Capítulo 2

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Um sorriso largo e sedutor se abriu para Anna, o canalha tinha um rosto hipnotizante, seu cabelo estava todo penteado pra trás com gel e mesmo com a máscara ocultando parte dele, Jorge Rimes era bonito demais para a sua sanidade.

— Então Sharon, vai beber isto mesmo? — Ele apontou para a taça que o barman depositou há alguns instantes.

Jorge ficara impressionado com um sorriso genuíno que aparecia atrás daquele pequeno rosto escondido por aquela máscara púrpura. Ele a notou enquanto estava fodendo a boca de Vanessa na sala do "Prazer em ver", e sem compreender o porquê seus olhos fixaram na ruiva surpresa e excitada, sabia que tinha que conhecê-la e se ela estava ali na mansão, poderia experimentar aquele corpo atrevido.

Ele havia aceitado o convite de conhecer a mansão através de Sebastian Toigross, o proprietário, seu filho havia estudado o MBA junto com Jorge e desde então a amizade entre os familiares foi uma consequência.

Tornara-se assíduo do Mansion Rouge, basicamente desde que firmara sua permanência em terras inglesas, exatamente no sábado ensolarado que a irritante afilhada de seu padrasto se casou. O casamento de Anna e Alan foi uma das piores festas que tivera que participar.

Não porque a festa estava mal organizada, tudo com muito bom gosto foi escolhido, desde as flores, comida e bebida, estavam impecáveis, entretanto a amargura que ele sentira não estava na programação daquele dia.

Anna estava esplêndida num vestido justo de renda branco e mesmo com seu cabelo recolhido naquele coque severo típico dela, aqueceu seu coração. Ela sorria, porém de uma forma ensaiada e mesmo não há conhecendo muito tempo, Jorge apostaria sua coleção de "gibis Marvel", que aquilo estava deixando-a desconfortável.

Uma vontade esmagadora cresceu dentro do peito de Jorge, queria soltar os cabelos de Anna e rasgar aquele vestido, imaginando sua roupa íntima branca rendada, seus olhos violetas brilhantes, sua boca e sardas atrevidas sorrindo verdadeiramente para ele, e seus cabelos enredados em suas mãos inalando o doce perfume de seu pescoço esguio e provando de seus lábios aquele sabor agridoce...

— Que meigo... – Uma voz enjoativa tirou Jorge de sua fantasia e voltou o olhar para a sua acompanhante. — Não sabia que era um destes homens que se emocionavam num casamento.

Jorge piscou seus olhos percebendo que o seu olhar fixo na noiva quase fez derramar lágrimas, todavia não se fez de rogado e utilizando sua malícia já costumeira disse:

— Oh baby a única coisa que me emociona é saber que depois que acabar toda esta baboseira, vou me enterrar tão profundo em você que não poderá respirar, te garanto que não será nada meigo...

Sua acompanhante sorriu e um calor subiu na sua pele pálida, Jorge respirou fundo podendo cheirar a umidade dela. Pronto. Era isso que ele precisava para tirar Anna de seus pensamentos, um sexo quente com a loirinha.

— Não vejo a hora, baby... – A Loira apertou a sua coxa insinuando os dedos em direção ao seu membro.

— Ainda não baby, temos que cumprir as obrigações sociais, afinal a noiva é afilhada do meu padrasto.

Jorge fez todo o círculo social que era exigido: cumprimentou os noivos, tirou fotos com sua nova família, comeu, dançou e brindou a felicidade dos noivos.

Ele estava dançando com sua mãe, quando um leve toque nos ombros , tirou a conversação leve e divertida que ambos estavam tendo.

— Posso roubar minha mulher?! — Richard estava reivindicando a dança com sua esposa, não seria nada de mais, se enredada no seu braço não estivesse à noiva.

Mansion Rouge - Amor AgridoceOnde histórias criam vida. Descubra agora