, ainda nem comecei com você!
Ainda de olhos fechados, Anna arfou e sentiu as faces enrubescerem. Ficou visivelmente excitada num lugar público com um estranho enquanto Jorge ficou assistindo de camarote a cena.
Sentiu seu baixo ventre se contrair, reclamando por uma liberação urgente.
Uma mordida no lóbulo da orelha seguida de um beijo no pescoço fez Anna estremecer e Fred disse roucamente:
— Não se esqueça de olhar o bilhete que sua amiga mandou pra você.
E abruptamente sentiu o par de mãos fortes e masculinas deixarem seu corpo. Anna virou o corpo na direção de Fred a tempo de vê-lo lamber os lábios. E com o olhar totalmente devasso fez uma reverência com a cabeça dizendo:
— Seja bem vinda a Mansion Rouge.
Se Anna estava envergonhada antes agora o constrangimento tinha atingido níveis estratosféricos. Sentia o rosto e pescoço pinicar de tanta aflição.
Respirou fundo e direcionou para o calado e taciturno Jorge. Sua expressão estava sombria, um tanto triste, mas com aquele risinho sacana no canto da boca. Era como se ele estivesse maquinando um plano diabólico.
Desviou o olhar pra baixo e encontrou um enorme volume na calça. Relembrou das vezes que viu Jorge ser abocanhado. Anotou em sua agenda mental: "Jorge gosta que façam sexo oral." Ela engoliu um monte de saliva que se formou em sua boca imaginando fazer tal carícia no conquistador barato.
Anna mordeu o lábio de apreensão, tentando em sua mente organizar algumas palavras para quebrar aquele clima, quando se lembrou do bilhete que Fred havia colocado deliciosamente dentro de seu decote.
Levantou a mão em direção ao decote e retirou o pequeno papel dobrado, onde se leu:
"Querida venha pro banheiro antes de fazer qualquer coisa com este homem! Espero que tenha gostado do presente de boas vindas". Marla
— Presente de boas vindas? — Anna nem percebeu que repetiu em voz alta e muito menos que sorria até que Jorge interpelou.
— Então Fred foi seu prêmio inaugural. —A voz rouca, sensual e com aquele sotaque brasileiro fez com que aquele comichão na barriga surgisse novamente com força total. — Você deve ter impressionado muito bem o Fred, porque nunca o vi fazendo nada parecido.
— Verdade? – Anna conseguiu dizer surpresa.
— Desde que bati os olhos em você Sharon, sabia que tinha algo especial.
Aquelas simples palavras aqueceram o coração de Anna. Ele parecia tão sincero, verdadeiro. Ela respirou fundo.
— Sei... — Anna queria acreditar em Jorge, mas seu histórico de mulherengo convicto não poderia ser esquecido.
Ela pegou seu copo pra tomar mais um gole e descobrindo-o vazio, bufou.
Precisava de mais uma distração, pensar e agir friamente em relação ao Jorge. Queria provar dele todo, mas tinha que ter muita cautela, porque se ele descobrisse seria o fim de sua reputação.
— Posso pedir outra bebida pra você?
— Claro! — Disse com uma voz suave e baixa. — Vou ao banheiro e já volto.
Jorge pegou na mão de Anna enquanto se virava para ir.
— Precisa de companhia Sharon? – Vislumbrou aquele sorriso arrebatador, se lembrou da escapada que ele e a sirigaita deram no banheiro.
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Mansion Rouge - Amor Agridoce
RomanceSinopse A vida de Anna Moore sempre fora muito pragmática, a objetividade e eficiência eram as únicas coisas que importavam. Nada poderia abalar o mundo totalmente estruturado de Anna Moore, nada, exceto Jorge Rimes. Jorge Rimes era o problema na vi...