A Vida Da Voltas

Capítulo X

Sem revisão 😀😁

Narrado em terceira pessoa

Maria observava o homem, seu ex carcereiro, o homem que ela viu puxar Milena pelos cabelos e cuspir em sua cara várias vezes. Os olhos vazios da menina eram praticamente para ele, quase não dava para ver ninguém entre as celas.

Elas eram feitas de concreto e as grades de um material muito forte, eram completamente trancadas, a volta delas ficavam paredes mal feitas, em alguns dias durante o verão, era possível sentir um imenso calor, a única luz solar que elas viam era por uma pequena janela com grades, ou quando tinham um banho.

Maria conseguia se lembrar da água gelada vinda de uma mangueira, os jatos fortes d'água deixavam a pele vermelha, e quando alguém se corpotava mal durante alguma atividade que iriam ter no dia - não mal passavam de uma simples caminhada para sala se tortura-, eles descontavam em todas. A comida era reduzida, a água deveria ser da chuva, e as seções de tortura aumentavam.

-Tic... Tac... - Maria sussurrou a se lembrar da tortura. O chicote estalando em suas costas, de seu torturador que ria de forma sádica, e do barulho de um relógio.

Tic, Tac.

Tic, Tac.

Tic, Tac.

Tic, Tac, é o que você vai ouvir enquanto perde a humanidade..., a voz de seu ex-torturador invadiu a mente dela. Ela não sentia medo daquilo, nem alívio por não ter que passar por aquilo novamente, ela não conseguia descrever a fusão de sentimentos.

-Maria. - Ela se virou e viu Maurício a chamando, logo ela se lembrou do porque de ter passado por aquilo, mas logo afastou os pensamentos de sua mente. - Apholo disse para você ir para cima novamente.

-Sim... Eu... - A mulher falou antes de começar a subir, as memórias horríveis do tempo que passou por lá ainda a acompanharam, mas Milena era mais importante.

Ela sentia que devia a Milena, e realmente devia. Mas a garota que ela achava que era uma vítima tinha um plano perverso no começo. Depois de conhecer Maria, ela pensou em algo, o plano era usar Maria para fazer sua mãe reviver.

Ela se tornaria um dos sacrifícios, se assim fosse necessário, mas, no momento, preferia não pensar do que poderia abrir mão. Agora o foco estava em outra coisa, nas escadas, ouvindo Apholo estalar os dedos, pronto para fazer algo com o homem amarrado na cadeira ela parou por um segundo. Se sentia inquieta de repente, voltou dois degraus e novamente voltou para onde estava.

A casa era velha, a madeira estava que era uma beleza, mas com certeza isso não a atraiu. Lembrando em ter visto algo suspeito no quarto, ela desistiu de sua posição e se instalou no quarto a procura de algo.

-Então - Maurício, agora já longe de sua companheira e finalmente expressando o que queria dizer a Apholo a algum tempo, iniciou uma conversa. - já pensou claramente? Quero dizer, nos convencendo a fazer anúncios oficiais, deixando trabalho demais na mão dos seus betas. Não está abusando do próprio cargo?

Apholo o encarou por um momento, decidiu ignorar a inquietação e se voltou para Margareth. A mulher tinha olhos sombrios, seu estado normal era completamente diferente, ele sabia, e encarava o homem em sua frente como uma praga.

-Maurício, ele tem completa noção que é um idiota abusado. - Margareth respondeu no lugar do supremo, que lhe dirigiu uma cara nada amigável. - Agora, cala a porra da boca antes que eu mate! - Ela praticamente sussurrou entre dentes, estava claro para ele que a mulher estava descontando toda cota de impaciência das últimas décadas naquele momento.

Mães, logo o cérebro do beta fez a observação, muito tardia. O cérebro as vezes funcionava como uma grande minhoca, nem mesmo o mais sabia dos sábios saberia como ele conseguiu um cargo tão importante, mesmo com a amizade do supremo nas costas. Aquilo com certeza trouxe problemas para ele muitas vezes, especialmente depois da segunda Guerra mundial quando...