28º Capítulo

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Olá meus amores, peço desculpa pela demora e, por isso, este capítulo vai ser um bocadinho maior.

Espero que gostem, leiam com música se quiserem.

Boa leitura :)


No capítulo anterior:

Fechei a porta do quarto dele e encostei-me tentando acalmar-me. Não poder enervar-me e ter de viver na mesma casa que o Harry é difícil, ou melhor, é impossível conciliar as duas coisas. Assim que desço as escadas vejo a Gemma a preparar o almoço e vou ajudá-la.

Eu- já estás aqui à muito tempo? – encostei-me à bancada.

Gemma- cheguei à bocado e tive o prazer de ouvir a vossa discussão – encostou-se também à bancada e olhou para mim – não achas que já chega dessas discussões parvas Inês?

Eu- se depender de mim, não tenciono ter qualquer discussão com o Harry porque nem quero falar com ele, apenas o essencial.

Gemma- ao menos, dessa maneira, não discutem.


28º Capítulo

Sempre ouvi dizer que devemos lutar por aquilo que queremos e por aquilo que nos faz felizes, mas e se aquilo que nos faz felizes não for o mais correto? E se aquilo que nos faz felizes não for a ideia que tínhamos para a nossa vida? O que é que devemos fazer depois? Desistir? Mudar de cidade e começar de novo? Mudar de vida? E mesmo que isso acontecesse, será que resultava? Será que alguma vez conseguiríamos tirar da nossa cabeça uma pessoa que já foi tão importante para nós? Pessoa essa que esteve sempre presente na nossa vida mesmo para os bons e para os maus momentos. Será que é sequer correto pedirmos a nós mesmos que esqueçamos uma pessoa que já foi assim tão importante sem pensarmos nas consequências dessa decisão?

E se essa decisão não for a mais correta? E se depois de mudarmos realmente de vida e de cidade a nossa vida continuar uma porcaria? O que é suposto fazer depois? Matarmo-nos? Será que para algumas pessoas essa seria a decisão correta?

E se tivermos um filho dentro de nós? O que é que devemos fazer quando não conseguimos tirar o pai da criança da nossa cabeça? Irá haver sempre algo que nos liga a essa pessoa, teremos de enfrentá-la todos os dias até que um de nós se canse finalmente e arranje outra pessoa. Será que quem se irá cansar sou eu? Será que é ele? Como é que saberei se tento evitá-lo ao máximo todos os dias?! Aliás, como é que devemos encarar uma pessoa que amamos quando essa pessoa passa a vida aos beijos com outra rapariga? Deveria ter uma conversa com ele e pedir que pare? Não! Cansei-me disso, cansei-me dele e da sua amiga, cansei-me de tudo, até da minha própria vida e já pensei várias vezes em desistir.

O que é que devemos fazer quando temos um filho para criarmos praticamente sozinhas? Quando ninguém que está a nossa volta percebe que estamos realmente a sofrer, o que é que devemos fazer?

Ninguém percebe o quanto eu estou a sofrer! O quanto me custa passar os dias sozinha enquanto estão todos a aproveitar o sol que erradia lá fora. Eu não os condeno se calhar, na posição deles, faria exatamente o mesmo. Quem é que haveria de querer passar o dia com uma grávida de um mês que está a passar novamente por um desgosto amoroso?!

Eu entendo, até eu já estou farta de me sentir assim. Talvez se tivesse a minha própria casa e não tivesse de o encarar todos os dias seria mais fácil para mim mas, em vez disso, tenho estar frente a frente com ele quase todos os dias e isso deixa-me destroçada, principalmente sabendo que ele anda com outras pessoas. É óbvio que eu nunca o vou admitir a ninguém, para toda a gente eu já o esqueci, mas é claro que isso não é verdade e eu não escondo a mim mesma. Eu ainda gosto dele.

O meu meio irmão 2 //H.S [Completa]Onde histórias criam vida. Descubra agora