Capítulo IX

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Narração em terceira pessoa.

-Quem é você? - O Supremo Alpha perguntou em alerta.

-Eu que te pergunto isso! - O homem perguntou a Apholo com raiva, afinal, ele estava em sua casa, e ela estava sendo invadida por um desconhecido.
-Aposto que vai ter uma reviravolta inteira e eu vou acabar envolvida. - Margarete disse enquanto fechava a porta do guarda-roupa, a Beta estava cansada cansada de ter que ficar no meio da confusão de sua matilha, a mesma só queria seu filho de volta, o filho que nunca conseguia segurar.

-O que fazem em minha casa? RESPONDAM!! - O homem desconhecido para os lobos perguntou com impaciência.

Apholo olhou para Margarete e fez um sinal com a cabeça, a mesma foi para cima do homem e o imobilizou, passou seus braços pelo pescoço do homem e ficou assim até o o mesmo desmaiar. Apholo puxou o homem pelos braços até perto das escadas, onde se encontrou com Maurício.

Seu outro Beta olhava sem nenhuma surpresa, sabia que o melhor amigo, e seu Alpha, era violento, na maioria das vezes passava dos limites, mas no fundo era bom.

-Você nunca muda? - Maurício perguntou mesmo sabendo a resposta.

-Maurício... - Maria chamou pelo companheiro lobo, mas desistiu assim que viu quem estava no chão. - Espera... Ele... Ele é um dos carcereiros... Mas como? - Maria perguntou atônita, não estava entendendo o que estava acontecendo naquele momento, só sabia que conhecia aquela pessoa.

Apholo bufou e respondeu com raiva:

-Tanto faz o que ele é! Eu quero minha companheira de volta, e vou fazer de tudo para tê-la. - Sua voz saiu de forma assustadora, mas Maurício sabia que o amigo fazia isso por não saber como lidar com a situação.

Apholo sempre foi assim, descontava tudo nos outros, mas no fundo, o que mais se machucava era ele mesmo. Apholo afastou toda sua antiga matilha assim, e por ser "amaldiçoado", como seu pai dizia.

Milena para Apholo era mais que uma companheira, ela o fez sentir e refletir, por mais que estivessem menos de um mês juntos, e que tenha tratado a garota de forma errônea.

Talvez aquela fosse a forma do Supremo Alpha dizer que se importava, ser criado no meio da violência, e maltratado deixa enormes cicatrizes em muitas pessoas, claro que aquilo não justificava todas as maldades que ele fez. Sua mente era perturbada, ele sabia, era louco e sádico no passado, e sabia disso.

O Supremo não melhorou, ou piorou com o passar dos anos, somente amadureceu, junto com seus betas que o acompanharam por uma longa trajetória.

Margarete era o perfeito exemplo para os outros betas temerei Apholo, o Supremo matou o pai de seu bebê, e pelo que sabiam, foi mandante do assassinato de centenas de manilhas que eram contra ele e o que o mesmo defendia. Era comparável com Hitler pelas maldades que fez, não almejava uma "raça pura", mas desejava que os Lobisomens parassem de se esconder.

O principal motivo dessa radical ideia foi pelos massacres que sua raça sofreu no século XIX, eles viviam escondidos e com medo, então Apholo tomou providências. Fez o mesmo que seus irmãos e irmãs sofreram na mão dos humanos com os mesmos.

A dominação estava mais para vingança, não existia culpado ou inocente para Apholo, seus betas estão tão machucados quanto ele na época, então não pouparam esforços para ajudar. Outros Alfas deram total apoio, odiavam humanos pela a mesma e outras razões.

Massacres, torturas, assassinatos e crueldades foram feitos por vingança, ou melhor, por revanche, como dizia o Supremo.

Talvez Maurício fosse o único naquela matilha que odiava mais os vampiros que os humanos, tudo por causa de uma criança, uma pequena criança.

(...)

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