A Princesa Perdida (Completo) da Série "Princesas"

Um novo conto + East eggs

Olá minhas lindezas amadoras de histórias, vim aqui trazer para vocês um conto, na verdade não é muito bem um conto é um desabafo contado por meio de uma ficção, é curto e espero que gostem, resolvi fazer isso pensando no assunto que está sendo muito tratado esse mês, Câncer de mama que é muito sério, na verdade o conto não tem nada haver com isso, mas retrata um assunto que muitas mulheres passam hoje em dia, como estão a cabeça delas nessa "nova" sociedade, Boa leitura!

Ps: Prestem muita atenção no final deste capítulo, ele lhes trará uma nova informação.

O cara do ônibus

Já era a tarde da noite quando sai da empresa onde trabalha, peguei um ônibus para chegar em casa, até que a viagem foi tranquila, o ônibus estava um pouco vazio, lá dentro só havia eu e um homem estranho lá atrás, sentia que ele me olhava e me deu um pouco de calafrio, torcia para que meu ponto chegasse logo ou alguém entrasse naquele ônibus.

Tentei me acalmar dizendo que ele não faria nada com o motorista aqui, certo? Mas foi ai que o ônibus paro e o motorista teve que descer, parecia que iam trocar de motorista e eu ainda estava longe de casa. Algumas vezes dava uma disfarçada e olhava o homem que estava lá atras, para ver se ele ainda estava lá.

O medo que sempre temi a viagem toda aconteceu, o homem lá atrás estava vindo até mim, tentei disfarça que nem estava olhando, mas me preparava para lhe atacar ou gritar por socorro a qualquer momento, se é que alguém me escutaria naquela rua escura que a janela transparecia, em que ele tentasse algo, me espremi um pouco no banco para que não chegasse a tocar no cara que sentou ao meu lado.

Olhei para janela não querendo contato visual com meu, talvez, agressor, abusador sexual e etc.. Ele poderia ser qualquer um, olhando com o canto do olho vejo ele abrindo sua mochila e pegando algo dentro dela, meu coração começa a disparar será que agora que vou morrer? Esse é meu fim? Nem tive tempo de viver minha vida ainda, se ele queria dinheiro ele está assaltando a pessoa errada, não havia nada de valioso comigo, além da minha vida.

Com a mão ainda na mochila ele me olha, tento disfarça que não estava olhando, até que de lá ele tira um Doritos e me oferece um pouco, recuso com a cabeça e digo que já estou cheia, ele ignora e começa a comer, a porta do motorista é aberta e de lá aparece uma mulher que continuará a dirigir o ônibus.

A viagem toda passamos em silêncio, ainda estava com um pé atras com meu "companheiro". Ele não deve ser normal, porque quem dividi comida com um estranho? Com certeza quer que eu esteja cheia antes de me matar, pelo menos ele é um assassino que quer que a gente morre feliz.

Depois de horas esperando e olhando pelo canto dos olhos, finalmente meu ponto chega e consigo respirar em paz não tendo que me preocupar se vou morrer ou não. O vento gélido toca em meus bracos nus, arrepiando os pelos do braço, me aconchego com os braços tentando me aquecer e me arrependo mentalmente por ter esquecido minha blusa de frio.

Vejo que o ônibus parte, mas está vazio me fazendo olhar para trás e ver se o cara desceu, quando o vejo meu coração volta a palpitar mais rápido, será que está me seguindo? E porque? Será que vai me estrupar.

Tento aumentar o passo querendo chegar logo em casa, algumas vezes olhava para trás para ver se ele tava me seguindo, vejo que sim e aumento mais os passos,ou seja correndo, e acabo deixando minha bolsa cair, parei não sabendo se corria ou voltava a pegar, sendo louca como sou voltei, mas já era tarde de mais ele estava perto e acabou pegando.

- Acho que a senhora deixou cair isso - ele disse e me entregou e foi indo embora, continuei o observar vi o entrar numa casa e me senti um pouco mal por o julgar sem saber.

Talvez ele não faria nenhum mal mesmo, mas é assim como uma mulher pensa.
Não poder confiar em ninguém
Não poder ficar do lado de um homem sem desconfiar o que ele pode fazer
Sempre estar atenta e viver com medo do que pode nós acontecer
Ser mulher é ser isso viver com medo, desconfiar de tudo.
Quem sabe algum dia podemos sair por ai ter a mesma segurança, direitos e "livre" como os homens..

FIM..

- Vocês acharam que acabou não é mesmo? - pergunta uma voz mistériosa rindo maleficamente no final - Vejo vocês em breve

Quem será??