Narrando:Maria
Apholo começou com um discurso elaborado em inglês, alguns jornalistas tiravam fotos dele, e outros me olhavam com nojo. Suspirei e foquei no que eles estavam falando depois de muita enrolação - preparação para a queda - Apholo chegou ao ponto que todos queriam.
-Como todos aqui presentes devem saber, - Ele agora falava em português, provavelmente para eu entender. - Estamos reunidos aqui para apresentar a Luna, minha companheira...
-Seria essa humana Supremo? - Um jornalista interrompeu. Apholo o olhou como se fosse matá-lo, acho que ele odiava ser interrompido.
-Sim, e a trate com respeito Ômega! - Apholo falou com um pouco de arrogância. Maurício se continha enquanto ouvia tudo atentamente, seus olhos estavam vermelhos (não é por causa de drogas tá) e ele parecia querer socar alguém até passar.
A plateia ficou em silêncio, parecia um velório - se ignoramos os flashes frenéticos - depois de algum tempo perguntas foram feitas para os dois betas presentes, Margarete respondeu normalmente, mas Maurício estava com um mal humor evidente, quase palpável.
-Então iremos encerrar essa coletiva com uma última pergunta. - Margarete falou perto do microfone. Ela estava começando a se contar disso.
Vários jornalistas levantaram a mão e chamaram atenção, mas apenas um fez a pergunta. Ele tinha olheiras profundas, barba por fazer e voz cansada e amargurada.
-O que nossa "Luna" - Ele falou com ironia. - acha do fato de ser uma raça inferior a dos lobisomens? - Ele queria me diminuir? Apholo deu um meio sorriso irônico diferente do Maurício que o olhava como um lobo faminto para uma presa abatida. Margarete já olhava o celular nessa altura e não estava se importando não nada ao seu redor.
-Então acha ela é inferior a você jornalista? - Apholo estava com uma ironia altamente carregada na voz. O jornalista engoliu em seco, até eu que estava sendo defendita estava com medo. - Então me diga... Jornalista - Apholo parecia um torturador sádico prestes a torturar sua vítima. - você por acaso ajuda crianças necessitadas no fim do mundo? Trabalhou embaixo do Sol forte por anos com pouca comida e água? - Apholo cruzou as pernas e sua postura arrogante arrepiava até o Diabo nas profundezas do inferno.
-Não senhor... - O jornalista ficou quieto, Apholo se despediu e levantou do acento, eu sai logo depois dele.
Entramos em uma BMW preta, o motorista saiu do carro depois de certo ponto. Margarete assumiu o volante e começou uma conversa.
-Já resolvemos esse problema, agora vamos até aquela casa! - Margarete pareceu animada.
-Temos que ir até o Brasil primeiro Margarete! - Maurício falou com desdém. - E aquela casa fica aonde?
-No interior do Paraná. - Eu respondi Maurício que parecia irritado.
-Mas aquele diário continua estranho! - Maurício comentou se afastando do assunto. - Como alguém pode se lembrar de tanta coisa e ter paciência para escrever tanto? - Parando para pensar ele tinha razão.
-Escrever não seria um problema para Milena, mas se lembrar sim. Ela realmente não se importava com muitas coisas além de livros... E também tem aquele cara... - Apolo prestou muita atenção na conversa, ele rosnou um pouco de disse.
-Quem é esse homem Maria? - Ele estava me dando medo.
-Não sei o nome dele, ele só pedia para ver Milena muitas vezes... - Apholo parecia furioso, engoli em seco e continuei. - Ele era amigo do dono e pagava bem, Milena sempre voltava "feliz" talvez falassem sobre livros ou coisas do gênero. - Apholo ficou com a cara emburrada pelo resto do caminho.
Depois de algum tempo chegamos em uma pista particular, um jatinho "modesto" nos esperava.
(...)
Se passaram dois dias da entrevista, nós finalmente tivemos tempo de ir até o Paraná. Maurício reservou um trem para irmos até a casa, já que ela ficava em um lugar inacessível por carro.
-Falta muito? - Maurício perguntou pela milésima vez desde que começamos a seguir a trilha.
-Sim falta. - Respondi antes de continuar, Apholo e Margarete estavam logo atrás de nós e não falaram uma única palavra desde que descemos do trem.
-Tem certeza que vamos achar alguma coisa naquela casa? - Margarete perguntou antes de quase tropeçar por culpa de uma pedra que estava no caminho.
-Se não acharmos algo naquele lugar, nunca acharemos nada até Milena aparecer. - Respondi ela, faltamos a ficar em silêncio, cerca de três horas depois chegamos na casa.
-Esse lugar está horrível! - Maurício falou antes de tampar o nariz com a mão. - Que cheiro é esse?
-De um corpo em decomposição! - Apholo respondeu. - Mas de quem? - Ele parecia preocupado.
-Tem dois corpos enterrados aqui. - Não citei meu pequeno. - E não são deles, quando eu vivia aqui o cheiro era inexistente, e os corpos não estavam enterrados tão fundos.
-De quem são os corpos? - Margarete perguntou.
-Dos pais da Milena. - Apholo respondeu.
-Ela matou os próprios pais? - Margarete e Maurício perguntaram com medo.
-Não, Gabriela matou. Milena enterrou, e matou Gabriela, quem acha que teletransportou o corpo até uma praça pública? - Apholo respondeu.
-Não era bem a intenção. - Eu falei antes de abrir a porta. - O lugar não está tão sujo, mas não toquem em nada, e não subam para o andar de cima.
-Por que? - Margarete perguntou.
-Lá em cima ficam os quartos e o banheiro, aqui a cozinha, sala e a entrada para o porão. - Informei eles. - Pode ter alguma espécie de magia no quarto dos pais dela então não devemos... - Parei e pensei. - Vamos lá pra cima!
-Mas você não disse que não podíamos? - Margarete falou irritada, Apholo nos olhava confuso.
-O quarto dos pais dela é cheio de livros e poções, além disso seria o primeiro lugar que ela iria! - Falei.
-Então nos separamos em grupo. Você e o Maurício vão até o quarto dos pais dela, eu e a Margarete vamos ao quarto dela. - Apholo separou os grupos e subimos, guiei Maurício até o quarto dos pais da Milena, mas Apholo disse que não precisava de ajuda então foi até o antigo quarto da Milena.
Narrando:Apholo
Entrei no quarto dela, ele tinha um tom infantil com algumas pelúcias encardidas, mas bem adulto se prestar atenção nos livros. Os miseráveis, Romeu e Julieta, Orgulho e Preconceito, junto com outros títulos de peso. Sem contar com alguns que estavam em latim que não conseguia nem pronunciar o título direito.
-Quantos livros! Essa garota lia quando por dia? - Margarete falou antes de se sentar na cama. - Que dura! Parece ter sido feita de palha! - Ela começou a reclamar.
-Ela morava no meio do nada queria o que? - Falei antes de reparar alguns desenhos infantis feitos com lápis de cor na parede. - O que é isso? - Perguntei antes de afastar o criado mudo e olhar uma espécie de pentagrama.
-Não é um círculo mágico, ou algo do tipo? Ela é uma bruxa queria o que? - Ela me perguntou antes de abrir o guarda-roupas dela.
-Quem está aí? - Uma voz masculina falou.
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Quem será que era aquele homem? O pentagrama significa alguma coisa?
Se é o que estamos pensando eu já digo que isso tem muito haver com a história daqui pra frente! HAHAHAHAHAHA! Esperem até o próximo domingo para saberem.
BEIJOS COM QUEIJOS E TCHAU! 💋💘
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A Vida Da Voltas
WerewolfMaria depois de 12horas finalmente chega no Japão, lá ela será praticamente obrigada a ser perfeita. Mas ela reencontra uma pessoa bem especial que mudou seu passado, e consequentemente seu futuro. PS. :essa obra se passa no mesmo universo que a Se...