Quando os pesadelos acabam.

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Eu só quero abrir os olhos, mas não consigo a única coisa que vejo é a escuridão, poderia eu estar morto? Não, com certeza não. Eu posso sentir tudo o que está acontecendo ao meu redor, mas não consigo ver, apenas isso. Após todos os exames fui levado direto para o quarto na semi-uti, Sophie não saia do meu lado, enquanto os membros de minha família nenhum se mobilizou ao menos a saber como eu estava.

Me senti preso dentro de minha própria mente, tentando sair de todas as maneiras, era como se uma barreira invisível me prendesse até o momento. Foi quando vi aquela criatura sombria que era idêntica a mim e que sempre tentava me dizer algo, era como se pudesse sentir seu ódio, seus desejos de morte e vingança. Foi quando ele quebrou a barreira que me prendia e me deixou sair. Não sei como ou porque, mas quando sai daquelas paredes dentro de minha mente eu acordei. Consegui abrir os olhos e ver Sophie segurando minha mão e dormindo.

As perguntas não paravam de vir a minha cabeça: por que eu só acordei quando aquela criatura me soltou? Por que aquela criatura se parece comigo? E o que ela tanto tenta me dizer? A Sophie então acordou, me viu sentado e me abraçou tão forte quase morria sufocado.

- Hey, eu não estou respirando. Disse me fingindo de morto.
- Para, fiquei com muito medo de lhe perder. (Com lagrimas nos olhos. Não sabia dizer se de alegria ou por medo do que poderia ter acontecido.)
- Relaxe, eu prometi que ficaria ao seu lado sempre.

Dentro de algumas horas o médico veio me examinar e estava tudo bem, já estava pronto pra ser liberado.

Chegando em casa me perguntei, por que ninguém da minha família foi me ver? Mas eu já fui muito próximo deles, até despertar meu senso de justiça. Sempre soube o que respeito, mas lá em casa eu tinha que respeitar todos, inclusive meus irmãos menores, enquanto eu nunca fui respeitado. Como não era tratado como um membro da família, decidir agir como tal e ser "independente". Minha mãe estava nas festividades da igreja com meus irmãos e meu pai como sempre trabalhando.

Contei para a Sophie o que tinha acontecido no hospital antes de acordar, ela falou que eu precisava parar de pensar nisso ou ficaria louco igual a um tio dela e bagunçou meu cabelo, porque ela sabe que detesto que baguncem. Quando todos chegaram em casa agiram como se preocupassem comigo, eu então subi e me tranquei em meu quarto rezando para conseguir dormir sem ter esses pesadelos. Queria muito saber, quando esses pesadelos vão acabar? Ao dormir, eu sonhei com a morte do filho da vizinha e vi claramente os detalhes e acordei assustado achando que fosse só um pesadelo. Dois dias se passaram desde o sonho e como um d'javu eu vi lá estava o filho da vizinha assassinado como eu tinha visto em meu sonho. Sophie era a única que sabia do meu sonho e assim que soube o que aconteceu venho correndo ao meu encontro.

- Como você sabia? Não me diga que está andando com esse tipo de gente. (Ela estava nervosa, não parava de me balançar enquanto eu estava em estado de choque.)
- Eu não sei, eu não sei, eu não sei. (Era só o que eu sabia dizer chorando o tempo todo.)
- Matt, olha pra mim! Como você sabia detalhes do que aconteceu?
- Eu sonhei, eu vi tudo acontecendo. Por favor acredite em mim! Eu não quero ver isso novamente.

Não conseguia fazer outra coisa além de chorar no colo da Sophie, me senti culpado por não conseguir avisa-lo antes, era como se carregasse o peso de uma morte nas costas. Será que isso não vai ter fim?

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Sombras que habitam a luz!Onde histórias criam vida. Descubra agora