Capitulo 5

322 38 0
                                    


Capítulo cinco

Não revisado e sujeito a mudanças após revisão profissional.

D
exter ficou olhando Pétala se deliciar  com a sobremesa. Parecia que ela não comia doces com frequência. Ele também pensou que ela gostaria de ir embora logo dali e não gostou muito da ideia de sair naquela hora da noite, mas se fosse para deixá-la bem, ele faria de bom grado.
— Eu falei que a levaria até a cidade, eu estou dizendo a verdade, você quer ir agora? — Perguntou ele. Pétala deixou a pequena colher no pirex vazio e o olhou pensando no que iria responder.
— Eu não sei. — disse ela. — Está tarde e chovendo lá fora. Por outro lado eu preciso muito de um sinal Wi-Fi e um computador. — ela respirou fundo e soltou o ar lentamente. — Mas é tentador ficar aqui esta noite, mesmo com esse pé me atormentando.
— Então fique e vou preparar um banho para você, e depois é só descansar e amanhã pela manhã eu a levo para a civilização. — Ela sorriu.
— Tudo bem, mas não quero dar trabalho. — Disse ela.
— Não se preocupe, não é trabalho algum.
— Você tem mais remédios aqui? — Perguntou ela.
— Sim, por quê?
— Meu pé está realmente doendo muito e acho também que está mais inchado que antes. — Disse ela. Dexter levantou-se da cadeira e se aproximou, ela virou-se para mostrar-lhe o pé e realmente estava pior do que ele viu mais cedo.
— É, não está nada bom. Vou preparar um banho quente para você mergulhar ele. Depois pego mais remédios e faço outra compressa de ervas.
— Obrigada.
— Vou levá-la até o banheiro. — Dexter pegou a mochila que estava perto do sofá e colocou nas costas. — Vou pegá-la em meus braços outra vez. — Disse prevenindo-a de seu ato. Honddra o educara como sonhou em ter um marido um dia. Ela via em seu filho uma personalidade forte, decidida, mas também sabia que ele era um menino de bom coração.
— Sim. — Disse ela. Dexter a pegou como se fosse uma pluma de tão leve. Subiu a escada e a levou para seu quarto e ela ajudou-o abrindo a porta para ele, e então, ele falou.
— Este é o meu quarto. — imediatamente ela o olhou com olhos arregalados. — É o único com uma banheira. — Falou não se importando com a tensão que sentiu de seu corpo. Ela o ajudou com a porta outra vez e entraram no banheiro. Dexter vive confortavelmente e sozinho, não tem grandes despesas e com todo o dinheiro que ganha ele deixou a casa como leu nos diários de sua mãe, realizando o sonho que ela não pode viver.
— É lindo esse banheiro. — Disse ela admirada.
— Obrigado. Eu fiz como estava nas revistas que comprei. Até coloquei essa banheira de madeira. — Falou colocando-a no chão devagar.
— Chama-se ofurô, é um tipo de banheira japonesa.
— É eu li isso na revista mesmo. — Ela olhou todo o banheiro encostada ao grande balcão da pia.
— Lindo.
— Que bom que gostou. — Ele foi até a janela que estava fechada e abriu uma caixa vermelha que tinha ao lado, era onde guardava a corda enrolada dentro, então começou a puxar e o teto de madeira fazendo-o deslizar pelas engrenagens, deixando somente o grande teto de vidro que protegia da chuva lá fora. Pétala estava olhando encantada. Dexter fez um teto solar no banheiro, assim como tem em sua sala, a chuva caia deliciosamente no vidro e o barulho era convidativo para um banho quente. — A água está limpa e aquecida, eu tenho um gerador a gasolina somente para essa coisa aqui. — Apontou mostrando a banheira.
— Eu estou admirada com você. — Falou a bela desconhecida.
— Minha mãe costumava falar e escrever os seus sonhos, eu só os realizei depois de crescido. — Pétala sorriu, mas foi sorriso de lamento e ele percebeu. — Vou deixá-la em sua privacidade, tem toalhas limpas neste armário. — mostrou para ela. — Vou fazer à compressa e pegar o remédio e quando você terminar é só me chamar.
— Obrigada. — Agradeceu gentilmente. Dexter saiu e fechou a porta atrás dele e depois ele fechou a outra porta do quarto quando foi para o corredor, e voltou a respirar normalmente. A presença de Pétala estava mexendo com seus sentidos. Ele foi para a cozinha e fez uma compressa para seu pé, deixou separado o remédio e esperou por ela. Praticamente uma hora depois de tentar ler dois livros, andar pela casa, comer mais um pedaço de torta e respirar fundo pela milésima vez, ele a ouviu chamar do seu quarto.
— Já estou indo. — Disse ele ansioso. Pegou a bolsa de remédios e a compressa e correu para ela, mas quando entrou no quarto, ele parou de respirar deixando a bolsa de remédios cair no chão.
Pétala estava vestida com um lindo vestido longo que desenhava o seu corpo perfeito. O tecido era algodão e com certeza fazia parte de suas roupas confortáveis de ficar em casa. Ele tinha mangas curtas e botões de cima em baixo, desenhando lindamente os seios não muito pequenos e era na cor azul. Essa passou a ser a cor favorita de Dexter. Seus cabelos molhados, pele limpa, olhos encarando os dele, vendo sua reação de medi-la por completo. Ele engoliu seco de vergonha, mas retomou o equilíbrio.
— Desculpe-me, não costumo ter essa visão em meu quarto. — Disse rouco.
— Eu entendo, acho melhor eu colocar o meu moletom limpo. — Falou pegando a mochila em cima da cama.
— Não precisa, amanhã você coloca porque lá fora está frio. Aqui fique confortável como desejar. — disse Dexter tentando engolir a frustração de não vê-la mais. — Eu trouxe esses remédios caso você conheça e queira usá-los. — ele pegou do chão e entregou a pequena bolsa de medicamentos. — E aqui a compressa que fiz para seu pé, sente-se aqui. — apontou para a cama. — Levante um pouco o vestido. — ela fez, subiu até um pouco abaixo dos joelhos, o suficiente para ele passar onde precisava. — Vou tocar em seu pé se doer muito me fale, tudo bem? — Disse ele olhando para ela, que respondeu balançando a cabeça. Dexter tocou em sua pele quente, ele pode sentir o perfume doce que vinha dela. Passou a pasta de ervas em todo pé e um pouco acima do tornozelo e cobriu com uma nova faixa limpa. Ela não reclamou de nada. — Pronto, doeu? — Perguntou olhando-a novamente.
— Sim. — Disse ela.
— Por que não me disse? — Perguntou preocupado.
— Por que você não iria fazer se eu dissesse. — Respondeu ela. Eles ficaram se olhando até Dexter falar novamente.
— Eu vou levá-la para o quarto onde você vai dormir. — Ele levantou e pegou a mochila dela. — Você precisa de ajuda para atravessar o corredor?
— Não, eu consigo sozinha.
— Tudo bem. — ele abriu a porta do quarto e ela passou devagar, logo a frente tinha outra porta e ele a abriu. — Pode entrar.  — ela entrou e olhou tudo novamente. — Naquela porta é o banheiro. — apontou mostrando. — A água está fresca neste jarro. Tome os remédios.
— Vou tomar. — Disse ela.
— É melhor descansar agora, boa noite.
— Boa noite Dexter. — Disse olhando-o nos olhos.
— Se precisar de alguma coisa, me chame. — Ele ficou um instante sem saber como dar o passo seguinte, até que tornou-se um momento constrangedor e então, saiu fechando a porta atrás dele.
Dexter foi para seu quarto e fechou à porta. Ele ficou encostado nela de olhos fechados. Isso porque o doce perfume de Pétala estava lá dentro. Ele nunca foi homem de usar perfumes, não teve essa educação quando criança. Seu cheiro é natural, por isso o perfume de dela ficou pairando em seu espaço. Ele abriu os olhos lentamente e andou devagar até o banheiro, observou que ela arrumou tudo como estava e não deixou nada fora do lugar.  A toalha molhada que tinha usado, ela pendurou-a para secar, ele tocou e encostou o nariz sentindo a textura do pano e puxou o ar profundamente.
— Oh! Ela tem o cheiro bom. — sussurrou. — O que vou fazer para esquecer isso? — Ele tirou a roupa para tomar banho. — Ela é linda e não tem uma aliança no dedo. — disse olhando para o espelho. — Parece ser muito rica também. — Foi um pensamento triste esse. Ele era um lenhador e ela ostentava delicadeza e dinheiro. Ele não teria chances.
Dexter entrou no box e tomou banho e não demorou muito ele estava debaixo das cobertas olhando para o teto sem ver nada. O sono o derrubou e ele adormeceu.
5hs da manhã ele abriu os olhos. Ele é como um próprio despertador acostumado a acordar esse horário para sair e correr. Não hoje. Os pássaros cantavam lá fora, o vento batia em sua janela e essa é uma época fria por isso não faz questão de cumprir o seu ritual, mesmo porque ele tem um rosto lindo para ver. "Como ela passou a noite?" — Pensou.  Ele se levantou e fez um breve alongamento pensando que precisava trabalhar para cumprir a meta das entregas mensais. Mas hoje o que ele precisava é ajudá-la a voltar para casa. Dois dias de trabalho perdido seria um prejuízo financeiro dos grandes para ele.
Escovou os dentes, vestiu-se com outro moletom limpo e logo percebeu que as lareiras estavam precisando de mais lenhas para manter toda a casa aquecida. Então essa seria a sua primeira tarefa do dia. Cuidadosamente ele abriu a porta do quarto e levou um susto quando viu a porta do quarto de Pétala aberta. Ele entrou devagar chamando-a em voz baixa, mas ela não respondeu. Pétala não estava no quarto. Ele saiu e passou o pequeno corredor rápido indo para a escada e já no topo ele a viu deitada no sofá toda coberta e olhando para o nada.
— Você está bem? — Perguntou descendo a escada. Pétala sentou-se ficando de frente para ele.
— Mais ou menos, meu pé dói muito e isso me impediu de ter uma noite de descanso. — Falou. Dexter percebeu seus olhos inchados de chorar.
— Por que não me chamou? Eu poderia levá-la para a cidade a qualquer hora.
— Era madrugada Dexter, não valeria a pena o risco. — Falou. Ele estava parado em sua frente com as mãos nos bolsos da calça.
— Lógico que valeria. Você foi errada em pensar assim. Eu vou levá-la imediatamente. Você está pronta? Lá fora está ventando muito, eu aconselho colocar uma roupa mais quente se você tiver. — Ele a observou enquanto ela tirava as mantas de cima de seu corpo.
— Sim, estou agasalhada. — Pétala vestiu um lindo moletom azul escuro. "É a sua cor favorita" — Pensou ele.
— Algo mais que queira? — Perguntou Dexter.
— A minha mochila está lá em cima.
— Eu pego. — Ele saiu e voltou rápido com a mochila nas mãos. — Está com fome? — Perguntou descendo a escada.
— Não.
— Então estamos prontos, vamos? — Ela se levantou devagar e apoiou-se na mão de Dexter estendida para ela. Deu o primeiro passo e parou. Ele ficou observando-a e então ela o olhou nos olhos, depois para toda a cabana. Seus olhos passaram por cada detalhe da sala desde o piso ao teto. Parecia que ela estava gravando cada detalhe. Ele ficou olhando atentamente e gostou do que viu, ele sabia que ela se sentiu bem enquanto esteve em sua casa. O medo foi embora deixando somente o encanto por ter estado ali. 
— Posso pegá-la no colo para você não forçar o pé, o que acha? — Ela o olhou profundamente e sorriu.
— Eu adoraria. — Dexter pegou-a no colo e a levou para a velha caminhonete. Ele não gostou da sensação de deixá-la partir, porém, não tinha outra escolha a fazer a não ser se conformar que foi um breve lindo primeiro encontro que já teve em sua vida.
O caminho todo até a cidade eles fizeram em silêncio. Pétala olhava para a linda paisagem e ele percebeu quando ela ficou um pouco apreensiva quando passaram pelo despenhadeiro. Mas Dexter não era imprudente como seu pai, ele era cuidadoso ao dirigir e andava somente na velocidade permitida ou até menos e atento a tudo o que estava no caminho.
Chegaram na cidade e ele a levou para o hospital mais próximo. Eles falaram com a recepcionista e esperaram com os outros que já estavam com seus horários marcados. Uma hora depois Pétala foi atendida, mais uma hora e ela apareceu com gesso até o joelho.
— Está quebrado por isso tanta dor, o osso não perfurou nada por sorte, porém, provocou o inchado e não dava para vê-lo quase perfurando a carne. — Disse ela.
— Nossa! Eu nem imaginava. Se eu soubesse a teria trago antes, desculpa.
— Não foi culpa sua Dexter, você cuidou de mim e se não fosse por isso, talvez eu ainda estivesse na mata. — Falou.
— Você conhece está cidade? Quer que eu a leve em algum lugar? — Pétala abaixou os olhos para o chão.
— Sim conheço, você pode me levar para o Hotel Wallmort?
— Claro, vamos. — ela a ajudou chegar até o carro. — Você pode dizer onde fica?
— Fica do outro lado da cidade.
— Na parte nobre. — Disse ele com a certeza do que pensou antes de ela ser rica. Eles seguiram para o hotel e quando Dexter parou a velha caminhonete na frente do bonito lugar, ele soube que viviam em mundos muito diferentes, só não sabia que era gritante a diferença.
— Você deve me achar o homem do tempo das cavernas. — Disse ele olhando a grande vidraça azul do hotel.
— Engano seu. — Disse melancólica, ele percebeu.
— A diária desse hotel deve custar à vida de uma pessoa. — Falou e olhou para ela.
— Um hotel sete estrelas. Muito caro sim, mas isso não diz que sou uma pessoa superior a ninguém. — Disse ela em voz baixa.
— Eu não quis dizer isso.
— Eu sei, Dexter. — Ela sorriu triste. Um homem bem vestido, com o nome do hotel bordado no uniforme e também um que deveria ser o seu, David, batei no vidro da janela da velha caminhonete, e Dexter abriu.
— Deseja alguma coisa senhor? — Perguntou David.
— Não. — Respondeu ele.
— Então, por favor, tire seu carro daqui, essas vagas são para cliente e pelo que vejo. — ele olhou com desdém para o carro. — Você está longe de ser um. — Dexter abaixou a cabeça. Ele não queria ser grosseiro na frente de Pétala e por isso, resolveu levar a falta de respeito para casa.
— David. — Chamou Pétala. Ele ainda não a tinha visto dentro do carro. Ele abaixou a cabeça um pouco e quando a viu, engoliu seu preconceito.
— Srta. Mackay.
— Vá para minha sala David, acho que precisamos conversar sobre a sua conduta profissional e forma como aborda as pessoas.
— Desculpe Srta. Mac...
— Para minha sala, David. — Disse ela levantando a sobrancelha.
— Sim senhorita. Desculpe-me senhor. — O homem saiu de cabeça baixa resmungando alguma coisa sobre o seu infortúnio momento. Dexter olhou-a sem entender.
— Eu sou a dona deste hotel. Sou a dona da rede de hotéis Wallmort em alguns países. — ele respirou fundo e olhou para qualquer coisa que estava a sua frente tentando distrair-se do que ela acabara de dizer. — A cada cidade em que estou, tiro um tempo para fazer coisas que gosto. Por isso me encontrou na mata. — Disse ela.
— Mais cuidado da próxima vez, foi sorte eu passar por ali. — Disse ele tentando ser indiferente ao que ela acabara de lhe contar.
— Sim, prometo. Obrigada Dexter, de verdade. Eu não sei o que seria de mim se você não tivesse me encontrado. Às vezes eu preciso sair do mundo onde vivo para voltar a minha humanidade normal, para me desintoxicar das coisas pelas quais tenho que enfrentar no meu dia. Escaladas, mergulhos, saltos de paraquedas é o que faço e isso me deixa perto da natureza, próximo de Deus, eu acho. Me faz lembrar de quem realmente sou. — Dexter olhou profundamente em seus olhos. Pensou que ela era linda e jovem demais para carregar o peso do mundo em suas costas.
— Isso foi um desabafo? — Perguntou ele.
— Acho que sim, desculpa.
— Quantos anos você tem, Pétala?
— 23.
— Uma menina. O peso do mundo não pode ficar nas costas de uma menina, Pétala.
— Eu sei, mais não consigo me livrar dele. Eu gosto sabe, gosto de trabalhar com meus negócios, ser a dona do meu mundo, entrar e sair de reuniões intermináveis. Mas também daria tudo para ter uma vida como a sua. — Falou olhando-o.
— Você sabe onde me encontrar quando quiser fugir do seu mundo e vir para o meu. Será sempre bem-vinda. — Disse ele e foi sincero.
— Promete? — Perguntou ela com sorriso nos lábios.
— Qualquer dia, qualquer hora. — Disse ele.
— Obrigada. — Pétala sorriu. Ele viu algo diferente em seus lindos e grandes olhos verdes. Sua vontade era de tirá-la dali e levá-la com ele, mas aprendeu que a vida era feita de escolhas, então ele teria que respeitar as que Pétala fez. — Eu vou entrar, algumas pessoas que conheço devem estar loucas há essa hora.
— Fique bem Pétala.
— Fique bem Dexter. — Pétala abriu a porta da caminhonete e saiu e logo um funcionário a ajudou com a mochila. Dexter ficou observando-a caminhar devagar e quando ela entrou pela grande porta de vidro azul, ele sentiu seu coração apertar. Mas não um aperto de despedida, era mais como um aviso de que um dia eles iriam se encontrar novamente.

— Como foi saber que a desconhecida e linda Pétala, era uma bilionária, papai? — Perguntou Cattleya interrompendo-me.
— Decepcionante. — falei. — A única mulher que encheu os meus olhos com tamanha beleza era como se fosse, inalcançável. — Olhei para minha esposa ao meu lado.
— Foi um momento difícil passar por aquela porta de vidro azul. — Disse ela.
— Por que mamãe? — A curiosa perguntou.
— Eu não queria sair daquele carro. Queria que ele tivesse me pedido para ficar, mas ele não o fez.
— Eu teria pedido se soubesse que seria correspondido.
— Eu sei amor. — eu a beijei nos lábios. — Hoje estamos aqui e nada mais importa.
— Isso. Eu amo você. — Falei.
— Eu amo você. — Sussurrou minha linda esposa.
— Eu gostaria de ter isso que vocês têm um dia. — Disse Cattleya. Nos sentamos de frente para ela.
— Você é muito nova filha. E não é você que escolhe o amor, é o amor que escolhe você. O seu príncipe está por ai você vai ver.
— Eu sei, mas não quero quebrar o meu coração para só depois eu encontrar quem irá consertá-lo. — Disse Cattleya triste.

O Lenhador.    Onde histórias criam vida. Descubra agora