Vou dizer o que fazia
O rei com o barbeiro
Que montava no seu carro
Na roupa só tinha cheiro
Iam visitar as moças
Só chegavam no terreiro.No Palácio de José
Quando o rei lá, saltava
A princesa na janela
Mas não cumprimentava
Se o rei subia a calçada
O palácio se fechava.O rei mandava de novo
Começar a rodear
Ela deixava a janela
Procurava outro lugar
O rei se desenganou
Não quis mais nem passear.Vamos tratar de José
De que forma se arranjou
Lhe disse a princesa:
Eu vou ver que jeito dou
Para o barbeiro passar
Pelo que você passou.Quis a princesa vingar-se
Do que o barbeiro fazia
Escreveu sua resposta
Com grande aristocracia
Com letras feias e gregas
Que o diabo sabia.Dizendo: "meu caro neto
Eu aqui estou sossegado
Fiquei ciente de tudo
Que me foi participado
Pelo mesmo portador
Lhe comunico o passado.Eu aqui sou um guerreiro
Não me sujeito a ninguém
Mande sem falta o barbeiro
Que por hora aqui não tem
Para cortar meu cabelo
E fazer-me a barba também.Vinha na carta dizendo:
"Às ordens sempre aqui estou
Mande cá o seu barbeiro
Bem sabe que lá não vou
Aceite mil saudações
Do finado seu avô".Aí José se vestiu
Com a roupa defumada
Fedendo muito a enxofre
A espada enferrujada
Com os cabelos de monge
A barba toda assanhada.Botou a carta no bolso
No mesmo instante levou
Antes de chegar na corte
Ele um praça encontrou
José era general
E o Praça nem se importou.
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Literatura de Cordel 2
Poetryesse cordel é uma história sobre um casal pobre que tinha três filhos e um deles através da sua jornada conquista sua amada e um futuro melhor para sua família obs: esta é uma obra de Leandra Gomes de Barros.