Capítulo III

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Narrando:Maria

Eu tinha chegado em Shibuia, ou melhor em um café de Maids*. O que eu estava fazendo lá? Simples...

-Finalmente chegou Maria - Falou Rafael.

Sim, o mesmo Rafael que me fez virar uma escrava.

-Você sabe que eu só estou aqui por causa da Milena! - Disse rudemente para ele enquanto me sentava.

Ele me acompanhou, se sentando na minha frente.

-Sua sobrinha não é mesmo? - Disse ele com um tom de tédio.

-Sim... - Falei olhando para a mesa.

Eu tinha mentido para ele sobre a Milena, pois Apholo não a queria sobre perigo o que ele mesmo pode ter provocado diversas vezes.

-Por que elas não vem nos servir? - Perguntei para Rafael me referindo as garçonetes vestidas de empregada.

-Eu comprei esse lugar recentemente, e digamos que... Deixei bem claro que não as queria me interrompendo - Disse ele com um sorriso de malícia no rosto.

-Aposto que deve ter estuprado algumas delas! - Murmuro para mim mesma.

-Parabéns Maria! Você pode ter nome de Santa, mas o conteúdo é bem diferente - Falou Rafael em um tom de brincadeira.

Pensei o quanto irritante era a audição lupina.

-Você não está brincando não mesmo? - Disse para Rafael.

-Qual é Maria ainda está brava por causa daquela "coisa" -  Falou essa frase dando um efeito a mais no "coisa".

Ele sabia que me irritava profundamente quando falava assim do meu filho.

-Não ouse falar assim dele - Falei com a cabeça baixa e agarrando minhas mãos fortemente.

Ele sorriu e respondeu com uma cara cínica:

-Você sabe que eu só te mandei para aquele lugar porque sabia que estava grávida? - Ele disse se levantando e indo embora.

Eu me levantei e sai antes dele da loja, corri até onde meus pés aguentaram (que por sorte foi perto de um ponto de ônibus).

-Se acha que eu me importo com você está errado Rafael! - Sussurro para mim mesma - A única coisa boa que você me deu foi ele, e você ainda o tira de mim assim? - Começo a derramar lágrimas silenciosamente.

-Está chorando Maria? - Me perguntou Um homem.

Eu olhei para cima e notei que era Kaioko o motorista particular do Maurício que já estava entre os 50 anos ele era muito bondoso.

-Como me encontrou aqui? - O questiono limpando minhas lágrimas.
-Na verdade o Senhor Maurício a encontrou pelo GPS que ele colocou em você - Kaioko abriu um sorriso gentil - Mas ele me pediu para ir falar com você!

-Ele colocou um GPS em mim? - Falei um pouco assustada - Como ele.... Esquece! - Falei um pouco magoada.

-Por que não entramos no carro? - Kaioko me perguntou.

-Claro! - Falei me levantando e indo em direção ao carro que estava a poucos metros de nós.

-Maria... - Me virei para ele - Maurício sabe com quem você estava se encontrando?

-Provavelmente não, mas isso fica só entre nós! - Falei piscando para ele.

-Perdi meu coração nessa senhorita - Ele tirou o chapéu e se curvou um pouco.

-Me sinto honrada senhor - Segurei a barra do meu vestido e fiz um comprimento igual a uma princesa.

Nós rimos de nós mesmos um pouco, antes de entramos.

Kaioko abriu a porta para mim e gentilmente agradeci antes de entrar. Quando entrei no carro percebi que Maurício estava lá juntamente com Apholo.

-Pode se retirar Kaioko - Disse Apholo para Kaioko.

-Sim Supremo Alpha - Kaioko se curvou e fechou a porta assim que eu entrei, e se afastando do carro.

Apholo estava sentado ao meu lado, e Maurício ao lado dele.

Apholo me entregou um livro que tinha um cadeado que provavelmente estava trancado.

-Tente abrir Maria! - Apholo me pediu.

-Certo -  Respondi com um pouco de medo.

Toquei o cadeado, e assim que o Toquei ele se desfez o cadeado provavelmente estava selado com magia.

-Eu sabia... - Apholo passou a mão pelos cabelos e encostou o rosto na janela do carro.

-Que ela colocou magia nisso? - Fiz uma pergunta que pelo visto não foi bem recebido - Milena tinha mania de não compartilhar seus segredos, ela lacrou o diário da mãe dela com uma magia parecida.

Maurício olhou para mim e me perguntou:

-Como conseguiu ler o diário então Maria? - Falou com a voz um pouco zangada.

-A magia que tinha nele... - Dei uma pequena pausa - Era do tipo que só pode ser desfeita por uma...

Não terminei a frase que era "uma mãe que nunca chegou a ver seu filho vivo"

-Por uma? - Apholo me questionou curioso com a continuação.

-Isso não vem ao caso agora, vou ler o diário para vocês! - Me afastei do assunto o mais rápido o possível.

Começo a ler o diário:

-Querido diário quero me desculpar por parar de escrever por quase oito anos. Mas acho que isso não vem ao caso agora...

-Espera aí! Como assim ela deixou de escrever no diário por oito anos, esse diário não tem nenhuma página antes dessa? - Maurício me perguntou com uma cara que demonstrava inocência.

-Poderia deixá-la continuar Maurício? - Pediu Apholo com uma cara meio brava.

-Tá bom depois eu tiro minhas dúvidas! - Maurício finalmente ficou quieto.

Continuei a ler:

-Hoje foi meu primeiro dia de aula, mas não foi um bom dia como você pensa! Eu encontrei com uma pessoa que pensei entrar morta, ou melhor que eu vi morrer na minha frente a pessoa que eu vi hoje é....















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Não acharam que eu ia entregar essa assim de bandeija não é mesmo???

Como sou uma pessoa muito boazinha vou dar uma pequena dica:
-Essa pessoa é a mais importante para o desenvolvimento da estória....

E não pretendo revelar mais nada...
E é isso galera até.....




Mentira hahaha, será que enganei vocês??? 😮😮😮
Eu vou dar mais uma dicazinha bem diluída em água para vocês:
-Essa pessoa já apareceu em uma das estórias!!!

Pode ser o Kaioko, pode ser o papis da Milena, pode ser o Maurício, pode ser Judith, pode ser Deus.... Quem sabe???? 🙌🙌🙌🙌🙌🙌🙌🙌

(Além de mim é claro!!! 😒😒😒)

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