eu, poesia

14 1 0
                                    

as unhas raspam a pele
as roupas se amontoam ao chão
em frente ao espelho
eu repito mil vezes aquele velho bordão

de olhos, vejo um par
(janela de almas, sabem?)
eu digo que estou bem
incrível, eles parecem concordar

aprendi a rimar
não como ele rimou
mas como eu passei a gostar

eu dispo minha alma
e dispo meu corpo
esperando o vazio
mas ele não está mais lá

não, você não voltou
mas eu aprendi a me amar

poesia, ainda que tardiaOnde histórias criam vida. Descubra agora