Capítulo Dois

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A escolhida: o Inicio
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Tudo estava negro naquele dia... eu estava indo para uma nova casa e a unica coisa que meus pais me deixaram foram uma pulseira que eu ganhei quando completei meu seis anos e uma penteadeira...

Nove anos depois...

Uma forte luz invade meu quarto pela janela me fazendo lembrar que eu tinha esquecido de fechar a mesma na noite anterior. Resmungo um pouco e viro para o lado em busca de sombra em uma tentativa falha, pois o sol iluminava todo o meu quarto e não adiantaria eu me vira para o lado. Me cubro toda, ainda tentando dormir, mas resolvo me levantar e ir para escola, afinal, era quinta-feira e seria melhor acabar logo com isso.

Sempre gostei de aprender, mas a escola é um lugar horrível pra uma garota como eu, uma garota... diferente. Tiro meu cobertor do meu corpo e logo me faço uma nota mental '' fechar as janelas antes de dormir''. Embolo para o lado, praticamente me jogando no chão para assim tomar coragem e levantar. Me levanto e olho para o relógio vendo que acordei antes dele me atormentar com seu barulho irritante de toda santa manhã.

De pé, ainda sonolenta vou ao banheiro e entro. Me despir e fui em direção ao box, mas paro em frente do espelho, olho-me por um instante para observar o meu corpo. Não era magro, nem.muito menos obeso, era simplismente normal. Saiu de frente do espelho e entro no box ligando o chuveiro logo me pondo em baixo dele. Dexei que a água caisse em meu corpo e assim deslizar por ele.

Então sou assaltada por memorias, memorias não muitos felizes. Me lembro que amanhã seria o aniversario de morte dos meus pais, lembro-me também da sexta-feira mas negra e chuvosa da minha vida.

Não querendo prolongar tais devaneios, saiu do box. Pego a toalha e vou me enxugar para poder escolher uma roupa decente para ir à escola.

Parei em frente do meu guarda roupa pego uma blusa de cor vinho, uma calça jeans preta e um sapado vans e logo depois para penteadeira que um dia fora da minha mãe e agora era minha.

Quando eu vim para casa dos meus tios eu não queria nada da antiga casa que me fizesse lembrar dos meus pais, então deixei tudo na antiga casa que agora estava vázia, mas eu trouxe a penteadeira, porque ela de alguma forma me confortava e me fazia lembra das poucas vezes que eu peguei a minha mãe sentada penteado seu cabelo olhando pra o espelho - fora meu pai deu o objeto para a minha mãe.

Sentei na penteadeira e olhei-me no espelho em minha frente '' Isso me faz me lembrar da minha mãe ainda mais '' sussurrei baixinho para eu mesma. Levanto já pronta e vou em direção a porta, pego meu casaco jeans e minha bolsa. Eu estava quase saindo do meu quarto quando ouço o meu alarme tocar avisando que era 6:30 da manhã. Volto para calar aquele objeto escandaloso. Logo após de fazer isso vou novamente até porta e finalmente posso sair do meu quarto.

Desço para o terreo da minha casa para tomar o meu café da manhã. Vou em direção a cozinha e só em me aproximar sinto o um cheiro delicioso. Ao entra na cozinha vejo os minha tia fazendo café e meu tio comendo suas torradas e esperando pelo café que estava sendo feito. Me sentei na mesa e olhei para ela vendo como ela estava farta.
Nela podia-se encontrar bolo, torradas, queijo, bolachas, ovos, pão, sucos de laranja e de pêssego, cereal e leite. Definitivamente havia alguma coisa estranha. Abaixei minha cabeça olhando para tudo aquilo.

Meus tios se chamavam Oscar e Helena swant, eles estavam casados a longos 22 anos. Eles se conheceram ainda no ensino fundamental no brasil, se apaixonaram e logo começaram a namorar meses depois. Minha tia Helena é a unica irmã da minha mãe, sendo mais velha dois ano. Ela sempre desejou uma vida de casados, ela fez planos da vida toda, desejando ser mãe, ter sua casa, seu dinheiro, seu marido, sua vida perfeita... Bem, ao contrario da minha mãe que sempre disse que iria viajar o mundo inteiro. Ao se formar na escola escolheu não ir a faculdade e ficar apoiando Oscar que decidiu ir para faculdade de advocacia - uma profissão de família -, pois ele vinha de uma longa linhagem de canadenses advogados. A faculdade que Oscar iria fazer era no canadá e por isso voltou com seus pais para o país natal levando consigo minha minha tia que arrastou a minha mãe. Ao chegar lá, minha tia se casou com o meu tio e começou a trabalhar como professora de criancinhas. Como minha mãe era muito nova e não tinha terminado os estudos, ela foi obrigada a ficar estudando em um país novo e ficar com sua irmã até completar sua maiorridade e enfim poder viajar - que era seu sonho - Não demorou muito para minha mãe sair de casa sem que ninguém a impedissem de fazer o que tanto desejou. Minha tia e minha mãe eram praticamente órfão, pois meus avós morreram quando elas tinham entrem 12 e 15 anos, então e elas foram morar com os meus bisavós que na época eram seus avós, mas como minha tia casou ela agora tinham sua casa levou minha mãe com ela.

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