q u a t r o

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A rua 15 faz uma encruzilhada com a avenida Brandon Meyer e a rua 32.

Eu odiava passar por ali, não pela encruzilhada, mas pelo local.

O edifício North Homer's abriga uma porção de universitários idiotas, entorpecidos e bêbados.

O pequeno prédio de tijolos aparentes, número 775, esconde mais uma porção de vagabundos em série.

Há música ruim por toda parte e bares com nomes estranhos que jazem abertos, todas as vinte e quatro horas do dia.

Mas era preciso passar por ali para chegar em casa. Eu deveria ter passado mais uma vez. Mas, eu estava cansado do odor do álcool e das vozes embriagadas.

Entrei em outra rua, mal lembro qual fora - talvez 13 ou 29. Estava tão distraído que mal notará a confusão crescendo ali em frente.

Um revólver fora arrancado das mãos da mulher, o homem o apontara para qualquer parte, a mulher não se importava, jogou-se sobre o homem e sobre o revólver... Ambos caíram. A arma tilintou contra o asfalto.

Posso jurar que minha vida passou diante dos meus olhos, maltrapilha e lenta.

Paramédicos sussurravam meu nome enquanto eu ainda permanecia sob no pavimento. As sirenes das viaturas e da ambulância gritavam louca e demasiadamente.

A arma fora apreendida.

O homem foi preso.

A mulher voltou para casa.

Eu morri.

Apenas isso.

Uma Doce Morte Na Rua SeteOnde histórias criam vida. Descubra agora