Algumas vezes é necessário que você passe algum tempo á só com sua própria mente para que você retome seu caminho para onde quer que ele vá.
É necessário você ouvir sua mente, seu coração e seu instinto.
Temos um caminho a seguir para chegar ao lugar certo, para concluir o que fazemos ali, no mundo.
Eu fugi dessa estrada diversas vezes para fugir do inevitável mas ela sempre me trazia de volta.
Algumas pessoas podem até ter dado uma pequena balançada na minha estrada, na minha vida, para que eu perdesse o rumo de onde seguir mas ele fez meu caminho ficar todo embaralhado, de cabeça para baixo, assim que cruzou minha vida.
Ele me fez jogar todos os meus planos para o alto e segurar em suas mãos para seguir o mesmo caminho que o dele, deixando o meu para trás. Me fez ver o mundo de outra maneira, me fez ter esperanças.
Mas a esperança é como uma folha de uma árvore qualquer no Central Park, Nova Iorque, onde em todo outono ela amarela e cai no chão, onde todo mundo pisa, ou joga fora, mas a cada ano, ela nasce de novo e de novo.
Mas árvores morrem, depois de um tempo elas já não brotam folhas e morrem. Assim é com as esperanças. Elas nascem a cada recuperação mas chegará um dia que sua esperança vai morrer e não mais florecer.
Eu me lembrava como se fosse hoje o dia em que ele me olhou e eu implorei para ele me ajudar com apenas um olhar, como eu nunca havia feito na vida, por que ele era minha luz do fim do túnel me guiando na escuridão.
Eu também me lembro que essa luz se apagou assim que ele abaixou a cabeça e apenas fingiu que aquilo não acontecia, me deixando ir no escuro, sem sua ajuda.
Eu tive que me virar por 4 estupidos anos, no escuro, indo de encontro com paredes brutas, tropeçando em lixos no caminho, mas dentro destes anos eu aprendi que ninguém além de mim mesma podia me ajudar.
Me senti fraca quando ele não veio me ver a primeira semana, eu tinha esperanças dele aparecer e dizer algo, dizer que estava ali pra mim e que iria me esperar, mas ao passar das semanas eu já não esperava visita de ninguém, muito menos a dele.
Foi a pior fase da minha vida. Fiz a transição de adolescente para adulta tendo os olhos roxos todo dia, eu fui aprendendo que o dia em que eu envelhecia já não importava mais por que ali dentro nada importava, fui parar na ala médica por diversos sábados depois de uma sexta feira abalada e sangrenta.
Eu já não tinha controle do que eu bebia, nem do que eu fumava. Eu já era outra pessoa.
E foi assim que eu me vi assim que olhei meu reflexo dos portões prateados da penitenciária.
Estava mais branca que já era, por falta de sol neste lugar. Meu cabelos estava gigantes, mas acabados. Meu rosto estava diferente do que eu tinha visto a última vez que vi meu reflexo, dentro daquele carro de polícia no retrovisor.
No fundo eu ainda continuava a mesma menina de sempre, ou queria acreditar nisso, por que no fundo eu ainda queria ser a mesma doce garota.
Coloquei meu celular no bolso enquanto me retirava daquele lugar onde se encontravam as piores pessoas que alguém pode conhecer.
Não havia ninguém me esperando, eu sabia disso. Também não tinha um lugar para ir, era o que pensavam.
Andei por um bom tempo para conseguir chegar á um ponto de táxi, vazio, mas era ali que eu iria esperar.
O lugar era deserto, longe de tudo que envolva as pessoas boas da cidade, e isso de alguma forma me deixava calma.
Após longos minutos um táxi para a minha frente e o motorista me encara por um bom tempo, para ter certeza que eu não iria matá-lo enquanto ele dirigia.
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Time True |zm| 3 DEGUSTAÇÃO
FanfictionOBRA DISPONÍVEL NA DREAME Talvez aquelas antigas pessoas birrentas tenham crescido e aprendido as lições com o tempo e hoje são pessoas responsáveis que sabem lidar com tudo, menos um com o outro, por que o rancor antigo era ainda maior.