O Divórcio - Camren

8

LAUREN ON

Estava sendo carregada por Ally. Eu só lembro de ter chorado muito, de um banho e de ter vomitado logo depois.
Escutei várias batidas na porta e fui obrigada a levantar. Minha cabeça estava latejando e ainda estava meio enjoada, levantei e fui me arrastando até a porta da sala. Puxei a mesma e era Dinah, furiosa.

- Porra Lauren, você quer me matar de susto? Ally me ligou dizendo que bebeu todas e me pediu pra vim aqui... Saber se você não morreu depois de ontem. - Ela entrou e eu nem percebi, ainda estava de pé na porta processando as informações. - Lauren? Ou! Acorda! Fecha essa porta e vem aqui.

- Hã?! - Minha cabeça estava só vento. Eu não tava conseguindo pensar direito. Fechei a porta lentamente e fui sentar.

- Camila me contou o que aconteceu ontem... Ela chorou tanto Lolo, ela... - Então o celular de Dinah começou a tocar. - Calma. - Ela se levantou e atendeu o celular, e eu fiquei lá, voando nos pensamentos. - LAUREN! PRO HOSPITAL, AGORA!! - Ela saiu me puxando.

- Dinah, NÃO! Eu não vou voltar pra lá. - Puxei meu braço de volta.

- Lauren! Saiu o resultado de Lexie... - Ela falou com um tom sério e vi lágrimas nos olhos dela. - Por favor. - Então segui ela.

Chegando lá no hospital, fiquei de longe quando Dinah entrou no quarto, deixando a porta aberta, e pude ver Camila joelhos no chão, chorando muito. Sai correndo pra dentro do quarto.

- O QUE HOUVE? - Quando entrei vi que o médico, que estava segurando papéis e Lexie estava dormindo.

- Sra...? - Ele me perguntou.

- Jauregui. Lauren Jauregui. Mãe da Lexie! ME FALA O QUE HOUVE. - Eu comecei a tremer. Olhei para o canto do quarto e Dinah estava abraçada com Camila no chão, chorando também.

- Então, Sra. Jauregui. Saiu os resultados da Lexie... - Ele tossiu e olhou pra Camila. - Sra. Camila? Eu posso? - Camila levantou a cabeça e seu rosto estava horrível. Vermelho e inchado de tanto chorar. E confirmou com a cabeça. - Ok... Sra. Jauregui, Lexie, sua filha, está com leucemia.

Então houve um estrondo. Foi como um tiro, e em um segundo tudo se tornou mais lento. Aquelas palavras ecoaram em meu cérebro milhões de vezes. Leucemia, leucemia, leucemia... Os móveis se movimentaram ao meu redor, deixando tudo um pouco mais confuso. Fiquei meio tonta, nauseada e o ar começou a faltar, quase não o sentia em meus pulmões. Não pude mais me sustentar, então escutei o peso do meu corpo caindo sobre o chão.