VISITA AO BECO DIAGONAL

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Na semana seguinte Sirius e Tiago se arrumaram para se encontrar com Lupin e Pedro no beco diagonal para comprar o material escolar, como já haviam marcado há um tempo. O ponto de encontro era o Caldeirão Furado, de tarde, mas como Sirius precisava passar em Gringotes, o único banco bruxo, para pegar mais dinheiro, eles decidiram acordar cedo e ir primeiro ao banco e depois encontrar os amigos.

Para ir ao Beco Diagonal era preciso passar pelo Caldeirão Furado, um bar onde bruxos iam para conversa, relaxar e beber uma cerveja amanteigada. Sirius e Tiago entraram no bar escuro. Havia alguns idosos no canto jogando xadrez de bruxo e algumas pessoas conversando no bar. Passaram por eles e foram direto para uma parede de tijolos. Tiago bateu na parede com a varinha três vezes. O tijolo que tocou vibrou e torceu-se. No meio apareceu um buraco que ia se alargando cada vez mais e, no fim, surgiu um enorme arco que abria para uma rua de pedras irregulares.

Atravessaram o arco. Começaram a passar por lojas próximas. Algumas vendiam vestes, outras vendiam telescópios, livros de feitiços, penas de aves para escrever e rolos de pergaminhos, vidros de poções e milhões de coisas imagináveis, até fígado de dragão era possível encontrar ali.

De repente, haviam chegado a Gringotes, um edifício branco que se erguia acima das lojinhas. Parado diante da porta de bronze polido, havia um duende. O duende os cumprimentou e os deixou entrar. Em seguida se depararam com um segundo par de portas de prata. Passando pelas portas desembarcaram num enorme salão de mármore. Havia alguns duendes sentados em altos bancos trabalhando em um longo balcão. Ao redor do salão ficavam enumeradas portas onde duendes conduziam pessoas que entravam e saíam por elas. Os garotos se dirigiram ao balcão.

– Halo! – disse Sirius. – Vim sacar algum dinheiro do cofre de Sirius Black.

– O senhor tem a chave? – perguntou o duende.

– Claro – disse Sirius, tirando a chave de ouro do bolso e botando no balcão.

O duende a examinou cuidadosamente.

– Ok! Vou mandar alguém levá-los ao cofre.

Um duende de orelhas pontudas apareceu e pediu para que os garotos o acompanhassem. Ele os levou para uma das portas. Passaram por uma passagem estreita de pedras iluminadas por tochas. Era uma descida íngreme feita de pequenos tijolos. O duende assobiou e um vagonete despertou pelos trilhos na direção dos garotos. Eles embarcaram e partiram. O passeio até o cofre foi bem rápido, era apenas uma viagem em alta velocidade por um labirinto de passagens e curvas. Quando o vagonete parou, os garotos desembarcaram ao lado de uma portinha. O duende destrancou a porta. Sirius entrou sozinho e voltou com um punhado de galeões, nuques e sicles.

– Pronto! – disse Sirius ao duende. – Podemos voltar!

Depois de mais uma viagem de vagonete eles voltaram ao salão de mármore novamente.

– Agora vamos encontrar os garotos! Já estamos atrasados! – disse Tiago.

Mas parecia que Sirius não o ouvira. Estava olhando para um garoto de cabelos brancos conversando com um dos duendes. Esse garoto era Lúcio Malfoy, um ex-aluno da Sonserina que sempre buscava briga com Sirius e Tiago, e se achava melhor do que todos por ser sangue-puro. Um típico aluno da Sonserina. O garoto, ao notar que estava sendo encarado, virou-se para Sirius com uma cara de nojo e voltou a conversar com o duende.

– Vamos, Sirius! – disse Tiago. – Não está na hora de buscar briga.

–Ok! Vamos! – disse Sirius depois de alguns segundos.

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