Capítulo Dezenove

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— Esse aqui é bonito... — Gael falou apontando pra um berço amarelo claro e fiz uma careta.

— Definitivamente não. — Resmunguei colocando sorvete na boca e ele revirou os olhos. — Não é que seja feio amor, mas amarelo?! Não é melhor um branco ou algo assim?

Andamos mais um pouco, mas todos eles pareciam extravagantes demais, ou grandes demais. Eu queria alguma coisa que fosse simples, um berço branco sem muitos detalhes seria pedir muito?

Eu estava tentando convencer o Gael do mesmo há meia hora, mas ele não entendia que daqui algum tempo teríamos que trocar o berço por uma cama e por isso não precisava de exageros.

— E esse? — Gael tocou um branco e cheguei mais perto pra ver.

— Esse sim é lindo. — Falei olhando berço branco envernizado.

Ele era branco com alguns detalhes pequenos, simples mas ao mesmo tempo lindo... imaginei como ficaria no quarto e assenti animada.

Vimos também um guarda-roupa e uma estante que fossem parecidos, e depois de muita briga decidimos comprar as duas coisas. Meu bolso chorou com essa aquisição, mas o Daniel valia tudo isso.

— Você já terminou de comer todo sorvete? — Gael me perguntou com os olhos arregalados e assenti mordendo a casquinha. — Esse é o último desse mês Elizabeth.

— Não se preocupe Daniel, ele só é chato assim quando quer. — Passei a mão na barriga ignorando o Gael. — Se chama TPM masculina, normalmente acontece só com mulheres mas seu pai vive tendo também...

Encarei o Gael que tinha um sorriso de lado no rosto, sorri também e saímos da loja de mãos dadas.

— Bom, agora só falta a poltrona... o leite, as fraudas, as roupas e... tudo. — Gael franziu os lábios e assenti. — Quer dar uma olhada nas roupas? Eu sei que você acha muito cedo, mas se deixarmos tudo pra última hora vamos acabar gastando muito.

— Vemos que você é o responsável dessa relação. — Beijei sua bochecha. — Mas você tem toda razão, esse mês compramos os móveis e as roupas, no próximo as fraudas, e passamos o resto da vida pagando as parcelas.

— Você não existe...

Entramos na loja de roupas e em todas elas eu ficava apaixonada, eram peças minúsculas mas ao mesmo tempo incríveis, os detalhes só faziam me faziam ficar mais ansiosa pra ver meu bebê.

A mamãe e a Laura já tinham mimado ele com algumas roupinhas e a Juliana tinha dado dois pares de sapatinhos de crochê que ela mesma fez... acho que esse era o melhor momento da gravidez, poder ser mãe e saber que faltava pouco pra ter ele nos braços.

Vi quando um "clic" foi direcionado à mim e vi o Gael tirando uma foto, fiz uma careta pra ele que sorriu. Desde o dia na praia ele não parava de tirar fotos minhas um minuto, as vezes isso me incomodava, mas segundo ele, ele queria mostrar pro Daniel depois que ele crescesse.

— Ah meu Deus... — Falei sorrindo e indo na direção dos sapatinhos. — Gael, olha isso, imagina o tamaninho do pé dele dentro disso!

Ele sorriu com carinho enquanto observava os sapatinhos azuis, seu olhar mostrava o quanto estava feliz com tudo aquilo. Nas últimas semanas Gael estava se mostrando cada vez mais contente com a ideia, tenho certeza que eu estava igual.

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